A culpa é de quem?

Antes do início da temporada 2012-13, não só torcedores, mas a mídia e os próprios jogadores decretavam que o Los Angeles Lakers seria uma das principais atrações da NBA. E de fato está sendo, só que negativamente. Alguém, em sã consciência imaginava que o Lakers estaria com uma campanha de oito vitórias e dez derrotas […]

Fonte:

Antes do início da temporada 2012-13, não só torcedores, mas a mídia e os próprios jogadores decretavam que o Los Angeles Lakers seria uma das principais atrações da NBA. E de fato está sendo, só que negativamente.

Alguém, em sã consciência imaginava que o Lakers estaria com uma campanha de oito vitórias e dez derrotas após pouco mais de um mês de disputa? Creio que não.

No dia 8 de novembro, fiz um artigo sobre os problemas que o time enfrentava. Até aquele momento, o Lakers havia perdido quatro dos seus cinco primeiros embates. Hoje, alguns deles mudaram, mas a equipe continua com uma campanha fraca.

Publicidade

Primeiro, a diretoria demitiu o técnico Mike Brown e contratou Mike D’Antoni. Não que D’Antoni fosse o treinador dos sonhos do Lakers, mas ele acabou sendo escolhido após algumas exigências de Phil Jackson (entre elas a de não viajar com o time para os jogos fora de Los Angeles).

Pouco se viu do trabalho de Brown com o grupo. Como havia falado antes, foi dado pouco tempo ao antigo técnico fazer algo diferente. Se ele não era “o cara” em 2010-11, que tivesse sido trocado antes do início desta nova temporada, e não depois de alguns jogos. Ele não teve tempo para tentar algo novo, um paliativo. Foi sacado como Mano Menezes fora da Seleção Brasileira de futebol. O comparativo é só esse, minha gente. Era o ideal para estar no comando? Não. Mas o momento da demissão foi errado, ao menos na minha opinião.

Publicidade

D’Antoni ficou marcado por um bom trabalho no Phoenix Suns, que fez de Steve Nash duas vezes MVP, mas que nunca conseguiu ser sequer finalista. Um estilo interessante de se ver, porém sem ser efetivo nos playoffs, quando a defesa torna-se ainda mais importante.

E é a defesa do Lakers algo que mais preocupa. O time sofre 97.5 pontos por jogo, contra 95.9 em 2011-12, quando o pivô era Andrew Bynum. Mas se Dwight Howard é tão bom, por que ele não consegue fazer a diferença?

Publicidade

Bem, não sei exatamente o que se passa por lá, mas eu esperava que Howard fosse deixar o garrafão menos penetrável e não é isso que ocorre. No ano passado, o time sofria 41.5 pontos dentro da área pintada. Hoje, leva 43.1 por jogo. Apenas para efeito de comparação, o Indiana Pacers do menos badalado Roy Hibbert, permite 35.0 pontos.

Outro problema vem sendo no ataque. Howard está sendo marcado em dupla quase o tempo todo, e quando os jogos vão chegando ao fim, o hack-a-Dwight aparece.

Para quem não sabe o que isso significa, é quando um determinado jogador faz falta em outro depois de o primeiro time ter estourado o limite de faltas naquele período antes dos últimos dois minutos de jogo. É algo que os treinadores encontraram dentro das regras da NBA.

Publicidade

Uma lacuna para uns, oportunidade de vencer dentro das regras para outros, esse artifício é algo que segue sendo utilizado para “punir” um péssimo arremessador de lances livres. Howard é um deles.

Nesta semana, o Lakers perdeu duas partidas em que Howard sofreu com essas faltas em minutos decisivos. Contra o Orlando Magic, seu ex-time, Dwight foi para a linha dos lances livres em 21 oportunidades e acertou nove. Depois, diante do Houston Rockets, quando o time chegou a estar vencendo por 17 pontos, Howard foi um pouco melhor, convertendo oito das 16 tentativas.

Publicidade

Mas o ideal seria sacar Howard em parte do último quarto para fazê-lo voltar apenas nos últimos dois minutos, quando ele passa a ser protegido pelas regras, como sugeriu Vinicius Donato, nosso colega do Jumper Brasil?

Honestamente, não tenho essa resposta. Gastam vários milhões de dólares para contar com um jogador de tal calibre e não podem utilizá-lo em momentos críticos? Difícil.

No entanto, é ser simplista achar que a culpa é toda de Howard. D’Antoni afirmou recentemente que não pretende tirar o jogador de quadra até que ele aprenda a acertar lances livres. Bem, ele vai esperar sentado. Isso é algo que não se muda da noite para o dia.

Publicidade

O Lakers segue com outros problemas, como a contusão do veterano armador Steve Nash. Desde quando se machucou, o time teve três titulares na posição: Steve Blake, Darius Morris, e Chris Duhon.

Kobe continua sendo Kobe. Brilhante em quase todos os momentos, porém de vez em sempre se esquece que ao seu lado estão outros quatro jogadores.

Isso, fora a apatia do espanhol Pau Gasol, que nas últimas seis partidas obteve médias de 9.0 pontos e 7.5 rebotes e agora é o nome mais comentado nos rumores para ser negociado. Contra o Rockets, ele foi poupado, por conta de dores no joelho. Ao menos, é a informação oficial.

Publicidade

Potencial para sair dessa fase, todos sabemos que o Lakers tem. Só que depois de 22% das partidas disputadas, se não mudar logo, outro técnico será demitido e o time vai ficando cada vez mais longe dos playoffs.

Quem é o culpado pela campanha do Lakers, afinal? É possível culpar só um jogador, um técnico ou a diretoria? Dê sua opinião.

Últimas Notícias

Comentários