Kevin Durant poderia pensar que chegou ao topo da NBA quando foi escolhido MVP da liga, em 2014. Mas não pensou. Foi só quando ele decidiu fazer uma (polêmica) mudança de ares e atuar pelo Golden State Warriors que o astro tirou um “peso das costas” e conquistou o troféu Larry O’Brien pela primeira vez. Dever cumprido, certo? Não. Essa foi apenas mais uma etapa para o ala na busca pelo jogador que pode – e, acima de tudo, quer – ser.
“Eu acompanhei grandes jogadores serem campeões em momentos emocionantes. Jordan chorou por seu pai ter sido assassinado pouco antes, LeBron trouxe o título para sua terra natal. Comigo, não houve esses ‘incentivos’. Tudo foi estritamente por dedicação ao basquete. Assim que ganhei, sentei e refleti sobre meu caminho. Trabalhei duro por isso e adorei como tudo virou realidade. Agora, eu tenho que testar meus limites”, disse o craque, em entrevista ao site Yahoo! Sports.
No entanto, a saída do Oklahoma City Thunder para atuar pelo Warriors trouxe mais do que seu primeiro título da NBA, com o prêmio de MVP das finais. Durant acredita ser, hoje, um jogador muito melhor do que aquele premiado como MVP da liga e a chegada a uma equipe mais competitiva teve papel crucial nessa melhoria, colocando suas habilidades à prova em um novo patamar e nível de exigência.
“Eu sempre tive liberdade em quadra, mas chegar em Oakland permitiu ‘destravar’ alguns aspectos do meu jogo. Sabia que possuía certas habilidades, mas nunca tive confiança nelas a ponto de testá-las dentro de quadra. É para isso que jogamos, no final das contas, certo? Para desafiar a nós mesmos”, afirmou o atleta de 29 anos, que disputa sua 11ª temporada como profissional.
Um dos aspectos em que Durant cresceu consideravelmente foi a defesa. Em uma época em que a capacidade de marcar múltiplas posições tornou-se mais valiosa do que nunca, o ala vem confirmando o potencial que seu perfil físico-atlético sempre sugeriu. Ele é, entre outros números significativos, o jogador que mais deu tocos na atual temporada (67) e possui a segunda maior média geral no quesito (2.31). Um crescimento que teve motivação puramente pessoal.
“Evoluí no aspecto defensivo porque sou um estudioso do jogo e quero ser ótimo em todas as facetas possíveis. Eu sabia que esse seria o próximo passo do meu aprimoramento. Ninguém nunca disse que precisava trabalhar em minha defesa, mas foi uma questão pessoal. Foi uma questão de dar o meu melhor em quadra, em cada posse. É assim que eu funciono”, finalizou o astro, que registra médias de 26.2 pontos, 7.2 rebotes e 5.1 assistências nesta temporada.
