Conheça os principais pontos da última proposta da NBA enviada aos jogadores

Depois de duas longas reuniões realizadas na última semana, o comissário da NBA, David Stern, enviou para a Associação dos Jogadores (NBPA) uma oferta que ele considera como derradeira. O “chefão” da Liga deu um ultimato para os atletas e espera que eles aceitem a proposta até a próxima terça-feira, dia 15, e que o […]

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Depois de duas longas reuniões realizadas na última semana, o comissário da NBA, David Stern, enviou para a Associação dos Jogadores (NBPA) uma oferta que ele considera como derradeira. O “chefão” da Liga deu um ultimato para os atletas e espera que eles aceitem a proposta até a próxima terça-feira, dia 15, e que o locaute se encerre na próxima semana para que a temporada 2011/2012 seja realizada a partir do dia 15 de dezembro.

Nesta segunda-feira, os jogadores se reúnem com a cúpula da NBPA para avaliar a oferta e decidir quais os próximos passos a serem tomados. Aceitá-la, mesmo com ela contendo aspectos que não agradam à categoria? Fazer uma contraproposta para a Liga e considerar que Stern blefou ao dar um novo ultimato? Ou rejeitá-la, dissolver a Associação, levar o impasse com os cartolas para os tribunais e perder as próximas duas temporadas? Vamos aguardar.

Caso a oferta seja colocada em votação para todos os 430 jogadores que atuam na NBA, a tendência é a de que ela seja aceita e o imbróglio termine, mesmo com o movimento favorável à dissolução da NBPA ganhando força nos últimos dias.

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Feita essa síntese a respeito dos últimos acontecimentos sobre o locaute, vamos ao que interessa. A tal oferta decisiva para o futuro da NBA possui alguns pontos que desagradam aos donos das equipes e outros que ainda não foram bem digeridos pelos atletas. Mas, claramente, como vocês poderão observar, os cartolas serão os grandes beneficiados com a aprovação do novo Acordo de Negociação Coletiva (CBA).

Confira os principais pontos da última oferta apresentada pelos cartolas:

– A fração de BRI (Fontes de Receitas Relacionadas ao Basquete) será de 50-50. No CBA antigo, os jogadores recebiam 57% do BRI, contra 43% dos cartolas. Na última temporada, foram arrecadados US$ 3,8 bilhões na categoria de BRI, com os jogadores ficando com cerca de US$ 2,2 bilhões desse montante. No novo CBA, os atletas vão perder cerca de US$ 300 milhões/ano de BRI.

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– A Mid-Level Exception (Exceção de Nível Médio que permite a uma equipe assinar com jogadores pelo salário médio da NBA) para os times que estão acima do teto salarial seria de US$ 3 milhões, com um contrato máximo de três anos, e poderia ser usada anualmente. Na oferta anterior, a Liga tinha proposto que a MLE fosse de US$ 2,5 milhões, com um contrato máximo de dois anos, podendo ser usada a cada dois anos. No antigo CBA, os times podiam gastar US$ 5 milhões (que é a média salarial na NBA) e não havia limite de tempo.

– Uma nova Exception, de US$ 2,5 milhões, por até dois anos, seria criada para os times que estão logo abaixo do salary cap (teto salarial), ou seja, com menos de US$ 2,5 milhões de espaço no cap.

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– As equipes acima do teto salarial continuariam a ter o direito de realizar as negociações do tipo sign-and-trade (assina e troca) nos dois primeiros anos do novo CBA, mas seriam proibidas de fazê-las a partir do terceiro ano. Anteriormente, a proposta da Liga havia sido a de proibi-las de imediato.

– O mínimo de salários de uma equipe seria fixado em 85% do cap, e aumentaria para 90% no terceiro ano do novo CBA.

– Os jogadores que assinariam contratos utilizando os Bird Rights* receberiam aumentos anuais de 6,5%, acima dos 5,5% da oferta anterior.

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– Duração dos contratos: cinco anos para os jogadores com os Bird Rights e quatro anos para os outros. No CBA antigo, a duração era de seis anos para os jogadores com os Bird Rights e cinco anos para o restante.

– Os jogadores que assinam contratos de valor inferior à média salarial estariam aptos a terem a cláusula de opt-out (sair do contrato).

– O novo CBA seria válido por dez anos e teria uma cláusula opt-out mútua após o sexto ano. Esse foi um pedido da NBPA, já que os donos das equipes queriam que essa cláusula pudesse ser ativada após o sétimo ano.

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– O salário máximo de um jogador, no primeiro ano de uma extensão contratual, variaria entre US$ 13 milhões e US$ 19 milhões.

– O aumento na Luxury Tax (taxa pré-determinada em que o time paga US$ 1 para cada US$ 1 que ultrapasse o teto salarial) só seria aplicado contra os times que ficarem acima do teto salarial quatro vezes em cinco anos. Na proposta anterior, esse aumento entraria em ação para as equipes que ficarem acima do teto salarial três vezes em cinco anos.

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– Cláusula de Anistia: cada time pode dispensar um jogador durante o período do novo CBA (válido apenas para os contratos em vigor), fazendo com que seu salário deixe de contar no cálculo do teto salarial.

*Bird Rights: se um time está acima do teto salarial e tem um jogador como agente livre, pode dar um contrato a ele, mesmo passando do limite, se tiver seus Bird Rights. Para uma equipe ter os Bird Rights do jogador, ele deve ter jogado três anos com o time sem ter trocado de equipe ou ter sido dispensado.

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