Experiência x Conhecimento

Ex-jogadores se tornarem treinadores em seus respectivos esportes é uma prática comum, não é verdade? O que eu acho digno de nota é que a atual temporada da NBA tem 21 treinadores que já atuaram profissionalmente na própria liga comandando as franquias. Isso mesmo: pouco mais de 2/3 deles já estiveram dentro de quadra. Doug […]

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Ex-jogadores se tornarem treinadores em seus respectivos esportes é uma prática comum, não é verdade? O que eu acho digno de nota é que a atual temporada da NBA tem 21 treinadores que já atuaram profissionalmente na própria liga comandando as franquias. Isso mesmo: pouco mais de 2/3 deles já estiveram dentro de quadra.

Doug Collins, Jacque Vaughn, Scott Brooks, Mike Woodson, Randy Wittman, Tyrone Corbin,  Keith Smart, Monty Williams, Rick Adelman, Scott Skiles, Lionel Hollins, Vinny Del Negro, Kevin McHale, Mark Jackson, George Karl, Rick Carlisle, Byron Scott, Avery Johnson, Doc Rivers, Larry Drew e Mike D’Antoni.

Deles, apenas Kevin McHale, Jacque Vaughn, Scott Brooks, Byron Scott e Avery Johnson foram campeões como jogadores, mas isso não quer dizer muita coisa, pois bons jogadores não são apenas os que são campeões, não é? Por exemplo:

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Doug Collins foi a primeira escolha do Draft de 1973, pelo mesmo Philadelphia 76ers que comanda hoje, e só não estava no elenco campeão da liga em 1983 por causa de problemas com lesões – se aposentou em 1981.

A dupla Doc Rivers e Randy Wittman deu muito trabalho aos marcadores quando atuava junta na armação do Atlanta Hawks na década de 80; Larry Drew e Mark Jackson chegaram à final da NBA com Los Angeles Lakers e Indiana Pacers, respectivamente; Keith Smart foi campeão e eleito melhor jogador do Final Four da NCAA em 1987.

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Enfim, o ponto é que essa predileção por ex-jogadores extrapolou a “normalidade” nessa temporada, as excessões são Mike Dunlap, Tom Thibodeau, Lawrence Frank, Frank Vogel, Erik Spoelstra, Alvin Gentry, Terry Stotts, Gregg Popovich e Dwane Casey. Claro que a experiência de ter jogado é muito importante, mas é inegável que, às vezes, um especialista é melhor que um ex-jogador.

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Nada contra, mas o rendimento de Keith Smart, por exemplo, é pífio: venceu apenas 69 de 196 jogos como treinador da NBA. Por que continuar insistindo nele? Stan Van Gundy, atualmente sem contrato, tem um rendimento de 371 vitórias em 579 partidas. Não seria melhor contratá-lo?

O que falar do contestadíssimo Vinny Del Negro então?

Posso estar errado em afirmar que os empregos de Smart ou de Randy Wittman (251 derrotas em 370 jogos), por exemplo, só estejam garantidos por serem ex-atletas, mas o fato é que talvez existam outros que estão desempregados no momento, mas que seriam mais capacitados que eles.

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Mesmo que eles tenham se capacitado após deixarem as quadras, servindo como auxiliares antes de serem efetivados como treinadores em alguns casos, ainda fico com uma pulga atrás da orelha quando vejo Del Negro no banco de reservas.

Mike Dunlap, o treinador do Charlotte Bobcats, nunca foi jogador e sempre foi treinador de equipes na NCAA. Quando foi contratado, foi motivo de chacota por parte de “experts” no assunto, mas o resultado é que ele vem fazendo um belíssimo trabalho à frente da franquia.

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Não seria a hora de olhar com mais carinho para os treinadores universitários?

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