Por Gabriel Andrade
Pela primeira vez em seus 12 anos de história, o Jumper Brasil vai trazer ao público a cobertura de uma temporada da principal competição de basquete entre clubes fora da NBA: a Euroliga.
A competição organizada pela Euroleague Basketball foi introduzida em 2000 substituindo a Copa dos Campeões Europeus, que era dirigida pela FIBA desde 1958. Desde o seu início, 21 clubes diferentes conquistaram o título, 13 dos quais venceram mais de uma vez. O clube de maior sucesso na competição é o Real Madrid (ESP), com dez títulos, e o atual campeão é o CSKA Moscou (RUS), que já levantou a taça oito vezes.
A Euroliga é composta por 18 equipes, que jogam entre si em turno e returno. As oito melhores equipes colocadas ao final da temporada regular avançam para os playoffs, que são disputados em quatro séries de cinco jogos. A equipe melhor classificada na temporada regular tem a vantagem do mando de quadra em cada série de playoffs, jogando três dos cinco jogos em casa. Os vencedores de cada uma das quatro séries de playoffs avançam para o Final Four, que é realizado em um local predeterminado (a edição de 2020 será disputada na Lanxess Arena, em Colônia, na Alemanha, entre os dias 22 e 24 de maio). O Final Four apresenta dois jogos de semifinais, decisão de terceiro colocado e a final.
Onze das 18 vagas na Euroliga são compostas por clubes que têm licenças de longa duração na Euroleague Basketball e são membros da Comissão Executiva de Acionistas. Os clubes licenciados são: Anadolu Efes (TUR), Baskonia (ESP), CSKA Moscou (RUS), FC Barcelona (ESP), Fenerbahçe (TUR), Maccabi Tel Aviv (ISR), Olimpia Milano (ITA), Olympiacos (GRE), Panathinaikos (GRE), Real Madrid (ESP) e Žalgiris (LIT).
Os sete lugares restantes da Euroliga são compostos por clubes associados que têm licenças anuais. Esses clubes são premiados através de um lugar que vai para o vencedor da segundo competição europeia mais importante, a EuroCup, com os outros lugares indo para uma combinação de vencedores de alguma liga nacional europeia e wild cards. Alba Berlin (ALE), ASVEL Villeurbanne (FRA), FC Bayern Munique (ALE), Estrela Vermelha (SER), Khimki Moscou (RUS), Valencia (ESP) e Zenit (RUS) são os agraciados desta temporada.
A temporada terá início nesta quinta-feira (3), com a disputa de quatro partidas: Khimki Moscou x Maccabi Tel Aviv, FC Bayern Munique x Olimpia Milano, ASVEL Villeurbanne x Olympiacos e o clássico Real Madrid x Fenerbahçe. Vale lembrar que a plataforma de streaming DAZN vai transmitir a competição a partir desta temporada. O contrato firmado entre a Euroleague Basketball e o DAZN é válido até 2023.
Alba Berlin (Alemanha)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Mercedes-Benz Arena (14.500)
Projeção de Rotação
PG: Peyton Siva (29 anos, EUA) / Makai Mason (24 anos, ALE) / Stefan Peno (22 anos, SER)
SG: Martin Hermannsson (25 anos, ISL) / Marcus Eriksson (26 anos, SUE) / Jonas Mattiseck (19 anos, ALE)
SF: Rokas Giedraitis (27 anos, LIT) / Niels Giffey (28 anos, ALE) / Lorenz Brenneke (19 anos, ALE)
PF: Luke Sikma (30 anos, EUA) / Tyler Cavanaugh (25 anos, EUA) / Tim Schneider (22 anos, ALE)
C: Landry Nnoko (25 anos, CAM) / Johannes Thiemann (25 anos, ALE) / Kresimir Nikic (20 anos, CRO)
Técnico: Aito García Reneses
Vice-campeão da Eurocup e da Bundesliga na temporada passada, o Alba Berlin vem em plena transformação nos últimos anos, muito mais propenso a disputa na parte mais alta da Europa desde a chegada do técnico espanhol Aito Garcia. Dono de estilo de jogo envolvente, que aposta em espaçamento de quadra, passadores por toda a quadra e muita leveza, a equipe tem se destacado por focar em contratações de atletas jovens se destacando no cenário europeu para desenvolvê-los em um grande ambiente e estrutura, caso do arremessador Rokas Giedraitis do mestre de pick-and-roll Martin Hermannson.
Ainda que sem chamar muito a atenção por ser um grande pontuador, o principal destaque da equipe é o ala-pivô Luke Sikma, filho de Jack Sikma (7 vezes All-Star pelo Seatle Supersonics nos anos 80), muito por possuir um elevado QI de Basquete em que utiliza disso para armar o jogo do garrafão (4.2 assistências por jogo na última temporada da Eurocup).
Ambição: Alcançar os Playoffs, mas pode faltar um elenco mais estrelado para conseguir obter essa conquista. Vai depender de uma grande força coletiva e algumas surpresas para fazer isto.
Anadolu Efes Istanbul (Turquia)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Sinan Erdem Dome (16.000)
Projeção de Rotação
PG: Vasilije Micic (25 anos, SER) / Shane Larkin (27 anos, EUA) / Omer Ilyasoglu (18 anos, TUR)
SG: Rodrigue Beaubois (31 anos, FRA) / Dogus Balbay (30 anos, TUR) / Bugrahan Tuncer (26 anos, TUR) / Mustafa Kurtuldum (18 anos, TUR)
SF: Krunoslav Simon (34 anos, CRO) / James Anderson (30 anos, EUA) / Tolga Geçim (23 anos, TUR)
PF: Chris Singleton (30 anos, EUA) / Alec Peters (24 anos, EUA) / Yigitcan Saybir (20 anos, TUR)
C: Bryant Dunston (33 anos, EUA) / Tibor Pleiss (30 anos, ALE) / Sertaç Sanli (28 anos)
Técnico: Ergin Ataman
Após anos sendo chamados de “amarelões”, como um time talentoso incapaz de competir em jogos decisivos e que simplesmente desmoronava quando o caldo engrossa, a equipe de Istanbul foi a grande surpresa da última temporada da Euroliga, terminando como vice-campeão em uma temporada sem tantas expectativas, mas que montou um elenco coeso, complementar em suas habilidades, mas com a cara do durão Ergin Ataman, um dos técnicos mais exigentes e falastrões do mundo.
Mesmo perdendo os espaçadores Adrian Moerman e Brock Motum para formar a posição 4 da equipe, a base do elenco se manteve, sobretudo com o núcleo duro de Micic-Larkin-Simon-Dunston, essenciais para o desempenho do clube em 18/19 com defesa, versatilidade e capacidade de passe. Caso Singleton consiga ser o defensor que foi na Rússia (não o desastre defensivo que jogou no Panathinaikos e no Barcelona), pode ajudar a aumentar ainda mais o poderio dos turcos.
Ambição: Voltar ao Final Four e mostrar que não foi apenas um ano atípico, para se consolidarem entre as grandes forças da Europa.
ASVEL Villeurbanne (França)
Títulos da Euroliga: –
Arena: L’Astroballe (5.556)
Projeção de Rotação
PG: Jordan Taylor (30 anos, EUA) / Théo Maledon (18 anos, FRA) / Antoine Diot (30 anos, FRA) / Matthew Strazel (16 anos, FRA)
SG: Edwin Jackson (30 anos, FRA) / Rihards Lomazs (23 anos, LET) / David Lighty (31 anos, FRA)
SF: Charles Kahudi (33 anos, FRA) / Charles Galliou (24 anos, FRA)
PF: Livio Jean-Charles (26 anos, FRA) / Aminu Noua (22 anos, FRA)
C: Tonye Jekiri (25 anos, NIG) / Ismael Bako (24 anos, BEL) / Adreian Payne (28 anos, EUA)
Técnico: Zvezdan Mitrovic
Desde que foi lançado o novo formato da Euroliga, em 2016-2017, que um clube francês não disputava a competição. Mas seria impossível não ceder ao lobby do ASVEL, que possui como donos a sociedade entre Tony Parker e Corey Maggette. Além do mais, o crescimento contínuo do basquete francês, com destaque a formação de talentos em volume assombroso, exigiria que isso acontecesse alguma hora ou outra, embora a liga francesa siga sem atingir um patamar maior.
Em termos de elencos, é o menos profundo e afamado da Euroliga. A estrela da companhia tende a ser Edwin Jackson, que já deixou a época de cestinha da Liga ACB no passado. Os jovens Noua, Bako e Jean-Charles dão jovialidade de opções ao garrafão, além de envergadura e explosão. De toda forma, todos querem mesmo é ver Theo Maledon, que aos 17 anos foi MVP da Final da Copa Francesa na temporada passada e vem sendo cotado na loteria do Draft para 2020. Seu tamanho, envergadura, arremesso, polidez como passador e versatilidade defensiva são de deixar qualquer olheiro boquiaberto.
Ambição: Ser um time divertido, capaz de ganhar um jogo ou outro contra um adversário mais forte. Difícil pensar em algo maior do que isso.
Baskonia (Espanha)
Títulos da Euroliga:
Arena: Fernando Buesa Arena (15.504)
Projeção de Rotação
PG: Luca Vildoza (24 anos, ARG) / Pierriá Henry (26 anos, EUA) / Jayson Granger (30 anos, URU)
SG: Matt Janning (31 anos, GEO) / Nik Stauskas (26 anos, CAN) / Miguel González (20 anos, ESP)
SF: Shavon Shields (25 anos, DIN) / Patricio Garino (26 anos, ARG)
PF: Tornike Shenghelia (28 anos, GEO) / Achille Polonara (28 anos, ITA) / Ajdin Penava (22 anos, BOS)
C: Michael Eric (31 anos, NIG) / Youssoupha Fall (24 anos, SEN) / Ilimane Diop (24 anos, ESP)
Técnico: Velimir Perasovic
O Baskonia é quase sempre um queridinho da Europa, dando constantemente seu jeito de chegar aos Playoffs da Euroliga com um elenco carismático empurrado pela vibrante torcida do País Basco, consolidado com terceira maior força do basquete espanhol em um núcleo geralmente mais jovem, buscando atletas jovens se desenvolvendo em times medianos para formar o elenco, com as contratações de Youssoupha Fall, gigante francês de 2,21 metros de altura, e o móvel e arremessador ala-pivô Achille Polonara.
Tornike Shengelia é o grande cara desse elenco, há alguns anos dominando a área pintada das ligas europeias com seus giros e habilidade para um atleta de garrafão, suportando pelo ousado Luca Vildoza, um armador argentino como manda a cartilha, fazendo pressão na defesa e distribuindo o jogo após o drible, além do chute. Para se acompanhar também a estreia de Nick Stauskas na Europa, após empreitada sem tanto sucesso na NBA. Caso seja redescoberto o arremessador que foi em Michigan, pode causar impacto. A pena fica pelo rompimento do tendão de aquiles de Jayson Granger, que vai perder seis meses da temporada.
Ambição: Conseguir novamente a classificação para os Playoffs, se possível, ali pelo quinto lugar, sem passar muito sufoco nas últimas rodadas.
CSKA Moscou (RUS)
Títulos da Euroliga: 8
Arena: Megasport Arena (13.344)
Projeção de Rotação
PG: Mike James (29 anos, EUA) / Daniel Hackett (32 anos, ITA) / Mikhail Kulagin (25 anos, RUS)
SG: Darrun Hilliard (26 anos, EUA) / Janis Strelnieks (30 anos) / Ron Baker (26 anos, EUA) / Ivan Ukhov (24 anos, RUS)
SF: Will Clyburn (29 anos, EUA) / Nikita Kurbanov (33 anos) / Semyon Antonov (30 anos, RUS)
PF: Andrey Vorontsevich (32 anos, RUS) / Johannes Voigtmann (27 anos, ALE) / Andrey Lopatin (21 anos, RUS)
C: Kyle Hines (33 anos, EUA) / Kosta Koufos (30 anos, GRE) / Joel Bolomboy (25 anos, RUS)
Técnico: Dimitris Itoudis
Atual campeão da Euroliga e conseguindo ir para o Final Four desde a época da Televisão à Lenha, vemos um CSKA diferente. Perdeu 3 de seus 4 melhores jogadores na temporada passada (Nando De Colo, Chacho e Cory Higgins), obrigando a uma pequena reforma na composição do perímetro. Trouxeram o cestinha ousado e fora de controle Mike James, um armador talentoso e que abusa da agressividade. Ainda apostaram grana no esforçado Ron Baker e em Kosta Koufos, que não estrelas pra esse nível, mas que contribuem para a profundidade da rotação russa, que segue incrivelmente variada de opções.
Will Clyburn, o explosivo ala que foi MVP do Final Four de 2019 e que conquistou também o quinteto ideal do torneio, vai ter um pouco mais de responsabilidades como pontuador, em que pese seu vem-e-vai como chutador. Para substituir a saída de máquinas eficientes como De Colo e Higgins, Strelnieks e Hillard são ótimos arremessadores, além de serem solidários. Kurbanov e Hines, dois dos defensores mais ferozes da Europa, terão que testar a longevidade de suas carreiras tão longo, mas não deve acontecer nessa temporada.
Ambição: Ganhar é sempre a única opção dos moscovitas. Qualquer coisa menor do que isso não deve ser comemorada, mesmo com o equilíbrio das principais forças.
Estrela Vermelha (Sérvia)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Štark Arena (18.368)
Projeção de Rotação
PG: Lorenzo Brown (29 anos, EUA) / Billy Baron (29 anos, EUA) / Filip Covic (30 anos, SER)
SG: Charles Jenkins (30 anos, SER) / Ognjen Dobric (24 anos, SER) / Branko Lazic (30 anos, SER)
SF: Dejan Davidovac (24 anos, SER) / Stratos Perperoglou (35 anos, GRE) / Nemanja Nenadic (25 anos, SER)
PF: Derrick Brown (32 anos, EUA) / Borisa Simanic (21 anos, SER) / Mouhammad Faye (34 anos, SEN)
C: James Gist (33 anos, EUA) / Michael Ojo (26 anos, NIG) / Nikola Jovanovic (25 anos, SER)
Técnico: Milan Tomic
A enorme tradição, a torcida maluca e até o belo uniforme tornam o Crvena Zvezda um caso à parte. Não costumam ter um elenco brilhante ou estrelas pontuadoras com o orçamento limitado e problemas salariais que possuem, mas sempre são divertidos, por jogarem duro e com extrema disciplina, empurrados pelo calor do público. Se vão conseguir voltar aos Playoffs como foi nos recentes anos de Boban Marjanovic e Quincy Miller é outra história, mas é impossível não se aclimatar com o contexto dos sérvios.
Quanto ao elenco, possuem alguns americanos já experimentados no continente, como o ladrão de bolas Charles Jenkins e os atléticos James Gist e Derrick Brown, mas todos em uma fase da carreira em mais caem do que sobem. Por outro lado, é costumeiro que revelem alguns jovens prestes a dar o salto para um clube mais endinheirado. Neste caso, olho no ala Dejan Davidovac, de 2,02 metros de altura e 24 anos, que se destaca pela inteligência e versatilidade, capaz de jogar com a bola em mãos como um criador secundário, mas também arremessar e buscar o jogo sem bola.
Ambição: O que vier de vitórias é lucro, pra uma equipe que sofre no aspecto financeiro. O objetivo mesmo é ganhar a Liga Adriática para seguir mantendo a vaga no torneio, que ficou com o Buducnost Voli na última temporada.
FC Barcelona (Espanha)
Títulos da Euroliga: 2
Arena: Palau Blaugrana (7.585)
Projeção de Rotação
PG: Malcolm Delaney (30 anos, EUA) / Kevin Pangos (26 anos, CAN) / Thomas Heurtel (30 anos, FRA)
SG: Cory Higgins (30 anos, EUA) / Pau Ribas (32 anos, ESP) / Kyle Kuric (30 anos, SVQ)
SF: Adám Hanga (30 anos, HUN) / Victor Claver (31 anos, ESP) / Álex Abrines (26 anos, ESP) / Leo Bolmaro (19 anos, ARG)
PF: Nikola Mirotic (28 anos, ESP) / Pierre Oriola (27 anos, ESP) / Rolands Smits (24 anos, LET)
C: Brandon Davies (28 anos, UGA) / Ante Tomic (32 anos, CRO) / Artem Pustovyi (27 anos, UCR)
Técnico: Svetislav Pesic
Recusar contratos milionários na NBA não costuma ser uma tarefa tranquila, mesmo para um atleta de rotação na liga americana, mas Nikola Mirotic fez isso e foi um dos grandes assuntos da Offseason. Enquanto foram propagadas notícias falsas de que o contrato seria de quase 80 milhões de euros por 6 anos (o valor real mais aproximado é de cerca de 4~4,5 milhões de euros por ano, durante 4 temporadas), também entra o cenário de que, antes de ir para os Estados Unidos, o montenegrino naturalizado espanhol era uma jovem estrela do Real Madrid, reforçando um sentimento de antipatia (maneirando) por parte da torcida rival.
Para além do ala-pivô, o Barça investiu pesado para trazer Higgins e Davies, talvez os melhores jogadores de suas respectivas posições na última temporada na Europa. Ainda trataram de repatriar Abrines, que estava afastado do basquete por problemas pessoais. Quando tiveram a notícia de que Heurtel lesionou o joelho, se movimentaram para trazer Malcolm Delaney, que já tinha feito estrago na Europa pelo Lokomotiv Kuban. Construíram um elenco profundo e estrelado, para tentar apagar anos difíceis, longe do F4 desde 2014, incluindo dos anos sem Playoffs nesse período.
Ambição: Apagar o histórico ruim recente, garantir Playoffs com tranquilidade e retornar ao Final Four, sem sustos, voltando a jogar bem.
FC Bayern Munique (Alemanha)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Audi Dome (6.700)
Projeção de Rotação
PG: DeMarcus Nelson (34 anos, SER) / Petteri Koponen (31 anos, FIN) / Maodo Lô (27 anos, ALE)
SG: Nihad Djedovic (29 anos, BOS) / Diego Flaccadori (23 anos, ITA) / Thomas Bray (27 anos, EUA) / Jason George (18 anos, ALE)
SF: Vladimir Lucic (30 anos, SER) / Paul Zipser (25 anos, ALE) / Josh Huestis (28 anos, EUA) / Sasha Grant (17 anos, ITA)
PF: Danilo Barthel (28 anos, ALE) / Alex King (34 anos, ALE) / Matej Rudan (18 anos, CRO)
C: Greg Monroe (29 anos, EUA) / Mathias Lessort (24 anos, FRA) / Leon Radosevic (29 anos, CRO)
Técnico: Dejan Radonjic
Aumentando ano a ano o investimento, o Bayern não possui o elenco mais profundo, mas possui um time de grande poderio defensivo, combinando envergadura e explosão em atletas como Lucic, Lessort, Zipser, Huestis e Djedovic para formar um cadeado na retaguarda. Por outro lado, surpreenderam ao trazer Greg Monroe, que vivia vida de nômade na NBA, atuando por 5 clubes diferentes nas últimas duas temporadas, sem se consolidar em nenhuma. Na quadra mais curta na FIBA, pode não ser tão exposto defensivamente. Para dar um salto a mais, talvez falte criatividade e chute de perímetro.
Ambição: Brigou por Playoffs até as últimas rodadas na temporada passada e essa deve ser a nova pedida, uma vez que não houveram grande mudanças no elenco, ao ponto de mudar o patamar da equipe.
Fenerbahçe (Turquia)
Títulos da Euroliga: 1
Arena: Ülker Sports Arena (13.059)
Projeção de Rotação
PG: Kostas Sloukas (29 anos, GRE) / Ali Muhammed (36 anos, TUR) / Leo Westermann (27 anos, FRA)
SG: Nando De Colo (32 anos, FRA) / Melih Mahmutoglu (29 anos, TUR) / Ergi Tripanci (19 anos, TUR)
SF: Nikola Kalinic (28 anos, SER) / Luigi Datome (32 anos, ITA) / Egehan Arna (22 anos, TUR)
PF: Derrick Williams (28 anos, EUA) / Joffrey Lauvergne (28 anos, FRA) / Tarik Biberovic (18 anos, TUR)
C: Jan Vesely (29 anos, TCH) / Ahmet Duverioglu (26 anos, TUR) / Vladimir Stimac (32 anos, SER) / Berkay Candan (26 anos, TUR)
Técnico: Zeljko Obradovic
Desde a chegada de Obradovic ao Fener, é impossível pensar nessa equipe sem ser competitiva, mesmo que comecem acenos a menos investimentos por parte dos proprietários. Os atletas em desenvolvimento que chegam ao clube tem crescido em uma curva impressionante, levando a NBA nessa temporada Nicolo Melli e Marko Guduric, além de casos como Bogdan e Bojan Bogdanovic. Além do mais, transformaram Vesely e Datome em máquinas, muito melhores em questões essenciais de suas carreiras (refino técnico para o tcheco, defesa para o italiano). Se não bastasse toda a aura que cerca o técnico sérvio, conseguiram trazer Nando De Colo, provavelmente o jogador mais eficiente da Euroliga nos últimos 5 anos.
A pena fica pela situação física de Vesely, que não começa a temporada, além da recuperação de Sloukas, que jogou a Copa do Mundo no sacrifício. De outro ângulo, não falta profundidade em todas as posições, podendo usar o fogoso Ali Muhammed ou a combatividade de Westermann, além de todo o espírito moedor de carne de Nikola Kalinic. Derrick Williams, que reconstruiu sua carreira na Europa, chega para montar seu pacote físico e de rebotes em um nível mais alto, visando uma volta para a NBA.
Ambição: Tentar o bicampeonato enquanto ainda há dinheiro sendo botado nos cofres com regularidade.
Khimki Moscou (Rússia)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Mytishchi Arena (7.280)
Projeção de Rotação
PG: Stefan Jovic (29 anos, SER) / Chris Kramer (31 anos, EUA) / Vyacheslav Zaytsev (30 anos, RUS)
SG: Alexey Shved (31 anos, RUS) / Dairis Bertans (30 anos, LET) / Egor Vyaltsev (34 anos, RUS)
SF: Janis Timma (27 anos, LET) / Sergey Karasev (26 anos, RUS) / Sergei Monia (36 anos, RUS)
PF: Jonas Jerebko (32 anos, SUE) / Anthony Gill (27 anos, EUA) / Jeremy Evans (32 anos, EUA) / Evgeny Valiev (29 anos, RUS)
C: Devin Booker (28 anos, EUA) / Timofey Mozgov (33 anos, RUS) / Petr Gubanov (32 anos, RUS)
Técnico: Rimas Kurtinaitis
Shved continua seu reinado como dono do Khimki, podendo arremessar 30 vezes no jogo, caso bem entenda, só que sem ostentar o maior salário da Europa, por agora. Para que a equipe de Moscou não seguisse o reinado de um cara só, fizeram questão de aumentar a profundidade desse elenco, com destaque para os arremessadores Janis Timma e Dairis Bertans, além de Jonas Jerebko, que perdeu boa parte de sua agilidade que fazia um bom atleta de rotação na NBA, mas que ainda pode ser produtivo na Europa. Devin Booker, irmão de Trevor Booker e xará da estrela do Phoenix Suns, dá boas doses de músculos e explosão para o garrafão ao lado do excelente defensor Anthony Gill, enquanto vemos em que forma Mozgov está. Jovic também é um armador muito seguro e que distribui o jogo de maneira muito altruística e inteligente, envolvendo todo mundo possível.
O desafio fica na profundidade, uma vez que o elenco é frágil a lesões e não são tantas opções defensivas no perímetro para cobrir a calça curta, mas sobrará capacidade ofensiva para machucar as defesas adversárias.
Ambição: Ir para os Playoffs e tentar beliscar um mando de quadra, se os temperamentos e corpos aguentarem a temporada.
Maccabi Tel Aviv (Israel)
Títulos da Euroliga: 6
Arena: Arena Yad Eliyahu (11.060)
Projeção de Rotação
PG: Scottie Wilbekin (26 anos, TUR) / Nate Wolters (28 anos, EUA) / John DiBartolomeo (28 anos, ISR)
SG: Tyler Dorsey (23 anos, GRE) / Elijah Bryant (24 anos, EUA) / Sandy Cohen (24 anos, ISR)
SF: Yovel Zoosman (21 anos, ISR) / Deni Avdija (18 anos, ISR)
PF: Omri Casspi (31 anos, ISR) / Quincy Acy (29 anos, EUA)
C: Othello Hunter (33 anos, EUA) / Tarik Black (28 anos, EUA) / Jake Cohen (29 anos, ISR)
Técnico: Ioannis Sfairopoulos
Desde o título da Euroliga 2014 que o Maccabi Tel Aviv vive tempos sombrios a nível continental, mesmo possuindo um orçamento gigante e elencos estrelados, mas que sofreram do mesmo problema que Barcelona e Milano, redundante e mal encaixado, gastando mal todo o dinheiro que têm à disposição.
Neste cenário, o elenco costumava passar por mudanças sempre colossais de uma temporada para outra – difícil construir uma química e entrosamento de uma equipe que sempre muda as caras. E não foi tão diferente para esse ano, uma vez que Hunter, Acy, Casspi, Dorsey, Bryant e Wolters são todas caras novas que precisarão assumir várias responsabilidades, repetindo o padrão de contratações: ex-veteranos de NBA, americanos famosos de Euroliga e uma ou outra aposta da liga israelense. Ao menos será interessante ver a volta de Casspi para o país natal, podendo fazer sua vez de 3-4 versátil em seus anos finais de carreira.
Mas além de americanos pontuadores e esfomeados, há também os dois grandes talentos e expoentes da seleção israelense para os próximos anos, Yovel Zoosman e Deni Avdija, que ganharam tudo no nível de base por Israel. Zoosman se destaca mais pelo lado defensivo, um ala combativo, forte, muito inteligente nos dois lados da quadra, enquanto Avdija, que foi disputado pela seleção sérvia, está mais para um passador alto, criativo, que faz o melhor com a bola em mãos e criando via pick-and-roll, além de preencher as estatísticas de várias maneiras. Outro jovem que está apontado na loteria do Draft.
Ambição: Alcançar os Playoffs, mas pode faltar um elenco mais estrelado para conseguir obter essa conquista. Vai depender de uma grande força coletiva e algumas surpresas para fazer isto.
Olimpia Milano (Itália)
Títulos da Euroliga: 3
Arena: Mediolanum Forum (12.700)
Projeção de Rotação
PG: Sergio Rodríguez (33 anos, ESP) / Shelvin Mack (29 anos, EUA) / Andrea Cinciarini (33 anos, ITA)
SG: Michael Roll (32 anos, TUN) / Amedeo Della Valle (26 anos, ITA) / Nemanja Nedovic (28 anos, SER)
SF: Vladimir Micov (34 anos, SER) / Ricardo Moraschini (28 anos, ITA)
PF: Aaron White (27 anos, EUA) / Luis Scola (39 anos, ARG) / Jeff Brooks (30 anos, ITA) / Chris Burns (34 anos, ITA)
C: Kaleb Tarczewski (26 anos, POL) / Arturas Gudaitis (26 anos, LIT) / Paul Biligha (29 anos, ITA) / Xavi Rey (32 anos, ESP)
Técnico: Ettore Messina
O fracasso a nível internacional e mesmo nacional tem rondado Milão nas últimas temporadas. Mesmo gastando fortunas em elencos de alto orçamento, entra ano e sai ano, os mesmos erros acontecem por parte do clube italiano: contratam gente demais, mas de forma redundante e de difícil distribuição de minutos, sem que exista um senso de coletivo ou coesão tática.
Para mudar esse frustrante cenário, investiram pesado para trazer de volta para o Velho Continente o vitorioso técnico Ettore Messina, que esperava até o fim do século para Gregg Popovich se aposentar e assumir sua vaga no San Antonio Spurs. A saudade aliada a uma oferta milionária o fizeram voltar para o país natal. Para auxiliar um elenco que já começa com duas baixas importantes por lesões graves (Gudaitis e Nedovic), trazem Chacho Rodriguez e toda sua criatividade para a armação. Uma porção de americanos medianos e atléticos formam um garrafão mais limitado, enquanto as coisas ficam mais sobrecarregadas no barbudo espanhol e os chutadores de perímetro da equipe.
Mas eis que de última hora trataram de contratar Luis Scola, que ajuda a desafogar o ataque e adiciona um montante de experiência e espírito vitorioso ao time, além de refino no ataque que faltava na área pintada. A ver como a idade o afeta durante o decorrer da temporada.
Ambição: Não ser uma vergonha, como foi nos últimos anos. Mas existe orçamento e dinheiro de Playoffs aí, se as coisas encaixarem bem e Messina mudar o patamar geral do clube.
Olympiacos (Grécia)
Títulos da Euroliga: 3
Arena: Peace and Friendship Stadium (11.640)
Projeção de Rotação
PG: Vassilis Spanoulis (37 anos, GRE) / Wade Baldwin IV (23 anos, EUA) / Will Cherry (28 anos, EUA)
SG: Kevin Punter (26 anos, EUA) / Brandon Paul (28 anos, EUA) / Antonis Koniaris (22 anos, GRE)
SF: Mindaugas Kuzminskas (30 anos, LIT) / Kostas Papanikolaou (29 anos, GRE) / Nikos Arsenopoulos (19 anos, GRE)
PF: Georgios Printezis (34 anos, GRE) / Sasha Vezenkov (24 anos, BUL) / Aleksei Pokusevski (18 anos, SER)
C: Nikola Milutinov (25 anos, SER) / Augustine Rubit (30 anos, EUA) / Ethan Happ (23 anos, EUA)
Técnico: David Blatt
O Olympiakos, tradicional clube grego, que conquistou dois títulos europeus nessa década, resolveu peitar a federação grega no final da temporada passada, alegando estar sendo prejudicado propositalmente pela arbitragem na Copa Grega, se recusando a enfrentar o Panathinaikos nos Playoffs do Gregão, o que resultou em rebaixamento para a segunda divisão do país. Para um time que deixou de pagar salários em dia (para a fúria de Milutinov, que tinha propostas para sair, mas não foi liberado), é uma decisão pra lá de arriscada, além de soar boba. Mas em um mundo de rivalidades e presidentes temperamentais, essas coisas acabam acontecendo, um suco do basquete mediterrâneo.
Os grandes nomes são os mesmos de sempre, a dupla Spanoulis-Printezis, vitoriosa, decisiva, extremamente técnica e cheia de cojones, mas que está envelhecendo e não conseguiu ir para os Playoffs na última temporada. Sem tanto dinheiro para buscar grandes nomes, conseguir manter o talentoso Milutinov e trazer Kuzminskas para adicionar tamanho e versatilidade para a ala soa como grande vitória, embora a chance deva ser em quem vai dar sobrevida a criação da equipe, quando faltar perna para Spanoulis. Missão para o atlético Kevin Punter.
Ambição: Voltar a fase de mata-mata do torneio e conseguir renovar um pouco a base de estrelas, que estão perto da aposentadoria.
Panathinaikos (Grécia)
Títulos da Euroliga: 6
Arena: Olympic Indoor Hall (18.989)
Projeção de Rotação
PG: Nick Calathes (30 anos, GRE) / Tyrese Rice (32 anos, MON) / Ioannis Athinaiou (31 anos, GRE) / Kostas Papadakis (21 anos, GRE)
SG: Jimmer Fredette (30 anos, EUA) / Rion Brown (28 anos, EUA) / Nikos Pappas (29 anos, GRE)
SF: Ioannis Papapetrou (25 anos, GRE) / Wesley Johnson (32 anos, EUA)
PF: Deshaun Thomas (28 anos, EUA) / Ben Bentil (24 anos, GAN) / Dinos Mitoglou (23 anos, GRE)
C: Jacob Wiley (25 anos, EUA) / Georgios Papagiannis (22 anos, GRE) / Ian Vougioukas (34 anos, GRE)
Técnico: Argyris Pedoulakis
O experimento Rick Pitino passou e as inconsistência da formação do elenco do Panathinaikos seguem por ali, faltando chute e sobrando capacidade física. Com relação a temporada passada, conseguiram roubar Papapetrou do rival, um dos poucos destaques gregos mais jovens em alto nível na Europa, além de apostar em Jimmer Fredette, que brilhou na China, mas nunca consegue se dar bem em suas chances na NBA. Seu papel provável pode ser de um Jaycee Carroll, como arremessador dinâmico sem tanta responsabilidade de criação, caso sua defesa permita.
Outras apostas pontuais são Ty Rice para sexto homem pontuador e Wesley Johnson como defensor atlético, que pode jogar mais no garrafão nesse nível. Ainda assim, o sucesso desse time passa por Nick Calathes e o quanto sua completa incapacidade de arremessar será manejada no aspecto tático. Como criador e invadindo a área de floaters, está entre os melhores do mundo fora da NBA.
Ambição: Garantir com tranquilidade a vaga nos Playoffs e tentar chegar no Final Four, mas pode ser uma missão mais complicada com um elenco menos profundo.
Real Madrid (Espanha)
Títulos da Euroliga: 10
Arena: WiZink Center (15.000)
Projeção de Rotação
PG: Facundo Campazzo (28 anos, ARG) / Sergio Llull (32 anos, ESP) / Nicolás Laprovíttola (29 anos, ARG)
SG: Jaycee Carrol (36 anos, AZE) / Fabien Causeur (32 anos, FRA) / Mario Nakic (18 anos, SER)
SF: Gabriel Deck (24 anos, ARG) / Rudy Fernández (34 anos, ESP) / Jeffery Taylor (30 anos, SUE)
PF: Anthony Randolph (30 anos, ESL) / Trey Thompkins (29 anos, EUA) / Usman Garuba (17 anos, ESP)
C: Walter Tavares (27 anos, CAB) / Jordan Mickey (25 anos, EUA) / Felipe Reyes (39 anos, ESP)
Técnico: Pablo Laso
Pablo Laso, um elenco recheado de opções em todas as posições, arremessadores espalhados pela quadra e um time veloz, criativo e campeão formam a base do Real, com profundidade difícil de replicar. Ajuda o fato de Campazzo, Llull, Laprovíttola, Rudy e Deck estarem todos na final do Mundial, já entrando na temporada em grande fase (e cansados).
Facundo Campazzo é o dono das rédeas dessa equipe, com seu estilo mágico com a bola, com passes ousados, dribles desconcertantes e boa defesa na bola, apesar do tamanho, embora nos momentos decisivos, sejam Llull e Rudy a cara dessa equipe, sempre dispostos a se doar pelo coletivo, além de serem capazes de acertar chutes miraculosos. Vale destacar também Walter Tavares, um gigante com braços ainda maiores, que é móvel o suficiente para ser um defensor muito impactante na Europa.
Ambição: O título e tentar convencer Adam Silver que é uma boa ideia os colocar na NBA. Se depender do presidente do clube, Florentino Perez, o segundo é um ponto até mais relevante.
Valencia (Espanha)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Fuente de San Luis (9.000)
Projeção de Rotação
PG: Quino Colom (31 anos, ESP) / Guillem Vives (26 anos, ESP) / Sam Van Rossom (33 anos, BEL)
SG: Jordan Loyd (26 anos, EUA) / Vanja Marinkovic (22 anos, SER)
SF: Alberto Abalde (24 anos, ESP) / Fernando San Emeterio (35 anos, ESP) / Joan Sastre (28 anos, ESP)
PF: Louis Labeyrie (27 anos, FRA) / Brock Motum (29 anos, AUS) / Aaron Doornekamp (34 anos, CAN)
C: Bojan Dubljevic (28 anos, MON) / Mike Tobey (25 anos, EUA) / Maurice Ndour (27 anos, SEN)
Técnico: Jaume Ponsarnau
O Valencia é a quarta equipe espanhola na Euroliga da vez, na eterna alternância entre Gran Canaria e Unicaja Málaga consigo. Campeão da Eurocup, geralmente tem faltado poder de fogo e versatilidade no elenco para ir longe na competição, com elenco recheado de jogadores úteis, mas ninguém que seja uma estrela incontestável para o nível da Euroliga.
O destaque fica para um garrafão versátil, com arremessadores como Motum e Doorkenamp, jogadores atléticos e alvos de ponte-aérea em Labeyrie, Tobey e Ndour, além dos passes e jogo de costas para a cesta de Dubljevic, que sofre na defesa. No perímetro, trouxeram de volta o andorrano Quino Collom, um armador com visão de jogo privilegiada, além de tentar o mais novo projeto de ala-armador pontuador sérvio – Vanja Marinkovic. A defesa no backcourt tende a ser uma grande questão dos valencianos.
Ambição: Brigar pela última vaguinha nos Playoffs.
Žalgiris Kaunas (Lituânia)
Títulos da Euroliga: 1
Arena: Žalgirio Arena (15.552)
Projeção de Rotação
PG: Alex Pérez (26 anos, MEX) / Lukas Lekavicius (25 anos, LIT) / Rokas Jokubaitis (19 anos, LIT)
SG: Marius Grigonis (25 anos, LIT) / Thomas Walkup (27 anos, EUA) / Karolis Lukosiunas (22 anos, LIT)
SF: Edgaras Ulanovas (27 anos, LIT) / Arturas Milaknis (33 anos, LIT)
PF: Zach Leday (25 anos, EUA) / Nigel Hayes (25 anos, EUA) / Paulius Jankunas (35 anos, LIT)
C: Jock Landale (24 anos, AUS) / Martinas Geben (25 anos, LIT) / Laurynas Birutis (22 anos, LIT) / Erikas Venskus (19 anos, LIT)
Técnico: Sarunas Jasikevicius
Duas temporadas seguidas indo para os Playoffs da Euroliga, com um Final Four nesse meio. Para um clube que nem chega aos 10 milhões de euros em salários por ano, é uma enorme vitória, conduzida pelo ídolo Sarunas Jasikevicius, o brilhante e vitorioso armador, que conquistou títulos europeus por Panathinaikos, Maccabi Tel Aviv e Barcelona. Saras começou uma promissora carreira de treinador, com direito, inclusive, a entrevistas para os cargos de técnico principal de Toronto Raptors e Memphis Grizzlies, em que lhe oferecido também a vaga de assistente principal (teria sido de Nick Nurse, se assim que quisesse). Mesmo com apenas um único bom arremessador no elenco nos últimos dois anos – o limitado Arturas Milaknis – conseguia construir um ataque baseado em múltiplos corta-luzes, exploração de mismatches, ataque ao rebote ofensivo e múltiplas maneiras de estressar a defesa fora da bola.
O elenco perdeu Brandon Davies, Aaron White, Léo Westermann e Nate Wolters, tentando repô-los com ex-NCAA em crescimento na Europa: Alex Pérez, Zach Leday, Jock Landale e Nigel Hayes. Leday já brilhou no Olympiacos e é uma máquina de pontuar, um homem de garrafão leve e muito flexível, enquanto Hayes se vale da envergadura e força, tendo ainda em Landale um jogador seguro, bom reboteiro, com grande senso de posicionamento e versatilidade para pontuar. Thomas Walkup fornece músculos e defesa, auxiliado pelos bravos lituanos Paulius Jankunas e Edgaras Ulanovas, fortes, inteligentes e que adoram um jogo mais vintage, de costas para a cesta e na meia distância (este para Jankunas).
Ambição: Aproveitar que Saras ainda não cedeu às ofertas milionárias de outros times e utilizar seu brilhantismo para seguir nos Playoffs, mas é uma missão duríssima, totalmente compreensível caso não dê certo.
Zenit (Rússia)
Títulos da Euroliga: –
Arena: Sibur Arena (7.120)
Projeção de Rotação
PG: Andrew Albicy (29 anos, FRA) / Alex Renfroe (33 anos, BOS) / Dmitry Khvostov (30 anos, RUS)
SG: Mateusz Ponitka (26 anos, POL) / Austin Hollins (27 anos, EUA) / Konstantin Shevchuk (19 anos, UCR)
SF: Evgeny Voronov (33 anos, RUS) / Anton Ponkrashov (33 anos, RUS) / Vladislav Trushkin (26 anos, RUS)
PF: Will Thomas (33 anos, EUA) / Tim Abromaitis (30 anos, EUA) / Andrey Zubkov (28 anos, RUS)
C: Gustavo Ayón (34 anos, MEX) / Colton Iverson (30 anos, EUA) / Anton Pushkov (31 anos, RUS) / Sergey Balashov (23 anos, RUS)
Técnico: Joan Plaza
Zenit ganhou o último Wild Card para participar da competição europeia, mas sua passagem pela Euroliga poderá não ser tão brilhante. Embora nomes como Andrew Albicy e Mateusz Ponitka sejam bons o suficientes para estarem na Euroliga, além de Gustavo Ayón ser bem experimentado e vitorioso no torneio, falta elenco, profundidade, chamariz público e um grande pontuador. Missão dura para Joan Plaza conseguir levar os russos para algum lugar, mas será interessante ver o que Ayón poderá fazer em um elenco que exija mais de seu refino como finalizador, além de aproveitar a agressividade de Albicy e as infiltrações de Ponitka.
Ambição: Brigar para não ser o lanterna. Ou arrumar o elenco durante a temporada, caso o caminho se desvie, e comece a brigar um pouco mais alto na tabela.
