Jumper Brasil discute – Aquecimento para o Draft 2018

Integrantes do site e convidados tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, apostas seguras e riscos do recrutamento

Fonte: Integrantes do site e convidados tentam identificar prospectos superestimados, subestimados, apostas seguras e riscos do recrutamento

Todos os olhos da NBA estarão voltados para o Draft nesta quinta-feira (21). Para a nossa alegria, a ESPN vai transmitir novamente o evento para o Brasil. Mas nem por isso, deixaremos de convidar a todos a acompanharem conosco o recrutamento, em nosso já tradicional programa ao vivo (a partir das 20h02) que atravessa a noite, com equipe completa a postos para deixá-lo atualizado sobre os mais novos jogadores da liga. Olho na telinha da ESPN e ouvido colado no Jumper Brasil!

Enquanto o Draft não chega, aqui está um pontapé inicial nas discussões que vamos ter durante esta quinta-feira. Os dois integrantes do Jumper Brasil responsáveis pela cobertura do recrutamento – Gustavo Lima e Ricardo Stabolito Jr. – se unem aos convidados Gabriel Andrade, colunista de scouting do Jumper Brasil, e Vitor Camargo, do blog Two Minute Warning, para tentarem identificar quem são os prospectos superestimados e subestimados, apostas seguras e riscos.

Vamos ao trabalho!

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1. Quem você considera a escolha mais segura deste draft?

Gustavo Lima: Luka Dončić. Maior talento da turma, ele é o principal jogador do Real Madrid e chama a atenção nos duelos contra as maiores forças do basquete europeu. Foi campeão do EuroBasket pela Eslovênia com papel de destaque. Chega pronto à NBA, mais preparado do que qualquer prospecto oriundo do basquete universitário.
Ricardo Stabolito Jr.: Luka Dončić. É só um garoto de 19 anos que acaba de ser MVP e campeão das duas principais competições profissionais de clubes do planeta fora da NBA. Enquanto esse cara estava jogando contra o Zalgiris Kaunas ou a seleção espanhola, com todo o respeito, a maior parte da concorrência enfrentava Boston College ou o Panamá sub-18. 
Gabriel Andrade: Luka Dončić. Mais experimentado do que todo mundo (atletas de NCAA pararam de jogar em março e o Real Madrid ainda está em atividade) em nível maior, ele atua na posição e função que mais tem sido usada nos playoffs da NBA e seu jogo é muito completo. Quase não há fraquezas a serem exploradas.
Vitor Camargo: Luka Dončić. Nenhum jogador nessa idade teve mais sucesso jogando em competições de alto nível que esse menino, talvez, na história do Draft. Ele é alguém de quem você sabe exatamente o que esperar quando chegar à NBA. A chance de dar errado é minúscula.

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2. Qual prospecto que, provavelmente será selecionado na loteria, você não escolheria de jeito nenhum?

Gustavo Lima: Lonnie Walker. Apesar dos atributos físico-atléticos, o ala-armador não me convence como prospecto de loteria pelo baixo QI de basquete, noções rudimentares do jogo, seleção de arremessos problemática e inconsistência nos dois lados da quadra. Pouco eficiente sem a bola nas mãos, ele tende a ter problemas de adaptação a um papel menor na NBA.
Ricardo Stabolito Jr.: Collin Sexton (foto). Eu acho que ele é uma escolha de loteria, não questiono isso, mas não o escolheria. Realmente não sou fã de armadores sem bom arremesso de longa distância, visão de quadra e leitura de jogo. Se Jerome Robinson virar uma certeza de seleção de loteria, fica com esse lugar.
Gabriel Andrade: Kevin Knox. O projeto de jogador que ele é até que é bem salivante (um defensor versátil com chute dinâmico), mas isso está longe de ser real para o momento. Em uma classe tão forte, existem apostas muito mais seguras e que entregam mais nesse ponto da carreira.
Vitor Camargo: Collin Sexton. Sua combinação de explosão, capacidade física e intensidade é impressionante. Mas entre suas habilidades ainda em desenvolvimento e dificuldades com leitura de jogo e QI de basquete, ele ainda é um prospecto de risco muito alto a essa altura do recrutamento.

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3. E qual jogador que, provavelmente não será selecionado na loteria, você escolheria caso estivesse no TOP 14 deste recrutamento?

Gustavo Lima: Zhaire Smith, por conta do grande teto para evolução. Um dos prospectos mais jovens deste ano, ele possui atributos físico-atléticos de elite, alto QI de basquete e tremendo potencial para se tornar um defensor de primeira linha entre os profissionais. Um projeto de médio e longo prazo que vale a aposta.
Ricardo Stabolito Jr.: Kevin Huerter. Ele possui o perfil de jogador que os times da NBA estão buscando hoje em dia (arremessador e defensor versátil, passador atento) e, acima de tudo, é extremamente inteligente em quadra. 
Gabriel Andrade: Kevin Huerter (foto). Seu estilo de jogo é perfeito para a NBA atual. Ele é um dos melhores arremessadores da classe, fazendo-o em uma diversidade de ações, além de também ser capaz de passar a bola com inteligência e criatividade. Defende muito bem com sua combinação de tamanho e QI de basquete.
Vitor Camargo: Robert Williams tem aparecido fora demais da loteria em projeções para o meu gosto. Parece loucura que um jogador com um estilo de pivô moderno, dono de combinação de capacidade atlética e instintos defensivos, não seja um dos 14 melhores do recrutamento. O fato de ter jogado fora de posição em 2018 pode estar pesando, mas ele é talentoso demais para cair tanto.

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4. Existe algum atleta que deverá ser escolhido apenas na segunda rodada e você consideraria seriamente selecionar entre os 30 primeiros?

Gustavo Lima: Melvin Frazier (foto). Vindo de uma universidade pequena (Tulane), ele foi um dos jogadores mais produtivos da última temporada. Possui atributos atléticos de elite, é um grande defensor e ainda “mata” bolas do perímetro. É o protótipo de 3-and-D tão em alta na NBA, com o bônus de conseguir criar para os companheiros. Tem tudo para estabelecer uma carreira sólida como role player na liga.
Ricardo Stabolito Jr.: Mitchell Robinson tem caído progressivamente em várias projeções e acho que, no fim da primeira rodada, vale a aposta. Essa não é mais uma liga de pivôs, mas, se você quiser um, ele preenche o perfil atual: protetor de aro extremamente móvel no perímetro. Não está pronto, tem seus problemas de background, mas pode ser um grande acerto.
Gabriel Andrade: De’Anthony Melton. Prejudicado pelos recentes escândalos do NCAA, ele é o tipo de jogador que os técnicos adoram: forte, incansável na defesa, briga por todo tipo de bola e toma ótimas decisões no ataque. Até seu fraco arremesso parece mais limpo nos recentes treinos.
Vitor Camargo: Está difícil de saber quem realmente cairá para a segunda rodada pela proximidade entre os prospectos a partir da escolha #16, mas Anfernee Simmons é um nome que despencou em projeções para mim. É muito cru, mas tem potencial altíssimo se conseguirem desenvolvê-lo. Tipo de jogador que vale o risco no final da primeira rodada.

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5. Por fim, com a primeira escolha do draft de 2018, você selecionaria…

Gustavo Lima: Luka Dončić. Simplesmente o maior talento da classe deste ano.
Ricardo Stabolito Jr.: Luka Dončić. Ele é o mais inteligente, habilidoso, vencedor e provado prospecto disponível no topo do recrutamento, com um perfil técnico que encaixa-se perfeitamente à forma como o jogo da NBA está se transformando em tempos recentes.
Gabriel Andrade: Luka Dončić. O melhor talento com o estilo de jogo que a NBA tem mais utilizado nos playoffs. Playmakers atléticos de 2.03m de altura, que chutam de todo o canto da quadra e com grande QI de basquete não dão em árvores.
Vitor Camargo: Luka Dončić. Ele é o jogador mais realizado do draft, com a menor chance de erro e maior de atingir seu potencial. Suas habilidades se encaixam perfeitamente no jogo orientado para o perímetro, versatilidade, arremessos e passes que cada vez mais vira norma na NBA.

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