Jumper Brasil discute – Brasileiros na offseason

A offseason está quase terminando, mas nem tudo está resolvido para os atletas brasileiros. Alguns já resolveram seus futuros, outros já tinham situações consolidadas e há quem ainda esteja vivendo momentos de definição. Por isso, convidamos cinco integrantes da equipe do Jumper Brasil para analisar o que já aconteceu e o que ainda pode estar […]

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A offseason está quase terminando, mas nem tudo está resolvido para os atletas brasileiros. Alguns já resolveram seus futuros, outros já tinham situações consolidadas e há quem ainda esteja vivendo momentos de definição. Por isso, convidamos cinco integrantes da equipe do Jumper Brasil para analisar o que já aconteceu e o que ainda pode estar reservado para os representantes do país no mercado da NBA. Vamos lá!

 

1. Para você, o contrato assinado nesta offseason por Tiago Splitter (quatro temporadas, US$36 milhões) foi justo?

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Gustavo Freitas: Sim. Se considerarmos o fato de que os jogadores de sua posição sempre ganham contratos “generosos”, Splitter recebeu nada menos do que o justo. É muito? Provavelmente. Mas lembre-se que ele teve suas melhores médias da carreira na campanha 2012-13.

Kaio Kleinhans: Não. Nós sabemos que os pivôs recebem mais do que merecem hoje em dia na NBA, mas esse contrato do Splitter foi bem acima do merecido. O justo seria algo em torno de US$5-6 milhões por temporada. Sabendo dos valores inflacionados, acharia aceitável até uns US$7.5 milhões. Nove milhões por ano foi exagero.

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Gustavo Lima: Sim. Splitter foi titular do time campeão do Oeste e desempenho bom papel nos playoffs, principalmente contra o Memphis Grizzlies. Tem pivô do mesmo nível dele que tem contrato até mais “generoso” (DeAndre Jordan). Bons pivôs na NBA são cada vez mais raros e aqueles que se destacam um pouco já conseguem um contrato desses.

Guilherme Silva: Não. Apesar do seu crescimento recente no Spurs, principalmente na defesa, ele ainda não merecia tanto. Para a próxima temporada, apenas Tony Parker e Tim Duncan receberão mais do que ele no time. Um contrato na casa dos US$7 milhões anuais acredito que seria mais condizente com o seu jogo.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. O mercado de pivôs é isso aí. Splitter fez uma ótima temporada para uma equipe finalista da liga e, embora se torça o nariz para alguns milhõeszinhos, está dentro dos padrões. A questão para mim é bem mais se o Spurs realmente precisava gastar tudo isso com um pivô.

 

2. Titular, reserva ou D-League: o que esperar de Vitor Faverani no Celtics?

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Gustavo Freitas: Pode até ser titular, do jeito que as coisas andam no Celtics. Repórteres que cobrem o time indicam que o favorito à titularidade é o calouro Kelly Olynyk, mas são muitos jogadores que podem atuar nas duas posições do garrafão e vejo que o brasileiro tem boas chances de se consolidar bem na rotação.

Kaio Kleinhans: Reserva. O Celtics tem uma grande lacuna na posição e Faverani pode se aproveitar disso para cavar um lugar na rotação. Deve ter partidas no quinteto inicial eventualmente, mas não acredito que se consolide como titular.

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Gustavo Lima: Reserva. Faverani chega ao Celtics para compor elenco e ainda vai ter que se adaptar à mudança do basquete FIBA para a NBA. Disputará minutos com Kelly Olynyk, Jared Sullinger, Brandon Bass e Kris Humphries. Mas o detalhe é que, dentre os citados, é o único “cinco” de ofício.

Guilherme Silva: Reserva. O Celtics tem poucas opções de pivô de ofício no elenco, o que pode contribuir para que Faverani tenha alguns minutos de quadra. Considerando também que a franquia deve investir em novos jogadores, o brasileiro terá espaço para se consolidar até o fim da temporada.

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Ricardo Stabolito Jr.: Reserva. Faverani já disse que tem a garantia de que vai jogar. Não vai ser enviado para a D-League ou “enterrado” no fim da rotação. A preferência do Celtics deverá ser os mais garotos (Olynyk, Sullinger), mas o brasileiro terá tempo para tentar provar que merece seu espaço na NBA.

 

3. Com as recentes contratações do Cavs, você acredita que Anderson Varejão termina a próxima temporada em Cleveland?

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Gustavo Freitas: Se estiver bem fisicamente, Varejão provavelmente será negociado. O que é a melhor situação para a sua carreira, desde que vá para um time em que tenha condições de ser titular ou muito tempo de quadra. Ele esteve próximo de ser convocado para o Jogo das Estrelas na temporada passada e a rotação do Cavs está congestionada. Ficar em Cleveland pode ser um desperdício tanto para Anderson, quanto para a franquia.

Kaio Kleinhans: Não. Dificilmente. Além dos jovens que o time tem no elenco, a chegada de Andrew Bynum complica a situação de Varejão. Antes da última lesão, Anderson fazia uma temporada espetacular e possui bom valor de mercado. Já é cotado para ser negociado nos últimos dois anos.

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Gustavo Lima: Não. Acho que ele será negociado até a trade deadline. Mas isso vai depender da condição física de Andrew Bynum. Se o ex-pivô do Lakers se mantiver saudável, Varejão será uma importante moeda de troca. Vale lembrar que ele possui contrato expirante de US$9 milhões.

Guilherme Silva: Sim. Varejão tem uma ligação muito grande com os torcedores de Cleveland e tem contribuído para o time em quadra. Sua saúde é questionável, mas Andrew Bynum é ainda mais uma incógnita neste sentido. O Cavs não pode se dar ao luxo de desfazer de um pivô confiável como o brasileiro.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Se Andrew Bynum voltar a jogar regularmente, é lógico que o Cavs terá que pensar seriamente em trocar Varejão. Mas a verdade é que já fez bem mais sentido a ideia de trocar o brasileiro. Hoje, o Cavs é um time que tenta se consolidar competitivamente e, neste caso, ele pode ser muito importante. Para outros times, adquirir Varejão neste momento é um risco por conta de seu contrato expirante e a chance de perdê-lo como agente livre.

 

4. Se você fosse dirigente de um time, contrataria Fab Melo para a pré-temporada – como o Dallas Mavericks fez?

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Gustavo Freitas: Sim. Contrataria para saber se Melo tem capacidade de estar em um elenco da NBA. Se tiver, ótimo. Do contrário, dispensaria antes do início da temporada. É uma fase de testes, afinal.

Kaio Kleinhans: Sim. Um corpo grande a mais é sempre bem vindo ao elenco – pelo menos, nos treinamentos. Depois, vendo seu rendimento junto ao time, eu pensaria se vale a pena assegurar seu contrato para a temporada.

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Gustavo Lima: Não. O pivô brasileiro ainda não tem nível para atuar na NBA. O ideal seria que ele ficasse mais uma temporada exclusivamente na D-League.

Guilherme Silva: Sim. Acredito que Fab valha a tentativa para quem precise de um jogador de garrafão. Ele jogou apenas 36 minutos pelo Celtics na última temporada e o GM da franquia, Danny Ainge, chegou a ressaltar sua dedicação e crescimento ao longo do ano. Ele é novo, foi draftado no ano passado, e acho que vale o investimento.

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Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Bem, quais são os riscos? E qual opção muito melhor o mercado oferece? A pré-temporada serve para testes como esse. Se jogar bem, você tem um steal nas mãos com um contrato mínimo não garantido. Se não der certo, vida que segue.

 

5. Verdadeiro ou falso: Leandrinho ainda tem espaço na NBA.

Gustavo Freitas: Verdadeiro. Leandrinho ainda pode acrescentar na liga, desde que jogue para uma equipe com vocação ofensiva. Foi bem no Phoenix Suns por causa disso. Suas habilidades no ataque são muito boas, mas não conseguiu melhorar no aspecto defensivo. Apesar deste porém, acredito muito que consiga um vínculo para finalizar sua passagem no melhor basquete do mundo.

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Kaio Kleinhans: Verdadeiro. Leandrinho pode não ser mais um candidato ao prêmio de melhor reserva da liga, mas ainda pode ser útil. É experiente, pode contribuir com alguns pontos e é melhor do que jogadores que acabam recebendo contratos de algumas equipes.

Gustavo Lima: Verdadeiro. Acredito que Leandrinho ainda tem “lenha para queimar” na liga. Ele tem 31 anos e o título de melhor reserva no currículo. Assim que recuperar-se da lesão nos ligamentos do joelho, consegue espaço em uma equipe. Muito time precisa de um pontuador de perímetro vindo do banco. Bulls, Warriors, Pacers, Lakers e Sixers seriam algumas opções.

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Guilherme Silva: Verdadeiro. Um espaço bem reduzido, por conta da última lesão no joelho e seguidas temporadas com desempenho fraco, mas ainda com chances de conseguir lugar em algum time e conseguir alguns minutos saindo do banco.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Eu tinha sérias dúvidas sobre isso antes do início da última temporada, mas acho que Leandrinho fez um trabalho bem melhor do que o esperado em seu pouco tempo de Celtics. Ele me convenceu. Ainda tem plenas condições de jogar mais alguns anos.

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