Jumper Brasil discute – Medições dos prospectos do Draft 2013

Na última semana, os principais prospectos inscritos no próximo recrutamento estiveram reunidos na cidade de Chicago para o Draft Combine. O evento envolve entrevistas com equipes, treinos, testes atléticos e medições. Todos os atletas convidados são medidos e vocês já podem conferir os resultados do processo no Jumper Brasil. Esses números tornam-se oficiais e os […]

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Na última semana, os principais prospectos inscritos no próximo recrutamento estiveram reunidos na cidade de Chicago para o Draft Combine. O evento envolve entrevistas com equipes, treinos, testes atléticos e medições. Todos os atletas convidados são medidos e vocês já podem conferir os resultados do processo no Jumper Brasil. Esses números tornam-se oficiais e os times passam a trabalhar com eles para avaliar os jogadores – o que terá impacto direto na posição em que os jovens vão ser escolhidos.

Então, conhecendo os números, trazemos nossos três integrantes responsáveis pela cobertura do draft e dois convidados especiais – Vitor Camargo (do blog Two Minute Warning) e Kaio Kleinhans (do blog Hornets Brasil) – para discutir quais prospectos se beneficiaram e aqueles que podem ter se prejudicado com os resultados das medições. Então, lá vamos nós:

 

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1. Em sua opinião, qual jogador de garrafão teve a projeção mais beneficiada pelas medições do Draft Combine?

Ricardo Stabolito Jr.: Steven Adams. Ele teve uma temporada de poucos grandes momentos em Pittsburgh e precisava dos bons números que registrou no evento para relembrar os olheiros da liga sobre seu enorme potencial. Eu acho que o pivô deixa Chicago como uma potencial escolha de loteria – se já não o for.

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Vitor Camargo: Rudy Gobert. O francês realmente impressionou nas medições. Não só pela altura (7’2’’, 2,18m), mas especialmente pela envergadura (7’8.5’’, 2,34m) e alcance vertical (9’7’’), atributos que devem ajudá-lo a ser um bom defensor na NBA. Com medidas semelhantes a Greg Oden e suas mãos gigantes, Steven Adams também ganhou pontos.

Zeca Oliveira: Steven Adams. Teve medidas bem parecidas com as de Noel, mas com quase 22 quilos a mais e uma mão bem mais larga. Além das medições, também parece ter mostrado nos treinos coletivos que está mais confortável na parte ofensiva. A tendência é ter uma melhor projeção agora.

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Kaio Kleinhans: Rudy Gobert, sem dúvida alguma. O pivô francês bateu recordes em Chicago com sua envergadura e alcance vertical, que são atributos importantíssimos para qualquer atleta de garrafão. Parece ter se saído muito bem nos treinos coletivos também, protegendo a cesta. Steven Adams foi outro que conseguiu boas marcas.

Gustavo Lima: Rudy Gobert. O pivô francês é muito alto e tem uma envergadura monstruosa. Pode vir a ser até escolha de loteria por causa de tais medições.

 

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2. E qual atleta de garrafão acabou mais prejudicado pelo resultado das medições?

Ricardo Stabolito Jr.: Kelly Olynyk. Ele é o “T-Rex” da turma: envergadura seis centímetros menor do que o corpo. Braços curtos são sempre um problema. Até Cody Zeller, que todos sabiam ser “curto”, teve melhores resultados no quesito.

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Vitor Camargo: Kelly Olynyk. O valor do pivô neste draft vem de sua habilidade ofensiva e não da defesa, mas, para ter sucesso regular na NBA, ajuda ser um bom defensor. Neste aspecto, sua envergadura de 6’9.75’’ (2,07m) não vai ajudá-lo – o que limita um pouco seu valor.

Zeca Oliveira: Richard Howell. Ele mediu apenas 2,02m de altura e 2,08m de envergadura. Ele ainda tem tudo para ser um ótimo reboteiro com essas medidas, mas é muito pequeno para não comprometer na parte defensiva. Menção honrosa para Kelly Olynyk.

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Kaio Kleinhans: Kelly Olynyk. Ele apresentou bom tamanho (2,13m), mas sua envergadura mal passa dos 6’9’’ e isso o compromete um pouco. Esperava-se uma medida consideravelmente maior (algo como 7’2’’) com base em sua altura.

Gustavo Lima: Kelly Olynyk. Complicado um pivô medir 2,13m e ter apenas 2,07m de envergadura. Os braços curtos podem prejudicá-lo nas projeções.

 

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3. Entre os jogadores de perímetro, quem deixou a impressão mais positiva com suas medidas?

Ricardo Stabolito Jr.: Tony Snell. Ele foi o mais alto (2,01m) e longo (2,12m) entre todos os alas-armadores medidos em Chicago. Joga nos dois lados da quadra. Deveria ser mais considerado pelos times no fim da primeira rodada.

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Vitor Camargo: Trey Burke. Apesar de ser uma das prováveis cinco primeiras escolhas, o armador ainda levantava dúvidas por sua altura. Neste sentido, ele deixa Chicago com seu status consolidado: mediu 6’1.25’’ (1,85m, o mesmo que Chris Paul) com envergadura de 6’5.5’’ (superando Paul e Kyrie Irving, por exemplo). Isso deve diminuir as dúvidas em torno dele.

Zeca Oliveira: Allen Crabbe e Vander Blue. Esperava muito menos deles. Crabbe tem uma envergadura (2,11m) que pode fazer com que jogue até na posição três. Já Blue é mais alto (1,95m) do que muitos imaginavam, o que pode ser levado em consideração quando formos citar os potenciais melhores defensores de perímetro deste recrutamento.

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Kaio Kleinhans: Trey Burke. Ele respondeu basicamente grande parte das dúvidas que se tinha a seu respeito com suas medidas e não seria nenhum absurdo ele ser cotado como primeira escolha a partir de agora. Tim Hardaway Jr., seu companheiro em Michigan, foi outro que se saiu bem nas medições e treinos coletivos.

Gustavo Lima: Jamaal Franklin. Fiquei impressionado com a envergadura de 2,11m para um jogador que mede “apenas” 1,95m.

 

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4. Por outro lado, qual atleta de perímetro decepcionou nas medições?

Ricardo Stabolito Jr.: Pierre Jackson. O fato de todos já imaginarem que era o jogador mais baixo (1,79m) e curto (1,78m) em Chicago não faz com que as medidas se tornem melhores. Ele vem sendo cogitado como uma escolha de fim de primeira rodada, mas, em uma classe cheia de armadores, esses números podem fazer um grande desserviço a sua projeção.

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Vitor Camargo: Shabazz Muhammad. O problema dele não é que suas medidas sejam ruins ou decepcionantes, mas, para alguém que vem caindo nas projeções por conta de diversos fatores (idade, atuações abaixo do esperado), o Combine era uma chance de tentar “virar o jogo” um pouco. Seus 1,98m de altura e 2,11m de envergadura não são suficientemente bons para parar as “más línguas”.

Zeca Oliveira: Eu confesso que esperava um pouco mais de Victor Oladipo. Não que isso vá afetar muito sua posição nas projeções, mas, com essas medidas, ele não deve ser mais considerado para jogar na posição três – o que seria um grande diferencial.

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Kaio Kleinhans: Victor Oladipo, tranquilamente. Esperava-se que sua altura alcançasse ao menos 6’5’’ (1,95m) e ele mediu apenas 6’4.25’’ (1,93m) já com tênis. Isso compromete sua versatilidade de jogar como ala e ala-armador, que era vista como uma de suas principais virtudes na transição para a NBA. Ele dificilmente terá muito minutos na posição três.

Gustavo Lima: Shabazz Muhammad. Em uma liga com tantos alas altos, o jogador de UCLA medir só 1,98m já com tênis é motivo de preocupação para os olheiros.

 

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5. Nos últimos quatro Combines, todos os atletas que mediram 2.13m de altura (7’0’’) ou mais foram draftados. No evento deste ano, tivemos seis prospectos que alcançaram a marca: Steven Adams, Rudy Gobert, Colton Iverson, Kelly Olynyk, Mason Plumlee e Cody Zeller. Verdadeiro ou falso: todos vão ser selecionados.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. A dúvida está em Iverson, já que os outros são potenciais escolhas TOP 20. Ele teve uma boa temporada e, embora seu jogo não encaixe direito com a realidade atual da NBA, um pivô de ofício com seu tipo físico é um artigo raro. Alguém deve escolhê-lo na segunda rodada.

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Vitor Camargo: Verdadeiro. A única dúvida é Iverson, que não me impressionou em Colorado State e não chamou a atenção até aqui. Mas, em um draft particularmente fraco, um pivô de sua altura e força física tende a ser um risco aceitável e possível no fim de segunda rodada.

Zeca Oliveira: Verdadeiro. Enxergava Iverson sendo selecionado na segunda rodada mesmo achando que tinha algo como 2,08m de altura. No entanto, ele mediu cinco centímetros a mais com um alcance vertical muito acima da média. Deve ser selecionado, sim. Os outros cinco são escolhas de primeira rodada certas.

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Kaio Kleinhans: Verdadeiro. De todos os seis prospectos, somente Colton Iverson é dúvida. Para mim, seria mais um caso de aposta. Eu acho que ele acaba sendo escolhido com uma das cinco últimas escolhas da segunda rodada.

Gustavo Lima: Verdadeiro. E pelo menos cinco desses jogadores serão seguramente escolhidos na primeira rodada. Iverson provavelmente vai ser escolha de final de segunda rodada.

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