Jumper Brasil Discute – Quem é candidato ao título do Oeste?

Integrantes do site e convidados analisam equipes que podem projetar fazer frente aos times de Los Angeles nos playoffs de conferência

Fonte: Integrantes do site e convidados analisam equipes que podem projetar fazer frente aos times de Los Angeles nos playoffs de conferência

Será que todos os melhores times do Oeste são realmente candidatos ao título de conferência? Essa é a pergunta que tentaremos analisar hoje.

Nessa semana, o Jumper Brasil reuniu três dos integrantes de sua equipe e um convidado especial – Guilherme Taniguchi, do podcast “Splash Brothers” – nessa semana para analisar perspectivas e o nível de confiança que temos em relação a cada uma das franquias que dividem o topo do Oeste com os favoritos times de Los Angeles, Lakers e Clippers.

Quem pode verdadeiramente desafiar os favoritos angelinos em uma série de sete jogos, nos playoffs? E quem não passa de um fenômeno de temporada regular? É isso que vamos discutir agora!

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1. O Houston Rockets é um verdadeiro candidato ao título do Oeste?

Ricardo Stabolito Jr.: Não. O Rockets é o time mais perigoso para a dupla de Los Angeles em um jogo isolado, por exemplo. É quem tem mais experiência também. No geral, porém, eu não acredito que tenha mostrado os sinais que espero de um campeão de conferência – versatilidade na forma de jogar, alternativas no elenco, encaixe das peças, alto desempenho defensivo, regularidade e por aí vai.

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Eduardo Ribeiro: Não. Mantenho a minha aposta do início da temporada: a equipe de Houston irá bem na campanha regular e não vai repetir o sucesso nos playoffs. O trabalho de Mike D’Antoni é fraquíssimo e o time depende de jogadas individuais de James Harden e Russell Westbrook, além de forçar arremessos de três pontos.

Guilherme Taniguchi: Não. É difícil apostar contra James Harden em temporadas históricas, mas o elenco parece não ajudar: o encaixe de Russell Westbrook ainda apresenta problemas, Clint Capela não é um bom fit em todas as situações e falta talento em várias posições. Com o número de duelos complicados no Oeste, não vejo Houston nesse nível – e a passagem de Mike D’Antoni parece ter acabado.

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Gustavo Freitas: Não. Houston possui dois grandes astros, um ótimo jogador subindo de produção a cada ano (Clint Capela) e só. É uma equipe extremamente dependente dos arremessos de três pontos e isolações, não tem outro plano ofensivo e a defesa é só mediana. Mike D’Antoni já ganhou dois prêmios de melhor técnico da liga e, sinceramente, não consigo entender. O Rockets não tem cara, cheiro ou cor de candidato ao título.

 

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2. O Dallas Mavericks é um real contender dentro da conferência?

Ricardo Stabolito Jr.: Não. O Mavericks é uma ótima surpresa e Doncic dispensa comentários, mas não os vejo nesse nível – em rendimento defensivo, experiência ou talento coletivo. A semifinal de conferência, na verdade, já seria um fantástico resultado para esse elenco no Oeste. Fora isso, vamos dar tempo ao tempo!

Eduardo Ribeiro: Não. Eu estou gostando de acompanhar o Mavericks e eles têm tudo para ficarem ainda melhores com o tempo, mas não acho que já seja a hora de chegarem longe. Dallas certamente estará nos playoffs, mas não apostaria em uma classificação para a final de conferência, por exemplo.

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Guilherme Taniguchi: Não. É uma situação parecida com Houston: potencial MVP com elenco de apoio que não parece capaz de dar o salto que Doncic necessita. Eu até acho que o time encaixa-se melhor do que o Rockets, mas vejo muitas equipes na frente do Mavericks nessa temporada. Estão no caminho certo, no entanto.

Gustavo Freitas: Ainda não, mas será em breve. Doncic está jogando em nível de MVP, mas sabe quando falta algo? Nem estou falando de Kristaps Porzingis ser mais efetivo. Apenas falta. Talvez, um outro armador ou pivô de elite. O Mavericks ainda sofre para fechar jogos e fica muito dependente do ala-armador esloveno nos minutos finais. 

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3. Verdadeiro ou falso: o Denver Nuggets é mesmo candidato a assumir o “trono” do Oeste.

Ricardo Stabolito Jr.: Verdadeiro. Ou, pelo menos, o Nuggets é quem deu mais sinais de que pode ser um campeão de conferência tirando a dupla angelina. Sua defesa melhorou e teve momentos de elite nessa temporada. O ataque já provou que pode ser uma potência no passado. Mas ainda tenho dúvidas se Denver pode mostrar essas duas facetas, ao mesmo tempo, de forma regular.

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Eduardo Ribeiro: Verdadeiro. É difícil fazer qualquer tipo de aposta definitiva no Oeste, mas, com certeza, o Nuggets tem chance de ser “o time” entre todos esses desafiantes. Isso é ainda mais palpável se Michael Porter Jr. seguir evoluindo – ele pode virar o “cestinha” e complemento ideal para Nikola Jokic no Colorado.

Guilherme Taniguchi: Verdadeiro. O ataque de Denver melhorou bastante desde dezembro, acompanhando a subida de produção de Nikola Jokic e a surpreendente ascensão de Will Barton. Só acho que, para completar a jornada do herói e tornar-se o legítimo rei do Oeste, o Nuggets precisa de um salto ofensivo de Jamal Murray e da consolidação de Michael Porter Jr.

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Gustavo Freitas: Verdadeiro. O Nuggets tem um elenco muito equilibrado – especialmente, na defesa – e contar com um pivô capaz de dar passes de 20 metros é um diferencial. Quem vai marcar um cara como Jokic? E o técnico Michael Malone realiza um ótimo trabalho, com várias opções ofensivas e tirando o melhor de seus comandados.

 

4. O Utah Jazz realmente é um dos postulantes ao título de conferência?

Ricardo Stabolito Jr.: Não. A excelente fase atual do Jazz passa pela ausência de Mike Conley e uma “explosão” ofensiva que contraria a filosofia do time. Não acho que seja tão sustentável. No fim das contas, mesmo com as diversas mudanças no elenco, Utah ainda segue com um problema familiar: não encontra formações que atuem no mais alto nível nos dois lados da quadra ao mesmo tempo.

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Eduardo Ribeiro: Sim. Apesar do início decepcionante, o Jazz está jogando em um altíssimo nível no momento. Será interessante acompanhar a volta de Mike Conley à rotação, uma vez que essa boa fase aconteceu em sua ausência. Para mim, eles podem chegar até a final do Oeste… só não dá para esperar vida fácil até lá.

Guilherme Taniguchi: Sim. O Jazz é uma das grandes incógnitas da temporada, que passou a funcionar melhor após a saída daquela que parecia ser a peça que faltava para Utah subir de patamar (Mike Conley). Mesmo assim, aposto neles: gosto muito do quinteto titular e creio nos ajustes táticos de Quin Snyder para achar a melhor sintonia do time.

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Gustavo Freitas: Sim. É o meu time favorito no Oeste, na verdade. O Jazz virou um time completo na última offseason, saindo do esquema travado com dois jogadores de garrafão que pouco pontuavam e trouxe Bojan Bogdanovic. Possui ótimos defensores e excelentes arremessadores, mas precisa saber o que vai fazer com Mike Conley: por mais que o veterano seja um grande armador, Utah funciona melhor sem ele.

 

5. Lakers e Clippers continua sendo sua aposta para a final do Oeste?

Ricardo Stabolito Jr.: Sim. Los Angeles tem o melhor time (Lakers) e a equipe de maior potencial (Clippers) da conferência, em uma análise simples e direta. E, para ser sincero, acho que estou menos empolgado com o nível dos seus desafiantes no momento do que a maioria dos analistas.

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Eduardo Ribeiro: Sim. A NBA em geral e a conferência Oeste especificamente são pesadelos para quem gosta de apostar, mas ainda fico com os representantes de Los Angeles pela óbvia qualidade e experiência dos elencos. Na hora do “vamos ver”, eu acho que a dupla angelina irá se sobressair.

Guilherme Taniguchi: Com certeza. É simplesmente difícil ver alguém dos citados sendo capaz de parar as duas principais duplas da NBA. O maior obstáculo para que assistamos os angelinos nessa final, hoje, pode ser o risco que esse encontro venha a acontecer antes da decisão de conferência e não os adversários.

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Gustavo Freitas: Não. Ou melhor, talvez seja. O Lakers estará lá, vivendo uma temporada dos sonhos com LeBron James e Anthony Davis. Hoje, porém, acredito mais no Jazz do que no Clippers. Esse pessimismo com o Clippers pode ser em decorrência de algumas atuações ruins na temporada regular, mas isso tem chance de mudar bastante nos playoffs – as defesas falam mais alto e o potencial deles nesse lado da quadra é enorme. 

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