Nove jogadores que faleceram durante suas carreiras

Renan Ronchi fala sobre atletas mortos sob contrato

Fonte: Renan Ronchi fala sobre atletas mortos sob contrato

O falecimento de um atleta durante sua carreira é uma das coisas mais chocantes que podem acontecer no mundo dos esportes. Jovens e condicionados a uma vida saudável, jamais imaginamos que algo possa acontecer aos jogadores que nos encantamos pela TV. Mas a vida é passageira e a NBA já perdeu diversos atletas no decorrer de sua história. Entre promessas, estrelas e role players, conheça nove ex-jogadores da NBA que deixaram este mundo antes que pudessem se aposentar.

Malik Sealy

Malik Sealy

Sealy foi a 14ª escolha do draft de 1992 pelo Indiana Pacers. Ala alto e atlético, atuou também por Clippers e Pistons antes de chegar ao Minnesota Timberwolves em 1999. Não demorou muito para se tornar o melhor amigo de Kevin Garnett, estrela de sua nova equipe. No dia 20 de maio de 2000, Malik estava voltando para casa após a festa de aniversário de 24 anos de Garnett quando um motorista bêbado entrou na contramão e causou um acidente de carro que matou o jogador. Sua camisa de número 2 foi aposentada pelo Timberwolves. Garnett possui uma tatuagem com o nome de seu amigo no braço e, quando se mudou para o Brooklyn Nets, escolheu a camisa 2 em sua homenagem. Teve média de 10.1 pontos por jogo em sua carreira.

Rick Berry

Rick Berry

Rick Berry foi a 18ª escolha do draft de 1988 pelo Sacramento Kings e foi considerado a steal do draft após sua primeira temporada, onde teve médias sólidas de 11 pontos e 4.1 rebotes por jogo e demonstrou potencial para ser uma grande estrela na liga. No entanto, durante a offseason de 1989 e apenas uma semana antes de seu aniversário de 24 anos, Berry foi encontrado morto em sua casa com uma bala na cabeça, um revólver no chão e uma nota de suicídio, alegando que estava depressivo e quis se matar após uma discussão com sua esposa. Ainda há um grande mistério envolvendo sua morte. Amigos mais próximos negam que Rick estava depressivo ou que haviam problemas em seu casamento.

Eddie Griffin

Eddie Griffin

Griffin possui uma das histórias mais tristes da liga. Ala-pivô que podia jogar de pivô, Eddie teve um primeiro ano fantástico na faculdade e se tornou um dos top prospects do draft de 2001. Uma briga feia com seu companheiro de time pouco antes do fim da temporada o fez ser selecionado apenas na 7ª escolha pelo New Jersey Nets, onde ainda foi trocado para o Houston Rockets pelo também draftado Richard Jefferson. O jogador teve dois primeiros anos muito bons na NBA e parecia apto a se desenvolver a ponto de se tornar um all star, fato que era esperado por todos que o acompanhavam. Infelizmente, seu alcoolismo o impediu de chegar mais longe que isso. Após começar a perder treinos e vôos com o time por conta de seu problema com a bebida, Griffin perdeu a temporada 2003/04 inteira para ir à reabilitação. Em 2004 assinou com o Minnesota Timberwolves, onde jogou por três anos após ser dispensado novamente ao apresentar novos problemas. Faleceu em agosto de 2007, aos 25 anos.

Nick Vanos

Vanos

Nick Vanos era carisma puro, e todos os torcedores do Phoenix Suns que acompanhavam o time em 1985 sofrem até hoje com sua morte. Pivô grande e lento draftado na segunda escolha, Vanos perdeu boa parte de sua primeira temporada devido a uma lesão. Achando-o despreparado para a liga, o staff do Suns sugeriu que o pivô jogasse um ano na Itália para se desenvolver. Nick recusou a proposta e voltou diferente em sua temporada de sophomore. Treinando duro diariamente, Vanos se tornou um bom defensor e reboteiro, chegando à médias de 7.8 pontos e 8.2 rebotes naquela temporada. Com pouco tempo de jogo, logo fãs começaram a aparecer aos jogos com camisas e cartazes escrito ‘Let Nick Play’. Terminou a temporada como titular e tudo indicava se desenvolveria ainda mais. Infelizmente para o Suns, o destino quis o contrário. Na offseason de 1987, Vanos e sua esposa pegaram um voo de Phoenix para Detroit para visitar seus pais. O avião colidiu pouco depois da decolagem e veio a cair, matando 156 pessoas além do pivô da NBA.

Jason Collier

Jason Collier

Collier foi o último jogador com contrato vigente à falecer na NBA. Draftado pelo Milwalkee Bucks em 2000, Collier era um pivô que jogava de 15-20 minutos por jogo. Atuou três anos pelo Houston Rockets e estava no Atlanta Hawks quando faleceu devido a uma arritmia cardíaca por ter o coração maior do que os padrões aceitáveis. O Hawks usou uma faixa preta permanente no uniforme aquele ano.

Bobby Phills

Bobby Phills

Bobby foi draftado em 1991, mas não era uma grande força. Batalhou entre a CBA e a Espanha até conseguir um contrato de dez dias com o Cleveland Cavaliers. Contrato que foi o início de uma carreira de 9 anos cuja evolução foi impressionante, chegando ao ponto de Michael Jordan afirmar que Phills foi um dos melhores que já o defendeu. Em 1997, foi trocado para o Charlotte Hornets. Em 12 de janeiro de 2000, se envolveu em um acidente de carro por dirigir acima do limite de velocidade e veio a falecer. Sua personalidade altruísta e carismática o tornava um dos jogadores mais queridos por onde passava, e seu número se tornou o primeiro e até hoje único a ser aposentado na história da franquia de Charlotte.

Reggie Lewis

Reggie Lewis

De 1988 à 1993, apenas seis jogadores fizeram pelo menos 7.500 pontos, 1.500 rebotes, 1.000 assistências e 500 roubos de bola – Michael Jordan, Karl Malone, Charles Barkley, Clyde Drexler, Chris Mullin e Reggie Lewis. Todos os demais viraram hall of famers. Após cinco anos jogando na sombra de Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish, Lewis era capitão, principal jogador e all star da NBA pelo Boston Celtics em 1992. Era claramente o sucessor de Bird na franquia e, com 26 anos de idade, ainda tinha muito para conquistar na liga. Reggie sofreu uma parada cardíaca repentina em uma quadra de basquete durante um treino na off-season de 1993. Sua morte foi atribuída à uma cardiomiopatia hipertrófica, um problema cardíaco relativamente comum em atletas. Sua camisa foi aposentada em 1994.

Len Bias

Len Bias

Poderíamos ter visto o time mais dominante da história do basquetebol. O time que alcançaria 72 vitórias antes do Bulls de Michael Jordan. Em 1987, o já dominante e campeão Boston Celtics de Dennis Johnson, Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish possuía, devido a uma troca, a segunda escolha do draft, e selecionou um dos melhores jogadores da história do basquetebol colegial norte-americano. Pela universidade de Maryland, Bias era absolutamente dominante com seu porte atlético e sua capacidade de criar jogadas. Natural de Chicago, as comparações com Michael Jordan eram imparáveis, visto que ambos apresentaram a mesma capacidade atlética na NCAA. Todos estavam empolgados com a união entre o melhor time da NBA com o melhor atleta da NCAA. Bias havia passado em Boston para assistir as finais da NBA, depois foi para Nova York para o draft. Dois dias depois de ser draftado, voltou para Maryland para comemorar com os amigos. Durante a festa, começou a consumir cocaína com seus colegas de dormitório. Três horas depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu no hospital. Dois dias depois de ser draftado. Aos 22 anos. A ESPN fez o documentário “Without Bias” que relata com detalhes a história do atleta.

Aqui cabe um parêntesis: Ficou claro o por quê do Lakers ter prosseguido um bom caminho após Magic Johnson enquanto o Celtics seguiu outro rumo após Larry Bird? Len Bias e Reggie Lewis, os pilares da nova geração celta, simplesmente faleceram tragicamente em um período muito curto de diferença. Assim não tem rebuilding que resolva.

Drazen Petrovic

Drazen Petrovic

O caso mais famoso, talvez por se tratar do atleta de mais talento que nos deixou mais cedo. Drazen Petrovic foi um dos maiores europeus jogadores de basquete de todos os tempos. Após uma carreira na Europa com números de Wilt Chamberlain, Petrovic foi jogar pelo Portland Trail Blazers em 1989, época em que ainda haviam resquícios da Guerra Fria entre Estados Unidos e as nações do leste europeu e, portanto, a xenofobia era muito forte nos EUA. Foi vice-campeão com o Blazers em seu primeiro ano, mas em um time com Terry Porter e Clyde Drexler, acabou jogando poucos minutos. Foi trocado para o New Jersey Nets, onde em duas temporadas já se tornou o franchise player e colocou a equipe nos playoffs após anos fora. Estava fazendo história como o primeiro grande jogador europeu na NBA quando o pior aconteceu. Após um jogo da seleção croata, estava voltando para Zagreb no carro de sua namorada quando um terrível acidente de carro o matou. A namorada do jogador, assim como outra pessoa que estava no carro, não se feriram. Mas Drazen estava dormindo no banco do passageiro sem cinto de segurança e não conseguiu sobreviver. Foi uma morte lastimável. Mesmo impedido de prosseguir seu legado, Petrovic é até hoje um dos maiores ídolos da história da franquia. Stephen Curry revelou recentemente ser fã do jogador e enviou uma camisa para o museu de Drazen, na Croácia.

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