O Grizzlies sabia porque era melhor enfrentar o Spurs

A polêmica decisão do técnico Lionel Hollins de poupar jogadores importantes como Zach Randolph, Tony Allen e Mike Conley (último jogo) nas duas partidas finais da temporada regular, que resultou em duas derrotas para o Memphis Grizzlies e manteve a equipe na oitava posição no Oeste, foi extremamente mal recebida lá pelos lados de San Antonio. […]

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A polêmica decisão do técnico Lionel Hollins de poupar jogadores importantes como Zach Randolph, Tony Allen e Mike Conley (último jogo) nas duas partidas finais da temporada regular, que resultou em duas derrotas para o Memphis Grizzlies e manteve a equipe na oitava posição no Oeste, foi extremamente mal recebida lá pelos lados de San Antonio. Houve, inclusive, explicações do treinador do Grizzlies sobre o assunto. Acreditou quem quis.
O fato é que o Grizzlies chegou ao final da temporada regular podendo escolher entre a certeza de enfrentar o Spurs e a possibilidade de encarar o Los Angeles Lakers. Na base do chutômetro, vou afirmar que nove entre dez equipes teriam tomado o mesmo rumo. E poderia começar aqui, depois do acontecido, a enumerar razões para tal afirmação. O propósito não é este, entretanto. Vamos esquecer a comparação Lakers x Spurs e mostrar porque o Memphis Grizzlies sabia que o primeiro triunfo na história dos playoffs era possível.
Para começar, números:
Na temporada regular…
*Spurs e Grizzlies se enfrentaram em quatro ocasiões e cada equipe venceu duas vezes, sempre em casa. Em uma das partidas disputadas em San Antonio, o Grizzlies perdeu na prorrogação.
*O Spurs teve médias de 103.2 pontos, 41.7 rebotes e 22.3 assistências por jogo. Contra o Grizzlies, as médias caíram para 98.4 ppj, 35.8 rpj e 20.7 apj.
*O Grizzlies teve médias de 99 pontos, 40.6 rebotes e 20.4 assistências por jogo. Contra o Spurs, as médias subiram para 100.9 ppj, 41.9 rpj  e 20.7 apj. Além disso, a equipe converteu 43.9% dos arremessos de três pontos contra San Antonio, contra aproveitamento de 33.4% na temporada.
Entre as estatísticas relevantes, é muito difícil encontrar números favoráveis ao Spurs no confronto direto com a equipe do Tenessee. O Memphis tinha Rudy Gay na temporada regular? Sim. Mas o Spurs tinha Duncan e Ginobili saudáveis.
Desprezo a teoria de que o Spurs “lutou demais” na temporada regular e ficou “sem pernas” para os playoffs. Sou daqueles que acredita que “pernas” são usadas na defesa. E os números do Spurs até melhoraram nos confrontos da pós-temporada. As médias do Grizzlies caíram para 95.8 pontos, 41.6 rebotes e 19 assistências.
Faltou ao Spurs material humano. Duncan, visivelmente combalido, não foi Duncan. Foram seis vitórias e 12 derrotas após a lesão do jogador em 21 de março. Matt Bonner foi equivocadamente mantido em quadra e tornou-se um “mapa da mina” para a ofensiva de Memphis. Se ele estivesse, pelo menos, mantendo o aproveitamento de quase 46% nos arremessos de três pontos da temporada regular, ainda vai. Longe disso. Antonio McDyess fez o que pode, mas quem poderia parar Zach Randolph na atual forma do jogador? Some isso tudo à inoportuna ausência de Ginobili no jogo 1 e o resultado aparece.
Discutir o técnico Gregg Poppovich é um pouco demais? Talvez seja, mas coloco Matt Bonner (20 minutos por jogo) na conta dele e finalizo com um número interessante:
Taxa de Eficiência (Player Efficiency Rating)  de cinco atletas do Spurs
McDyess- 8.13 Minutos por jogo- 24.2
Blair- 9.94 Minutos por jogo- 12.5
Bonner- 12.18 Minutos por jogo- 20.5
Duncan- 15.9 Minutos por jogo- 35.3
Splitter- 21.49 Minutos por jogo- 16.7
Sem patriotismo, não dava pra remanejar esses minutos aí um pouquinho não, Gregg?
O Grizzlies? Gustavo Lima, do Jumper Brasil, te conta tudo neste post.

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