O que constatamos até agora?

Ricardo Romanelli comenta algumas das conclusões a que chegou acompanhando a primeira metade da temporada 2013-14

Fonte: Ricardo Romanelli comenta algumas das conclusões a que chegou acompanhando a primeira metade da temporada 2013-14

Por Ricardo Romanelli

É oficial: a temporada 2013-14 da NBA está chegando a sua metade, com a maioria das equipes tendo alcançado a marca dos 40 jogos. É lógico que ainda temos várias perguntas sem respostas: quem será o campeão, quem brilhará nos playoffs, quem será o MVP e por aí vai. Mas, ao mesmo tempo, outros fatos foram expostos até aqui e, por isso, já pudemos chegar a constatações importantes nesta temporada.

Por enquanto, constatamos que estamos assistindo à provável pior equipe que o Los Angeles Lakers colocou em quadra em sua história. Descobrimos também que o Houston Rockets melhorou muito com a chegada de Dwight Howard, mas ainda não pode pensar em título – e que o próprio Howard continua reclamando (indevidamente) de poucas posses de bola no garrafão, como fez na carreira inteira.

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Também já pudemos constatar que LeBron James ainda é capaz de nos impressionar estabelecendo novos padrões de eficiência, Kevin Durant tem um dos arsenais ofensivos mais impressionantes da história da NBA e Paul George vai ser um dos melhores jogadores da liga durante muitos anos. Concluímos ainda que John Wall tem tudo para ser o segundo melhor armador da liga, atrás apenas de Chris Paul.

Também já sabemos – e isso não é novidade – que J.R. Smith jamais vai amadurecer e faz questão de demonstrar isso sempre que pode. E, falando em amadurecimento, constatamos que a idade chega para todos, inclusive para Kobe Bryant e Steve Nash. Bem, menos para o San Antonio Spurs, que é novamente candidato ao título.

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Enquanto a idade chega para uns, observamos novos talentos que vão se firmando no topo da liga. Já percebemos que Lance Stephenson (com ou sem Paul George ao seu lado) é um talento que terá uma carreira de glórias. E já que falamos em parceiros de grandes jogadores, descobrimos também que talvez esteja na hora do Thunder pensar em trocar Russell Westbrook, pois, pelo segundo ano seguido, a equipe vê suas chances de título reduzidas por lesões do armador.

Na parte tática, constatamos que várias equipes alcançam o sucesso adotando o sistema ofensivo de pick and rolls de Mike D’Antoni, mas que ele mesmo já não consegue implementá-lo com uma defesa eficiente para dar apoio. Descobrimos também que, cada vez mais, o armador clássico cairá em desuso, preterido por um jogador que saiba carregar a bola e pontuar. E o ala-pivô moderno deve saber chutar bolas de longa distância, sendo primordial para uma equipe de sucesso.

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Constatamos que Derrick Rose terá que trilhar um caminho maior do que pensávamos para retomar a seu lugar como um dos melhores da liga. Damian Lillard, por sua vez, caminha a passos gigantes para se firmar como um dos melhores e mais decisivos jogadores da NBA, mesmo com pouca idade. E concluímos que LaMarcus Aldridge vai terminar a carreira como um dos melhores jogadores de garrafão de sua geração.

Também já constatamos que a conferência Leste, excluindo os dois ou três melhores times, fica cada ano pior, enquanto o Oeste é cada vez mais competitivo – mesmo em um ano onde muitos parecem querer perder. Descobrimos que o Charlotte Bobcats dificilmente será competitivo algum dia com a atual direção e o mesmo pode ser dito do Cleveland Cavaliers.

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Por fim, percebemos que o processo de reconstrução do Lakers ainda vai demorar, mas não tanto quanto a reconstrução do Boston Celtics. Isso significa que passaremos alguns anos com novas forças na NBA, o que é muito saudável para o desenvolvimento do esporte em outras comunidades. Esta, sim, uma constatação que merece aplausos.

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