O objetivo de qualquer time é chegar aos playoffs em seu melhor momento técnico. O Washington Wizards não conseguiu. O time, que poucas semanas atrás estava na disputa por mando de quadra no Leste, perdeu oito de seus últimos dez jogos e caiu para o oitavo lugar da conferência. A mais recente derrota, para o “lanterna” e desfalcado Atlanta Hawks, acabou com a paciência do treinador Scott Brooks.
“Ninguém queria dividir e passar a bola hoje. Simples assim. Não é difícil entender o que aconteceu em quadra. Não temos atletas para decidir partidas no um contra um aqui. Basquete egoísta não é divertido de treinar, assistir ou jogar. E, para ser sincero, é isso o que somos: um time egoísta neste momento”, afirmou o técnico, apontando excesso de individualismo no time após o revés por 103 a 97.
Com a experiência de quem esteve em quadra, o ala Otto Porter Jr. concordou com a observação do treinador e também sentiu uma aparente falta de voluntariedade da equipe. “É fácil ver que não estamos movimentando a bola. Está tudo parado. Nós temos que trabalhar melhor os passes, encontrando as jogadas certas e os companheiros mais bem posicionados”, destacou.
O péssimo desempenho recente do Wizards faz até com que rumores de conflitos internos retornem. Boatos sobre má relação entre os astros John Wall e Bradley Beal já foram amplamente desmentidos, mas o bom basquete apresentado na ausência do armador pela equipe impulsiona especulações. Brooks acredita estar lidando com um elenco atualmente passivo, não brigado.
“Não temos um time ‘rachado’. Nosso grupo é unido, mas, se falaremos sobre como devemos atuar, temos que fazê-lo com ações. Precisamos marcar, porque a defesa de perímetro tem sido pífia. Somos envergonhados a cada bola nas costas. E tenho que fazer um melhor trabalho também entrando nos playoffs, buscando formações que não vão cometer tantos erros”, admitiu o técnico.
Ser derrotado por um Hawks sem pretensões na temporada é ruim, mas, na visão de Brooks, o pior de tudo vai se revelar quando o elenco olhar os vídeos da partida. “Para mim, perder para uma equipe que está desfalcada nunca será uma vergonha. O vergonhoso mesmo, de verdade, é que nós não tenhamos jogado com a paixão que precisávamos uma partida tão importante”, encerrou o treinador.
