Onze jogadores que mais foram trocados na NBA

Gustavo Freitas lista 11 atletas que mais foram negociados na liga

Fonte: Gustavo Freitas lista 11 atletas que mais foram negociados na liga

Existem atletas que jamais saíram de suas equipes, como Magic Johnson e Kobe Bryant, no Los Angeles Lakers, Larry Bird e Bill Russell, no Boston Celtics. Eles, de fato, são a cara de suas franquias. Em tempos de trade deadline, no entanto, hoje vamos listar os jogadores que foram trocados mais vezes em suas carreiras.

Dale Ellis – oito vezes

Dale Ellis era, antes dessa bagunça em que qualquer um arremessa de três, um dos melhores em todos os tempos no quesito. Foi um cestinha nos anos 80 e chegou a ir para o Jogo das Estrelas, em 1988-89. Nem isso o impediu de virar cigano na NBA. Ellis foi trocado oito vezes na carreira. Do Dallas Mavericks para o Seattle Supersonics (Oklahoma City Thunder). De lá, para o San Antonio Spurs. Assinou com o Denver Nuggets em 1994, mas três anos depois foi envolvido em uma negociação com o mesmo Sonics. Do Sonics, foi para o Orlando Magic, Milwaukee Bucks, Charlotte Hornets e, por fim, Miami Heat, onde não jogou e aposentou-se aos 39 anos. Em 1.209 jogos, ele ficou com médias de 15.7 pontos, 3.5 rebotes e um aproveitamento de 40.3% de longa distância.

Don MacLean – oito vezes

Como jogador, Don MacLen foi bem mediano. Não produziu muita coisa em nove anos na NBA. Mas isso não o impediu de rodar pela liga. Hoje analista da Fox Sports, MacLean foi negociado nada menos que em oito oportunidades. Tudo começou na noite do draft. Selecionado pelo Detroit Pistons, ele foi trocado para o Los Angeles Clippers. Mas antes mesmo de estrear pelo Clippers, MacLean foi repassado ao Washington Bullets (Wizards). Tudo isso no ano que que foi calouro, em 1992. Três anos depois, perto de encerrar seu contrato, foi para o Denver Nuggets. Assinou acordo com o Philadelphia 76ers, mas só ficou ali por uma temporada. Depois, seguiu seu calvário: trocado para o New Jersey Nets (Brooklyn), Seattle Supersonics, Orlando Magic e Houston Rockets. Detalhe: não jogou por Magic e Rockets. Por fim, fechou com o Miami Heat em 2000, porém não deu outra e foi trocado mais uma vez, agora para o Toronto Raptors, pouco antes de começar a temporada 2001-02 e foi dispensado. Sem time (e, provavelmente, sem paciência), aposentou-se. Fez 319 jogos e obteve médias de 10.9 pontos e 3.8 rebotes em cerca de 21 minutos de ação.

Chris Gatling – oito vezes

Imagine isso: Chris Gatling jamais foi um grande jogador. Razoável seria um bom elogio. Esforçado, talvez. Mas é isso. Gatling foi outro que acabou sendo negociado oito vezes na liga. Só que em 1996-97, temporada em que foi trocado do New Jersey Nets para o Dallas Mavericks, acabou se destacando como um dos melhores reservas da liga. Acontece que naquele ano, todo mundo que foi selecionado para o Jogo das Estrelas, acabou se machucando, algo parecido com esse ano. E lá foi Gatling para o All Star Game. Foram 700 partidas na NBA. Ele foi titular em 86, com 10.3 pontos e 5.3 rebotes.

Sam Cassell – sete vezes

Sam Cassell é um caso raro. Não por sua beleza, quase de outro planeta, mas por sua eficiência. Campeão nos dois primeiros anos da carreira, como reserva, Cassell brilhou por onde passou. Foi para o Jogo das Estrelas de 2003-04, mas vivia se machucando. Isso não o impediu de jogar até os 38 anos, quando obteve mais um título, agora pelo Boston Celtics, em 2007-08 e, acredite se quiser, foi negociado mesmo aposentado pelo time de Massachusetts, que tinha seus direitos. Em 1999, ele participou de uma troca que envolveu nove jogadores e três times. Fez 15.7 pontos, 6.0 assistências e 3.2 rebotes em quase mil partidas na liga.

Otis Thorpe – sete vezes

Companheiro de Sam Cassell no primeiro título do Houston Rockets, o ala-pivô Otis Thorpe foi envolvido na troca que levou Clyde Drexler para o time texano. Thorpe era um bom atleta, mas considerado baixo para a posição. Ele compensava na velocidade. Chegou a ter uma temporada 20/10, ou seja, com médias superiores a 20 pontos e dez rebotes, mas foi ao Jogo das Estrelas em 1991-92, anos depois. Encerrou a carreira em 2000-01, após ser negociado quatro vezes nos últimos três anos de carreira. Ficou com 14.0 pontos, 8.2 rebotes e 54.6% de aproveitamento em 1.257 jogos.

Marcus Camby – sete vezes

Melhor defensor da NBA em 2006-07, Marcus Camby era toco atrás de toco. Selecionado pelo Toronto Raptors em 1996, Camby liderou a liga no quesito em quatro oportunidades na carreira. No segundo ano na liga, atraiu o New York Knicks ao obter 12.1 pontos, 7.4 rebotes e 3.7 bloqueios. Negociado para o time de Nova York, Camby acabou assumindo a posição que era de um envelhecido Patrick Ewing nos playoffs de 1998-99. Ao lado de Nenê e Mark Jackson, foi trocado para o Denver Nuggets basicamente por Antonio McDyess, que não vingou no Knicks. No Nuggets, Camby fez parte de um dos melhores garrafões da liga com Kenyon Martin e Nenê. Ficou por lá até 2008, quando o Nuggets o negociou para o Los Angeles Clippers. As várias contusões o fizeram ficar disponível no mercado. De lá, partiu para o Portland Trail Blazers, Houston Rockets até voltar ao Knicks, mas por pouco tempo. Em seguida, foi trocado para o Raptors, seu primeiro time na NBA, que o dispensou. Ele ainda assinou com o Rockets, mas sem condições físicas, aposentou-se com médias de 9.5 pontos, 9.8 rebotes e 2.4 bloqueios em cerca de 29 minutos nas 973 partidas.

Luke Ridnour – sete vezes

E quando um jogador é trocado quatro vezes em menos de uma semana, sendo três delas em um mesmo dia? No fim das contas, Luke Ridnour foi dispensado pelo Toronto Raptors.

Por fim, até o Woj cansou de ficar anunciando suas trocas. Nem o próprio Ridnour sabia onde era a sua casa.

Mas Ridnour era um jogador decente. Nada brilhante, mas capaz de ajudar por onde passou. E olha que foram muitos lugares. Em 830 partidas, ele obteve médias de 9.3 pontos, 4.5 assistências e teve um aproveitamento de 34.9% em três pontos.

Joe Smith – sete vezes

Joe Smith, fazendo um carinho em Steve Nash

Talvez você não saiba ou não se lembre, mas Joe Smith travou o Minnesota Timberwolves. Primeira escolha do draft de 1995, Smith era um ala-pivô promissor e chegou a impressionar no Golden State Warriors. O problema é que depois disso, jamais foi o mesmo. Passou por 12 times em 16 temporadas. Antes do início da temporada 2000 (ano do primeiro locaute), o agente livre Smith aceitou uma proposta de US$2.5 milhões do Timberwolves para que o time pudesse manter seus Bird rights e, assim, poderia assinar um contrato bem lucrativo, no valor de US$85 milhões. Só que a tramoia foi descoberta e ele foi para o Detroit Pistons por bem menos que isso. Como resultado, o Wolves perdeu cinco escolhas de primeira rodada seguidas (a de 2003 acabou sendo recuperada) e o time entrou em uma draga que só parece que vai acabar em 2017-18. O time não se classifica para os playoffs desde 2003-04. Horrível, não? Smith não foi muito melhor que isso. Após estabelecer-se no Milwaukee Bucks por três temporadas, começou a rodar por vários times e aposentou-se em 2010-11, aos 35 anos. Ele obteve médias de 10.9 pontos e 6.4 rebotes em 1.030 jogos.

Jim Jackson – sete vezes

Cara, eu queria ser o agente de viagens de Jim Jackson. Como ele rodou a NBA. E tudo isso aconteceu por conta de uma treta entre Jason Kidd e ele, por conta de uma mulher, a cantora Toni Braxton. Aí, o que eram os três J’s (Jamal Mashburn fazia parte do trio promissor do Dallas Mavericks), não sobrou ninguém no Texas. Jackson foi trocado para o New Jersey Nets, Kidd para o Phoenix Suns, enquanto Mashburn foi para o Miami Heat. Jackson, então, passou a trocar de time como se não houvesse amanhã. Ele passou por 12 equipes até que, finalmente, em 2005-06, encerrou a carreira no Los Angeles Lakers. Nunca virou aquilo que era esperado e ficou com médias de 14.3 pontos, 4.7 rebotes e 3.2 assistências, além de 36.5% de aproveitamento para três pontos. Ah, ele ainda foi o último jogador do Lakers a utilizar a camisa 24 antes de Kobe Bryant.

Dan Dickau – sete vezes

Sério. Dan Dickau fez apenas seis temporadas na NBA. Foi trocado sete vezes. Ou ele era muito querido na liga ou ninguém gostava dele. Na dúvida, era quem tocava o pandeiro no fundo do ônibus e todo mundo gostava do cara. Ainda se arriscou no basquete alemão e na D-League (G League), mas foi o que deu. Era extremamente limitado para a NBA. Fez 5.8 pontos e 2.5 assistências em 300 jogos. Eca.

Billy Owens – sete vezes

Ala, ala-pivô ou ala-armador? Grande astro no basquete colegial, Billy Owens fazia as três posições e teve um começo de carreira até interessante no Golden State Warriors. Comparado a Magic Johnson antes de entrar na NBA, ele chegou a ter médias de 15.0 pontos, 8.1 rebotes e 4.1 assistências em seu terceiro ano na liga. Daí em diante, entretanto, a coisa desandou. Passou a ser trocado ano após ano e foi envolvido em uma negociação com outros dois da lista (Ellis e MacLean), em 1999. Em menos de um ano, Owens foi negociado cinco vezes. Encerrou a carreira logo depois, com médias de 11.7 pontos, 6.7 rebotes e 2.8 assistências em 600 jogos.

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