Os 25 melhores jogadores da NBA abaixo de 25 anos (Parte 3)

Em série de cinco partes, integrantes do Jumper Brasil e convidados especiais elegem os principais jovens talentos da liga

Fonte: Em série de cinco partes, integrantes do Jumper Brasil e convidados especiais elegem os principais jovens talentos da liga

Quem são os melhores jogadores jovens da NBA na atualidade? 

Jumper Brasil foi atrás da resposta e concebeu nossa lista dos 25 melhores atletas abaixo dos 25 anos de idade ativos na liga. Essa é a terceira parte dessa série e nós lembramos que essa relação é o consenso da votação entre 12 integrantes do site e convidados especiais, que trazem visões diferentes para o assunto. Foram elegíveis todos os jogadores da NBA com menos de 25 anos até 13 de abril desse ano. 

Você já viu as primeiras postagens? Não? Então dá uma olhada na primeira (posições 25 a 21) e segunda partes (colocações 20 a 16)! 

Aqui está a lista dos votantes de nossa missão especial, além do meio representam e as iniciais pelas quais serão identificados ao longo da postagem: 

  

Antonio “Ton” Gomes (Jumper Brasil) – A.G. 
Eduardo Ribeiro (Jumper Brasil) – E.R. 
Gustavo Freitas (Jumper Brasil) – G.F. 
Gustavo Lima (Jumper Brasil) – Gu 
Gêra Lobo (4 the win) – G.L. 
Lucas Pastore (UOL Esporte) – L.P. 
Luís Araújo (Triple-Double) – L.A. 
Michel Moral (Jumper Brasil) – M.M. 
Renan Ronchi (Na Era do Garrafão) – Re 
Ricardo Romanelli (Hoop 78) – R.R. 
Ricardo Stabolito Junior (Jumper Brasil) – R.S. 
Vitor Camargo (Na Era do Garrafão) – V.C. 

  

Todos os atletas citados receberam pontuação inversa à posição em que aparecem na lista de cada consultado para concluirmos o ranking: o 25o colocado da relação de um votante ganha um ponto, enquanto o primeiro colocado contabiliza 25 pontos. Em caso de igual pontuação após a apuração total, o Jumper estabeleceu critérios de desempate antes do início da contagem dos votos da seguinte forma: 

  1. Maior número de citações entre os 12 votantes
  2. Maior posição conquistada em um ranking individual
  3. Maior índice de eficiência P.E.R. na atual temporada 
  4. Jogador mais velho 

Essa é a terceira parte do ranking, como já dito, que introduz os jogadores que ficaram entre as 15ª e 11ª colocação em nosso consenso. Observe que uma barra especial vai indicar onde cada um dos votantes posicionou cada atleta aqui listado em seus ranqueamentos individuais. 

  

 

As últimas duas temporadas comprovaram que o Kings é um time melhor quanto mais corre. Ou seja, quanto mais joga no ritmo de De’Aaron Fox. Ele é um dos atletas mais rápidos da liga e usa essa vantagem em seu favor, forçando erros dos oponentes para puxar contra-ataques e “criando ritmo” – como define-se nos EUA – ao atravessar a quadra em velocidade ao menor sinal de desorganização e desatenção de adversários. Esse é o seu estilo, em essência. 

Dito isso, a chegada do treinador Luke Walton trouxe uma ideia de jogo diferente para o Kings. As posses em transição caíram e, por coincidência, cestas de três pontos também pararam. Ele contornou a situação da única forma possível: utilizando sua agressividade natural em meia-quadra, colocando pressão nos adversários ao atacar a cesta sem parar (média de drives disparou) e aprimorando o arsenal em torno do aro (sensivelmente, os floaters). Não é o seu melhor basquete, mas é uma prova de amadurecimento.  

Uma estatística curiosa 

Fox foi o sexto jogador a ter mais posses em transição por partida na última temporada, que respondiam por mais de 28% de seu volume ofensivo. Na atual campanha, ele é só o 12° colocado na estatística e os contra-ataques mal chegam a 21% de sua frequência de posses.  

Daqui para frente 

Está muito claro que, embora não seja o que Luke Walton ambiciona para seus times, o Kings precisa crescer no ritmo de seu comandante em quadra. Fox deverá receber uma longa extensão contratual em breve, então o treinador tende a ser o lado a ceder. 

  

Nem preciso dizer que são raros os casos de atletas da NBA que ministram palestras em Harvard nas férias, né? Jaylen Brown é um desses exemplos e poderia ter estudado em uma faculdade da Ivy League – a nata intelectual do ensino superior nos EUA –, se não tivesse o basquete claramente na mira. Sabendo disso, vê-lo atuar no início de carreira era uma experiência frustrante: digamos somente que não se tratava do jogador mais inteligente em quadra. 

O fato é que Brown melhorou, especialmente nos últimos dois anos, em vários níveis. Seu controle de bola está mais seguro, por exemplo, a ponto de já até criar separação com alguma desenvoltura. Mas nada supera sua evolução lendo o jogo: ele notou que, para fazer melhor uso de seus recursos físico-atléticos, precisava reagir à defesa, não agir contra um ponto pré-determinado. Foi assim que, embora seu número de posses em post ups e tentativas dentro do garrafão tenham diminuído, ele nunca finalizou ou passou tão eficientemente.  

Uma estatística curiosa 

Prepara-se, pois essa é complexa: Brown está prestes a ser o sexto jogador da história da NBA a terminar uma temporada com 48% de aproveitamento nos arremessos de quadra tentando mínimo de 15 arremessos por jogo e 38% de acerto em tiros de três pontos com cinco tiros tentados em média. 

Daqui para frente 

Foi-se o tempo em que Brown era colocado em qualquer pacote de troca especulado por um grande nome no Celtics. Danny Ainge parece ter acertado em sua aposta e o jovem ala converteu-se em um astro em potencial. Com seu novo contrato, por sinal, ele vai precisar sê-lo. 

  

 

A opinião quase unânime quando o Mavericks fechou a aquisição de Kristaps Porzingis é que havia chegado um complemento perfeito para Luka Doncic. Mas não foi bem assim nesse primeiro ano do letão em Dallas: a sua adaptação não foi fácil e algumas de suas melhores atuações aconteceram na ausência do esloveno. Esse foi mais um capítulo de como, em linhas gerais, subestimamos a transição de referência para segunda opção ofensiva. Deixar de ser o foco, não ter a bola nas mãos, é complicado. 

Poucos jogadores exemplificam tanto a diferença entre ser o centro de um sistema e o atleta que abre espaço para o “show” de outro do que Porzingis. Na última temporada, ele usava quase uma posse em post up para cada arremesso de longa distância tentado. Essa proporção subiu para 3.35 tiros de três pontos para cada posse no poste baixo em seu primeiro ano em Dallas. Mas veja o outro lado também: ele nunca foi um reboteiro tão produtivo ou mostrou tantos flashes como passador quanto nos últimos meses.  

No fim das contas, tudo tem seu lado bom. E o mais importante: Porzingis não parece estar incomodado com o novo papel. É o efeito das vitórias. 

Uma estatística curiosa 

Porzingis será só o segundo jogador da história do Mavericks a encerrar uma temporada com média de dois tocos por partida atuando mais de 35 partidas da campanha. Essa marca, até agora, é mantida isoladamente pelo gigante Shawn Bradley.  

Daqui para frente 

Dallas investiu alto para viabilizar a dupla Porzingis/Doncic e aposta seu futuro próximo no sucesso da parceria. É seguro dizer que, com um recém-assinado contrato máximo de cinco anos, o letão ficará no Texas por um bom tempo. 

  

Parece que foi ontem que Domantas Sabonis era o sexto jogador do Pacers, cujo pickand-pop e arremesso de média distância ficou a duas posses de derrotar o Cavaliers de LeBron James na primeira rodada dos playoffs em 2018. Seu jogo cresceu desde então. Na ausência do astro Victor Oladipo, o ala-pivô assumiu as rédeas do ataque do time a ponto de tornar-se o terceiro atleta da temporada com mais passes realizados por jogo (67.7). Seja como for, tudo passou pelas mãos dele na ofensiva de Indiana.   

Nenhum jogador usou tantas posses como o roll man no pick-and-roll nessa temporada, mas não credite isso apenas à nova referência do Pacers: ele tem feito uma parceria das mais interessantes com Malcolm Brogdon. O ex-jogador do Bucks lê o jogo como enorme segurança, é um infiltrador cirúrgico e soa nunca tomar uma única decisão errada saindo de bloqueios. Tais bloqueios na bola, por sinal, realizados com angulação e agilidade por Sabonis. Fique esperto, pois poucas duplas no P&R merecem tanta atenção quanto essa. 

Uma estatística curiosa 

Sabonis parece muito bem encaminhado para ser só o 11° jogador da história da NBA a finalizar uma campanha com médias de 18 pontos, 12 rebotes e cinco assistências. Os dois únicos atletas em atividades a já terem feito tais médias são DeMarcus Cousins e Giannis Antetokounmpo.  

Daqui para frente 

Muita gente ainda duvida que a dupla de garrafão formada por Sabonis e Myles Turner possa funcionar. Bem, se alguém for sair agora, está claro que vai ser o 21° colocado desse mesmo ranking. 

  

Há uma primeira escolha de draft por ano na NBA, mas os talentos geracionais são outra coisa. São raridades. John Wall, Kyrie Irving e Blake Griffin são grandes atletas e astros inquestionáveis. LeBron James e Tim Duncan são cometas Halley que mudam a história por onde passam. Zion Williamson tem tudo para fazer parte desse segundo grupo: um fenômeno que já disse a que veio na NBA em só 19 partidas disputadas até agora. 

O prodígio do Pelicans anotou mínimo de 20 pontos em 16 dos seus jogos inaugurais na liga. Converteu ao menos 50% dos arremessos que tentou em 17 partidas. Zion é nada menos do que, como temíamos, um monstro: vem destruindo pivôs com sua agilidade e explosão, enquanto atletas mais leves não podem enfrentá-lo fisicamente. É realmente impressionante ver um garoto de 19 anos dominar a NBA com tamanha imposição. 

O armador Jrue Holiday, recentemente, disse que não vê nenhum jogador na liga capaz de marcar o novato. Dezenove jogos podem soar pouco para decretar algo assim, mas, pelo que vimos até agora, talvez seja por aí mesmo.  

Uma estatística curiosa 

Em sua curta carreira, Zion já conseguiu emplacar 13 partidas consecutivas anotando 20 ou mais pontos. Nenhum outro atleta com menos de 20 anos de idade havia feito mais do que nove jogos seguidos com tal pontuação. 

Daqui para frente 

Muitas coisas boas aguardam Zion no futuro – e é certo que, por enquanto, esse futuro vai acontecer em Nova Orleans. Sorte do Pelicans. 

  

Então, como está o ranking até agora? 

Adicionamos aqui, para que todos saibam, quem são os outros jogadores que receberam votos na consulta que realizamos, mas não tiveram pontuação suficiente para entrar no ranking. A partir de agora, eles estarão ranqueados juntamente com o nosso TOP 25:  

37. Miles Bridges (Hornets) – 1 ponto
36. O.G. Anunoby (Raptors) – 1 ponto 
35. Kendrick Nunn (Heat) – 3 pontos 
34. Michael Porter Jr. (Nuggets) – 3 pontos 
33. Justise Winslow (Grizzlies) – 3 pontos 
32. Marvin Bagley III (Kings) – 4 pontos 
31. Mitchell Robinson (Knicks) – 5 pontos 
30. Lauri Markkanen (Bulls) – 5 pontos 
29. Dejounte Murray (Spurs) – 5 pontos 
28. Kelly Oubre Jr. (Suns) – 5 pontos 
27. Kyle Kuzma (Lakers) – 7 pontos 
26. Collin Sexton (Cavaliers) – 9 pontos 
25. Aaron Gordon (Magic) 
24. Jonathan Isaac (Magic) 
23. Jaren Jackson Jr. (Grizzlies) 
22. Lonzo Ball (Pelicans) 
21. Myles Turner (Pacers) 
20. John Collins (Hawks) 
19. Deandre Ayton (Suns) 
18. Jamal Murray (Nuggets) 
17. Shai Gilgeous-Alexander (Thunder) 
16. Ja Morant (Grizzlies) 
15. De’Aaron Fox (Kings) 
14. Jaylen Brown (Celtics) 
13. Kristaps Porzingis (Mavericks) 
12. Domantas Sabonis (Pacers) 
11. Zion Williamson (Pelicans) 

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