O “The Decision”, anúncio do craque LeBron James de que deixaria o Cleveland Cavaliers para atuar no Miami Heat em um programa especial ao vivo na ESPN, completou dez anos nessa quarta-feira. E, para J.J. Redick, discutir esse episódio da história contemporânea da liga é pertinente hoje. Isso porque o arremessador crê que muitas das críticas que o ídolo recebeu na época foram o produto de uma visão racista nos esportes.
“Eu acho que a razão ‘escondida’ para a reação às escolhas de LeBron [James] e, mais recentemente, Kevin [Durant] é que as pessoas ficaram desconfortáveis em ver homens negros e poderosos tomando decisões de tanta importância por si só. Realmente acredito nisso. E essa situação nos leva de volta ao racismo sistêmico que existe em nossa sociedade”, explicou o veterano do New Orleans Pelicans, em entrevista ao site Bleacher Report.
A NBA e a sociedade norte-americana vivem um debate pulsante sobre racismo e justiça social nas últimas semanas, após o assassinato de um homem negro por violência policial ter iniciado uma onda de protestos no país. Vários jogadores da liga posicionaram-se contrários ao retorno da liga por acreditarem que os jogos “abafariam” a luta por igualdade. Isso levou a NBA a liberar o uso de mensagens de cunho político-social no lugar do nome dos atletas nas camisas em Orlando.