Previsão da temporada – Boston Celtics

Franquia de Boston foi a que mais agitou o mercado da NBA no período de negociações

Fonte: Franquia de Boston foi a que mais agitou o mercado da NBA no período de negociações

Boston Celtics

Campanha em 2016-17: 53-29, primeiro colocado na conferência Leste
Playoffs: eliminado na final da conferência Leste, pelo Cleveland Cavaliers
Técnico: Brad Stevens (quinta temporada)
GM: Danny Ainge (desde 2003 no cargo)
Destaques: Kyrie Irving, Gordon Hayward e Al Horford
Time-base: Kyrie Irving – Jaylen Brown – Gordon Hayward – Marcus Morris – Al Horford

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Elenco

11- Kyrie Irving, armador
20– Gordon Hayward, ala
42- Al Horford, pivô
13- Marcus Morris, ala-pivô
36- Marcus Smart, ala-armador
7- Jaylen Brown, ala-armador
0- Jayson Tatum
12- Terry Rozier, armador
46- Aaron Baynes, pivô
8 – Shane Larkin, armador
45- Kadeem Allen, ala-armador
26- Jabari Bird, ala-armador
55- Jonathan Holmes, ala-pivô
28- Abdel Nader, ala
37- Semi Ojeleye, ala-pivô
51- L.J. Peak, ala-armador
27- Daniel Theis, ala-pivô
38- Andrew White III, ala
30- Guerschon Yabusele, ala-pivô

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Quem chegou: Kyrie Irving, Gordon Hayward, Marcus Morris, Jayson Tatum, Aaron Baynes, Kadeem Allen, Jabari Bird, Jonathan Holmes, Abdel Nader, Semi Ojeleye, L.J. Peak, Daniel Theis, Andrew White III, Guerschon Yabusele

Quem saiu: Avery Bradley, Jae Crowder, Isaiah Thomas, Gerald Green, Jonas Jerebko, Amir Johnson, Kelly Olynyk, James Young, Tyler Zeller

Revisão

Desde a chegada do treinador Brad Stevens, a franquia de Massachusetts foi a que mais evoluiu na NBA. Na última campanha, com um elenco “modesto”, mas que sabia jogar de maneira equilibrada e era taticamente irretocável, a equipe garantiu a primeira colocação na conferência Leste.

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Em uma temporada onde grande parte dos times claramente priorizou o ataque, o Celtics foi mais uma equipe que acabou abdicando do sistema defensivo sólido. A ausência de um jogador eficiente no garrafão, para proteger o aro e pegar rebotes, contribuiu muito para esse retrospecto negativo.

Por sua vez, o conjunto fez a diferença para o time de Boston, que obteve a terceira melhor média de assistências da liga. O trabalho de movimentação da equipe para deixar o companheiro em uma condição favorável para o arremesso foi impecável, especialmente quando esse jogador era o armador Isaiah Thomas, destaque do time.

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De maneira geral, a temporada foi importante para que o Celtics se tornasse oficialmente parte da elite da NBA. Saber que possui um técnico e elenco capazes de vencer qualquer adversário, deixa o torcedor muito otimista. Restava apenas a franquia trazer reforços que trouxessem maior qualidade, que tivessem condições de fazer a diferença no futuro.

O perímetro

Uma análise do perímetro do Celtics exige, primeiramente, um exame das trocas que modificaram completamente esse setor da equipe. Desembarcaram em Boston o armador Kyrie Irving e o ala Gordon Hayward, dois dos melhores jogadores da liga no momento, enquanto que deixaram a equipe o armador Isaiah Thomas, o ala-armador Avery Bradley e o ala Jae Crowder.

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É inegável que a mudança traz muito mais qualidade para a equipe, principalmente se considerarmos que Thomas pode não ser mais o que era antes da lesão no quadril (talvez não imediatamente). O executivo da franquia, Danny Ainge, logo após a troca, afirmou que esse motivo pesou na hora de fazer o negócio.

Irving chega ao Celtics com a tarefa de ser o líder e principal jogador do time. Além disso, o armador será o grande rival da sua ex-equipe, o Cleveland Cavaliers, de ninguém menos que LeBron James, o que torna a sua transação uma das mais chocantes da história da NBA. Já Hayward vem de uma temporada excelente com o Utah Jazz e era pretendido por várias equipes ao redor da liga, mas a oportunidade de reencontrar o treinador Brad Stevens falou mais alto, já que trabalharam juntos na universidade.

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É inevitável que as novidades deixem o torcedor em Boston muito otimista, porém, nem tudo são flores. Para reforçar o elenco em termos de qualidade, foi necessário abrir mão do que a equipe tinha de melhor na relação custo-benefício. Para absorver o contrato de Hayward, a franquia negociou Avery Bradley, um dos pilares do sistema de jogo implantado, com habilidades dos dois lados da quadra (claro, muito melhor defensivamente). Kelly Olynyk foi outro que precisou ser dispensando. E Jae Crowder, outro titular e especialista defensivo, foi incluído no pacote por Kyrie Irving.

Ainda assim, os movimentos foram satisfatórios e necessários para que a franquia desse o próximo passo.

Vale destacar que as soluções para as lacunas do time podem ser caseiras. Os jovens Jaylen Brown e Terry Rozier já comprovaram que possuem potencial e estão aguardando maior espaço na rotação. Agora, quem deve ter um papel muito maior na equipe é o ala-armador (armador de origem) Marcus Smart, que já se consolidou como um bom defensor na liga. Ressalte-se ainda que a franquia se reforçou no draft com a escolha de Jayson Tatum, um dos prospectos mais interessantes de sua classe.

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O garrafão

Tal como na temporada passada, a ausência de um rim protector foi o principal problema, já que no ataque, as peças do elenco conseguiam contribuir de forma eficaz. Além disso, o Boston Celtics teve a quarta pior média de rebotes por partida dentre todas as equipes da liga. O principal reboteiro do time foi Al Horford, com apenas 6,8 rebotes apanhados por noite. A falta de um especialista defensivo na área pintada é um problema a ser resolvido.

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Uma das apostas da franquia para tentar solucionar essa questão foi a aquisição de Aaron Baynes, que pelo menos no primeiro jogo da pré-temporada, diante do Philadelphia 76ers, cumpriu papel tático que há tempos não se via um jogador fazer em Boston, protegendo bem o garrafão. Pesa contra o pivô a sua média ruim de 0.4 de tocos na carreira.

Outro reforço pontual foi o ala-pivô Marcus Morris. Se por um lado a equipe deve sentir falta de Avery Bradley, do outro chega um jogador que tem muita energia e pode arremessar de média e longa distância. Além disso, deve contribuir muito defensivamente. Definitivamente, com a chegada de Morris, o torcedor do Celtics não sentirá falta de Amir Johnson.

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Quando o assunto é garrafão, impossível não mencionar o principal nome que a equipe tem no setor: Al Horford. Além de ser um ótimo defensor (mas não um protetor de aro), o pivô é peça fundamental dentro do esquema adotado por Brad Stevens, especialmente no ataque. Em 2016-17, o jogador teve médias de 5.0 assistências por partida – a melhor da carreira.

Análise geral

O Celtics foi um dos times que mais movimentou o mercado em 2017. O general manager da franquia, Danny Ainge, que estava fazendo um trabalho exemplar no processo de reconstrução da equipe, foi mais audacioso nesta offseason do que vinha sendo nos últimos anos. Agora, a franquia deixa de lado aquela impressão de um grupo emergente e vai ter que provar que está preparada para os desafios que estão por vir.

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A expectativa é a melhor possível. Com o elenco mais talentoso dos últimos quatro anos, o time de Boston deve brigar pelo título da conferência Leste. Até a temporada passada, havia uma única estrela e um único scorer no elenco. Agora, com as aquisições de Irving e Hayward, o treinador Brad Stevens tem um repertório melhor para combater os rivais.

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O small ball pode ser uma alternativa. Primeiro porque os dois jogadores mais altos do time são Horford e Baynes, que possuem apenas 2,08 de altura. Além disso, existem vários bons defensores de perímetro que podem entrar na rotação e ganhar minutos. Fora que Marcus Morris e o novato Jayson Tatum são jogadores versáteis, que podem desempenhar mais de uma função em quadra.

A equipe que jogará em 2017-18 é altamente qualificada. Al Horford e Gordon Hayward têm tudo para ser o complemento ideal para o jogo de Kyrie Irving, pois são bons passadores e possuem técnica diferenciada. Fechando o quinteto inicial, Marcus Morris será o jogador versátil que pode fazer mais de uma função dentro de quadra e, no perímetro, a solução deve ser caseira: Marcus Smart ou Jaylen Brown. Todavia, é sempre bom relembrar que a torcida precisará de paciência no início. Todo time que passa por uma grande reformulação requer tempo para adaptação.

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Previsão: segundo lugar na conferência Leste

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