Previsão da temporada – Cleveland Cavaliers

Time perdeu Kyrie Irving, mas reforçou o elenco com jogadores experimentados e de grande qualidade

Fonte: Time perdeu Kyrie Irving, mas reforçou o elenco com jogadores experimentados e de grande qualidade

Cleveland Cavaliers

Campanha em 2016-17: 51-31, segundo colocado na conferência Leste
Playoffs: perdeu na final para o Golden State Warriors, em cinco jogos
Técnico: Tyronn Lue (terceira temporada)
GM: Koby Altman (primeira temporada)
Destaques: LeBron James, Kevin Love, Isaiah Thomas, Dwyane Wade
Time-base: Isaiah Thomas (Derrick Rose) – Dwyane Wade – LeBron James – Jae Crowder – Kevin Love

Elenco

Publicidade

1- Derrick Rose, armador
3- Isaiah Thomas, armador
81- Jose Calderon, armador
20- Kay Felder, armador
9- Dwayne Wade, ala-armador
5- J.R. Smith, ala-armador
4- Iman Shumpert, ala-armador
10- John Holland, ala-armador
26- Kyle Korver, ala-armador/ala
23- LeBron James, ala
24- Richard Jefferson, ala
16- Cedi Osman, ala
99- Jae Crowder, ala/ala-pivô
32- Jeff Green, ala/ala-pivô
8- Channing Frye, ala-pivô
0- Kevin Love, ala-pivô/pivô
13- Tristan Thompson, ala-pivô/pivô
21- Kendrick Perkins, pivô
41- Ante Zizic, pivô

Quem chegou: Dwyane Wade, Isaiah Thomas, Jae Crowder, Ante Zizic, Cedi Osman, Derrick Rose, Jeff Green, Jose Calderon, John Holland, e Kendrick Perkins

Quem saiu: Kyrie Irving, Chris Andersen, Andrew Bogut, Dahntay Jones, James Jones, DeAndre Liggins, Jordan McRae, Deron Williams, Derrick Williams

Publicidade

Revisão

Publicidade

O Cleveland Cavaliers foi um time de extremos em 2016-17. Uma equipe que atacava como poucas, com média de 110.3 pontos por jogo, mas levava outros 107.2. Cada vez mais adepto ao estilo de jogo rápido e de muitos arremessos de longa distância, o elenco de Ohio liderou a conferência Leste por quase toda a campanha, mas, no fim, acabou sendo superado pelo Boston Celtics. Há quem diga que foi intencional, para não enfrentar o Chicago Bulls nos playoffs, uma vez que a equipe de Illinois havia superado o Cavaliers nos quatro encontros durante a fase regular.

Para tentar superar o Golden State Warriors nas finais, mais uma vez a diretoria agiu e foi atrás de jogadores experientes na tentativa de reforçar o grupo. Chegaram Deron Williams, Andrew Bogut e Kyle Korver. Enquanto o primeiro foi um fiasco, pois o Cavs pensava em dar a Williams a bola nas mãos para que Kyrie Irving pudesse fazer o seu melhor: atacando a cesta e nos arremessos de três, mas acabou vendo um jogador fora de ritmo e muito pouco interessado. Bogut durou um minuto, após séria lesão, enquanto Korver foi importante na rotação com seus tiros de longa distância. As apostas em Chris Andersen e Larry Sanders, tampouco ajudaram e foram dispensados. Andersen teve contusão logo no começo da fase regular e Sanders, estava completamente fora de sintonia com o basquete, após quase duas temporadas sem jogar.

Publicidade

Na final, no entanto, deu Warriors mais uma vez. O time californiano não tomou conhecimento do adversário e o superou em cinco partidas.

O perímetro

Publicidade

Dwyane Wade e LeBron James vão jogar juntos novamente. Depois de passagem vencedora de ambos no Miami Heat, quando o time da Flórida disputou quatro finais e venceu duas, Wade tentou segurar a barra no Heat com Chris Bosh, mas o ala-pivô encurtou a carreira e deixou o ala-armador sozinho em Miami. De lá, ele foi para o Chicago Bulls, porém em apenas um ano, a coisa não aconteceu e ele acabou dispensado. Fechou com o Cavs por uma temporada, pelo mínimo para veteranos.

Ao lado de Wade, deverá jogar o armador Isaiah Thomas, ex-Boston Celtics. A dúvida é: quando. Thomas sofreu uma lesão no quadril ainda em Massachusetts, após sua melhor temporada individual na carreira. Sua estreia é cercada de pontos de interrogação. A contusão como a que ele sofreu geralmente é complicada e o atleta tende a ter limitações de movimentação. Como ele é jovem (28 anos), ainda há esperanças de que não tenha nenhum impacto em seu jogo.

Publicidade

Outro que chegou foi Derrick Rose, que estava no New York Knicks. Rose é uma grande adição ao elenco, embora tenha um histórico pouco favorável quando o assunto é durabilidade. O camisa 1 tenta a sua redenção, apesar de ter feito uma temporada satisfatória em Nova York. Enquanto Thomas estiver fora, ele será o titular.

J.R. Smith e Iman Shumpert, que revezaram a titularidade nos últimos anos, vão ficar no banco desta vez. Inconstantes no ataque, os dois perderam espaço com as novas contratações. Richard Jefferson ainda luta para permanecer na equipe, enquanto Cedi Osman chega para ganhar experiência. Já Kay Felder, é candidato a ser dispensado, uma vez que o veterano Jose Calderon está no elenco.

Publicidade

LeBron continua sendo o principal nome, não só do Cavaliers, mas também da liga. O astro, mais uma vez, fez o “seu” papel de GM e conseguiu recrutar Wade e Rose, mesmo que ambos tenham menos espaço que em seus antigos times. Para variar, o camisa 23 segue como um dos candidatos ao prêmio de MVP, após obter 26.4 pontos, 8.7 assistências e 8.6 rebotes na temporada passada.

O garrafão

Publicidade

A principal mudança de posicionamento, ao menos no papel, ficou por conta de Kevin Love. O atleta, que atuou por toda a carreira como ala-pivô, será o pivô titular da equipe. O técnico Tyronn Lue quer o Cavs explorando ainda mais os arremessos de longa distância e, com Love fazendo a função dos grandalhões, terá pelo menos quatro jogadores arriscando de três, pois Wade nunca foi especialista ali. O camisa 0 fez sua melhor temporada pelo time em 2016-17, quando finalmente retornou ao Jogo das Estrelas, com 19.0 pontos e 11.1 rebotes.

A ideia com Love sendo o principal pivô, embora claramente não seja um bom defensor, é dar ainda mais espaços dentro da área pintada para que James, Wade, Rose e Thomas, possam explorar a cesta adversária. Ao sair do garrafão ofensivo, ele leva junto, provavelmente aquele que deverá ser o jogador de maior estatura do oponente, algo como Chris Bosh fazia no Heat.

Publicidade

Assim, Tristan Thompson volta a ser reserva. Sem ser nada brilhante no ataque, Thompson ainda é ótimo nos rebotes ofensivos e dá ao Cavs múltiplas segundas chances nas partidas. Em determinados momentos, Lue deverá explorar a deficiência da equipe nos rebotes com Love e Thompson juntos.

Channing Frye deverá fazer o mesmo papel dos últimos anos, vindo do banco, com muitos arremessos de três. Ainda existe uma indefinição sobre quem será cortado para o grupo de 15 atletas e, assim, Kendrick Perkins dificilmente fará parte. Ante Zizic corre por fora.

Publicidade

Jae Crowder, especialista em defesa e em arremessos de longa distância, será o parceiro de Love no quinteto inicial. Ex-Celtics, Crowder evoluiu muito ofensivamente nas últimas temporadas e tende a esperar por uma bola no canto da quadra para executar seus lances. Polivalente, ele pode marcar pelo menos três posições do outro lado. Acredita-se que seu imediato deverá ser Jeff Green, que passou pelo Orlando Magic em 2016-17. Green é talentoso e tem como principal característica o arremesso. Oferece, em geral, mais condições de ajudar no ataque do que na defesa.

Análise geral

Publicidade

O Cavs viu o Boston Celtics se reforçar ainda mais após ter obtido o primeiro lugar no Leste na temporada passada. A briga agora é direta. Kyrie Irving deixou para avisar que não ficaria depois das primeiras semanas da abertura do mercado e deixou a diretoria com as calças nas mãos. Sem ter o que fazer por grandes nomes, até por sua folha de pagamento, o pedido de Irving quase colocou a próxima campanha por água abaixo. Por competência de Koby Altman ou sorte [de ter LeBron como seu co-manager], o Cavaliers conseguiu encontrar meios de fortalecer o grupo com peças importantes em diversos setores, ainda que Wade e Rose estejam longe de seus melhores momentos em suas carreiras.

Com Crowder no quinteto principal, o Cavs ganha muita força dos dois lados da quadra. Na realidade, exceto LeBron, o camisa 99 parece ser o que o time tem de melhor nesse sentido. No Celtics, ele atingiu médias de 13.9 pontos, 5.8 rebotes e acertou 39.8% dos tiros de três. Até a saída de Irving, porém, quem deveria exercer essa função por mais tempo era Jeff Green.

Publicidade

A equipe terá mudanças significativas em seu quinteto inicial, mas o padrão de jogo não deverá ser tão alterado assim. Pelo menos quatro jogadores com capacidade para o chute de três vão jogar ao mesmo tempo. Se Thompson e Shumpert não ajudam muito no ataque, vão acabar jogando menos tempo como especialistas defensivos. Smith seguirá sendo aquele que em uma noite faz 25 pontos e, na outra, erra todos os arremessos e sai zerado.

A realidade do Cavs é mesmo nos playoffs. Claramente, ano a ano, a equipe tira cada vez mais o pé na fase regular, poupando-se para os momentos mais importantes. No entanto, a franquia persegue a hegemonia como o time a ser batido no Leste.

Publicidade

A importância de LeBron, pelo menos até que Thomas esteja completamente recuperado, vai aumentar. Existe muita expectativa para vermos como o grupo irá se comportar quando todos estiverem em forma física. No papel, é o melhor elenco que o camisa 23 já teve ao seu lado. Se tudo funcionar, mesmo que com o Celtics reforçado, dificilmente perde o primeiro lugar da conferência.

Previsão: primeiro lugar na conferência Leste

Últimas Notícias

Comentários