Previsão da temporada – Oklahoma City Thunder

O time melhorou, mas será que o suficiente para lutar pelo título da Conferência Oeste?

Fonte: O time melhorou, mas será que o suficiente para lutar pelo título da Conferência Oeste?

Oklahoma City Thunder

Campanha em 2016-17: 47-35, sexto colocado na conferência Oeste
Playoffs: eliminado pelo Houston Rockets na primeira rodada da conferência Oeste, em cinco jogos
Técnico: Billy Donovan (terceira temporada)
GM: Sam Presti (décima primeira temporada)
Destaques: Russell Westbrook, Paul George e Carmelo Anthony
Time-base: Russell Westbrook – Andre Roberson – Paul George – Carmelo Anthony – Steven Adams

Elenco

0 – Russell Westbrook, armador
2 – Raymond Felton, armador
21 – Andre Roberson, ala-armador
8 – Alex Abrines, ala-armador
23 – Terrance Ferguson, ala-armador
25 – Daniel Hamilton, ala-armador
13 – Paul George, ala
15 – Kyle Singler, ala
34 – Josh Huestis, ala
7 – Carmelo Anthony, ala-pivô
54 – Patrick Patterson, ala-pivô
9 – Jerami Grant, ala-pivô
4 – Nick Collison, ala-pivô
12 – Steven Adams, pivô
44 – Dakari Johnson, pivô

Quem chegou: Carmelo Anthony, Paul George, Patrick Petterson, Terrance Ferguson, Raymond Felton

Quem saiu: Taj Gibson, Enes Kanter, Victor Oladipo, Domantas Sabonis, Doug McDermott

Revisão

Ainda que não tenha sido a temporada dos sonhos para os seus torcedores, o Thunder proporcionou aos fã da NBA uma divertida saga ao longo da temporada regular. Em todo jogo, criava-se a expectativa se Russell Westbrook manteria sua absurda média de triplo-duplo. O começo com seis vitórias e uma derrota da franquia pode até ter iludido um pouco fãs e mídia, mas após quarto derrotas seguidas, deu para perceber que o Thunder estaria no pelotão que brigaria por vagas intermediárias na disputa pelos playoffs.

Como já mencionado, cada jogo tinha o atrativo extra de Russell Westbrook e sua caça pelo triplo-duplo, ainda que o mesmo negue seu interesse pelas estatísticas. Os inflacionados números de Westbrook geraram muita discussão na liga: seu desempenho reflete os números absurdos? Concordando ou não, o fato é que o Thunder implementava algo que poucas equipes na NBA faziam (talvez o Rockets fosse uma delas): o trabalho dos pivôs no garrafão era mais de assegurar que o pivô adversário não conseguisse pegar o rebote do que propriamente ir à bola e pegar sozinho o rebote. Isso criava uma lacuna para os rebotes serem pegos por Westbrook, sob a justificativa de armar o contra-ataque mais rápido. Isso certamente gerou uma gordura no seu número de rebotes (tanto assim que Westbrook foi líder na categoria rebotes sem contestação do adversário) e assistências.

Enquanto brigava por uma quarta colocação na conferência Oeste, o impossível foi se tornando realidade, e Westbrook concretizou a marca obtida por Oscar Robertson há mais de 50 anos, terminando a temporada regular com um triplo-duplo de média. Entretanto, a equipe era uma com Russell e outra sem ele. Ainda que a troca que trouxe Gibson e McDermott ao Thunder tenha ajudado, a verdade é que faltavam bons chutadores para aproveitar a dupla marcação em cima do camisa 0 do Thunder, além de um jogador que conseguisse criar seu próprio arremesso.

Nos playoffs, a equipe entrou contra o Houston Rockets sabendo ser uma difícil missão derrubar o time de James Harden e cia. Após o primeiro jogo, era nítida a impressão que a equipe não teria o necessário para bater os texanos, e a previsão se concretizou, ainda que o Thunder tenha conseguido uma dura vitória no terceiro confronto entre as equipes.

O perímetro

O perímetro do Oklahoma City Thunder é, sem dúvidas, um dos mais competitivos da liga. Defensivamente, o trio titular formado por Russell Westbrook, Andre Roberson e Paul George é simplesmente único em sua versatilidade e capacidade de marcação.

Westbrook vem da melhor temporada de sua carreira. Eleito MVP da temporada 2016-2017, o armador do Thunder era o dono do time, e chegou a assustadora média de um triplo-duplo por jogo, algo que não acontecia desde Oscar Robertson na década de 60. Com os reforços do time, no entanto, a tendência é que Russ tenha sua insana carga e responsabilidade da temporada passada reduzidas. Ainda assim, seu motor e intensidade em quadra o colocam como um dos melhores armadores da liga.

Quase todo ala-armador na liga tem excelente aproveitamento no lance livre e é uma arma confiável no arremesso de três. Andre Roberson não é nenhum dos dois, mas seu potencial defensivo é tão grande que o Thunder vem optando por escalá-lo como titular já há algum tempo. Junto com ele no perímetro, Paul George chegará para manter o excelente nível defensivo, mas adicionar um excelente arremessador e criador de jogadas ofensivas. A troca com o Indiana Pacers foi uma das mais comentadas durante a pós-temporada, e George chega com apenas um ano de contrato para tentar com o Thunder aquilo que não conseguia há alguns anos pelo Pacers: ser um dos favoritos ao título da NBA.

Como opções no banco, o Thunder conta com o veterano Raymond Felton na armação para diminuir um pouco a carga de Westbrook. Além dele, Alex Abrines e Josh Huestis fecham os que devem ser os reservas imediatos no perímetro. Vale lembrar também que Carmelo Anthony pode muito bem jogar alguns minutos na posição de ala, por onde jogou na maior parte de sua carreira.

O garrafão

Falando em Carmelo, o astro vindo de Syracuse finalmente foi trocado pelo New York Knicks, e chega com a mentalidade de “vencer agora”, se juntando a Russell Westbrook e Paul George com a difícil missão de derrubar o Golden State Warriors. Anthony deve jogar como ala-pivô, a princípio, mas existem dúvidas se ele será capaz de exercer uma boa armação sobre ala-pivôs mais físicos que ele quando preciso. Em termos ofensivos, ele adiciona mais uma arma para receber os passes açucarados de Westbrook, que sofreu muito ano passado com a falta de arremessadores de qualidade.

Fechando o quinteto titular, o neozelandês Steven Adams continua a ser a âncora do garrafão do Thunder. Adams não desenvolveu seu jogo ofensivo da maneira que todos esperavam, mas ele sabe aproveitar bem os passes de Westbrook. Na defesa, contudo, Adams é extremamente confiável e sempre dá o seu máximo em quadra.

Na reserva, as opções não são das mais fartas: Patrick Patterson foi uma excelente aquisição durante a pós-temporada, mas não existem outras opções com a experiência e a qualidade que o Thunder deve precisar se realmente for lutar por objetivos mais altos na temporada.

Análise geral

O Thunder provavelmente foi o time que mais se movimentou entre o final da temporada passada e o começo da atual. Sam Presti fez um excelente trabalho, juntando Paul George e Carmelo Anthony a uma equipe liderada por Russell Westbrook e que não tinha espaço no teto salarial. No papel, o Thunder tem um dos times mais qualificados da NBA, mas resta saber se o time colocará em prática o que dele é esperado.

Como todo time que muda suas principais peças de uma temporada para a outra, é esperado que o Thunder demore um pouco para se acostumar com seus novos jogadores e seu esquema de jogo. Em particular, o Big Three do Thunder é composto por três jogadores que atuam majoritariamente com a bola em suas mãos, particularmente Westbrook e Anthony. A tendência é que o trio só entre em sintonia após um tempo para se acostumar com o estilo de cada um. Quando isso acontecer, será que o Thunder terá tempo o suficiente para mostrar todo o seu potencial?

Fora isso, a qualidade das peças reservas está longe de ser uma virtude dessa equipe. Ainda que Patterson tenha sido uma das melhores aquisições da pós-temporada em termos de custo-benefício, os demais reservas já tiveram seu melhores dias de basquete, ou então podem não ter experiência suficiente para encarar jogos tão importantes quanto os que o Thunder almeja jogar.

Se o torcedor do Thunder se divertiu temporada passada com a epopeia de Westbrook atrás do triplo-duplo, esse ano a história é diferente: o elenco montado é suficiente para talvez sonhar com o título da liga. Contudo, são muitas as dúvidas e incertezas para o começo da temporada. Se o time conseguir entrar em sintonia, Warriors, Rockets e Spurs que abram o olho para mais uma potência do Oeste.

Previsão: quarto colocado na conferência Oeste

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