Previsão da temporada – Toronto Raptors

Com DeRozan em franca ascensão, time canadense quer o título da conferência Leste na próxima temporada

Fonte: Com DeRozan em franca ascensão, time canadense quer o título da conferência Leste na próxima temporada

Toronto Raptors

Campanha em 2016-17: 51-31, terceiro colocado na conferência Leste
Playoffs: eliminado na segunda rodada, pelo Cleveland Cavaliers
Técnico: Dwane Casey (sétima temporada)
GM: Masai Ujiri (desde 2013 no cargo)
Destaques: DeMar DeRozan
Time-base: Kyle Lowry – DeMar DeRozan – Norman Powell – Serge Ibaka – Jonas Valanciunas

Elenco

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7- Kyle Lowry, armador
55- Delon Wright, armador
23- Fred VanVleet, armador
4- Lorenzo Brown, armador
10- DeMar DeRozan, ala-armador
32- KJ McDaniels, ala-armador
0- C.J. Miles, ala-armador/ala
24- Norman Powell, ala-armador/ala
3- OG Anunoby, ala
13- Malcolm Miller, ala
34- Alfonso McKinnie, ala
5- Bruno Caboclo, ala
9- Serge Ibaka, ala-pivô
43- Pascal Siakam, ala-pivô
17- Jonas Valanciunas, pivô
92- Lucas Nogueira, pivô
42- Jakob Poeltl, pivô

Quem chegou: OG Anonuby (draft), Lorenzo Brown, KJ McDaniels, Alfonso McKinnie, CJ Miles, Malcolm Miller

Quem saiu: DeMarre Carroll, Cory Joseph, Patrick Patterson, P.J. Tucker

Revisão

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Em que pese um início de campeonato avassalador, com DeMar DeRozan anotando mais de 30 pontos em cada um dos cinco primeiros jogos da temporada, marca que não era repetida desde Michael Jordan em 1986, o Toronto Raptors oscilou muito durante a temporada regular. Para piorar, o armador Kyle Lowry teve que passar por cirurgia no pulso e só retornou para as últimas três partidas da fase regular.

Com o time na curva descendente, o diagnóstico do treinador e dos dirigentes era de que a equipe precisava de uma defesa sólida. Assim, a franquia partiu para o mercado e, antes da trade deadline, adquiriu Serge Ibaka, em troca com o Orlando Magic pelo ala Terrence Ross, bem como o ala P.J. Tucker, que estava no Phoenix Suns (dois especialistas defensivos). As apostas foram válidas e a reação aconteceu. O time venceu 18 dos seus últimos 25 jogos da temporada. O bom momento da equipe foi importante para que Kyle Lowry retornasse de lesão em um ambiente confiante para a disputa dos playoffs.

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Já na pós-temporada e logo na primeira rodada, outro problema veio à tona: o espaçamento. Lowry até funciona bem sob essa perspectiva de jogo, já que DeRozan monopoliza a posse de bola. Entretanto, DeMarre Carroll e Jonas Valanciunas não encaixavam no esquema de jeito nenhum. Fo então que para eliminar o Milwaukee Bucks, Dwane Casey mudou a estratégia e escalou Ibaka como pivô no quinteto principal, fazendo com que o time ficasse menos estático. O jovem Norman Powell também foi inserido entre os titulares e ajudou a equipe a retomar o caminho das vitórias na série.

Pelas semifinais da conferência Leste, o Raptors encarou o Cleveland Cavaliers e, como já era esperado, foi varrido em quatro jogos.

Observa-se que os principais jogadores do time – DeRozan e Lowry – evoluíram muito em 2016-17. Mas ao mesmo tempo, a carência de um elenco preparado para atuar em alto nível, bem como a falta de encaixe das principais contratações da franquia canadense, acabou sendo um fator determinante para o fiasco coletivo nos momentos decisivos.

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O perímetro

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O time possui um dos melhores perímetros de toda liga. Poucas equipes possuem no setor dois all stars como Kyle Lowry e DeMar DeRozan. Graças a estes dois nomes, o Raptors angariou uma campanha de mais de 50 vitórias pela segunda temporada consecutiva, sequência inédita na história da franquia.

Muitos podem questionar os altos valores envolvidos na renovação de contrato de DeRozan, mas a verdade é que o ala-armador faz jus a cada dólar pago pelos seus serviços. O astro não só foi o destaque do Raptors na temporada passada, como deu um passo gigantesco para ser o maior jogador da história do time canadense. Destaque para: sete partidas com mais de 40 pontos; ao menos 30 pontos em 32 oportunidades; e a marca de maior cestinha da história da franquia, superando ninguém menos que Chris Bosh e, antes dele, Vince Carter.

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Já Kyle Lowry vem de uma campanha de 22.4 pontos, 7.0 assistências e 1.5 roubadas de bola por partida, bem como teve 41% de aproveitamento nos arremessos de longa distância. A importância do armador para o time é tão grande, o pior momento do Raptors na temporada se deu quando Lowry precisou de cirurgia no pulso.

Quem começa a temporada com prestígio é Norman Powell. Após uma boa aparição na última edição dos playoffs, o jovem deve ganhar nova chance entre os titulares. A missão do ala será a de trazer equilíbrio defensivo para o perímetro do time e explorar o jogo de transição e contra-ataques. Ele dividirá minutos com o especialista em bolas de três, C.J. Miles, que tem tudo para ser o principal pontuador da equipe vindo do banco de reservas.

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Como alternativa, o Raptors selecionou O.G. Anunoby, um dos melhores alas da classe do draft deste ano. O jovem ala só ficou disponível na 23ª escolha porque caiu nas projeções do recrutamento, já que se recupera de uma cirurgia de ligamento cruzado anterior do joelho. Com uma combinação impressionante de força, tamanho e envergadura, ele está pronto para encarar o basquete profissional em termos físico-atléticos.

O garrafão

O grande “reforço” no garrafão para a disputa da próxima temporada é, na verdade, a renovação de contrato de Serge Ibaka, tratada como prioridade pelos executivos da franquia. O técnico Dwane Casey sabe que o jogo de hoje está mais dinâmico e que um jogador como Ibaka pode tanto ser utilizado de forma centralizada como de forma aberta. Além de que, estamos nos referindo a um bom defensor e excelente protetor de aro.

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Com a comissão técnica se preocupando cada vez mais com o espaçamento de quadra, aumenta também a preocupação sobre o futuro de Jonas Valanciunas na franquia canadense. Foi noticiado que o pivô lituano treinou muitos arremessos do perímetro durante a offseason, mas todos sabem que isso descaracterizaria demais o seu jogo. Não surpreenderia uma negociação envolvendo o jogador até a trade deadline. Mesmo assim, a princípio, Valanciunas tem titularidade garantida para o início do campeonato.

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No banco de reservas, fica a expectativa para que o brasileiro Lucas “Bebê” Nogueira tenha uma participação efetiva na rotação da equipe. Além do brasileiro, os jovens Jakob Peltl e Pascal Siakam vão brigar por espaço no garrafão.

Análise geral

A grande cartada do Raptors para a disputa da próxima temporada é a continuidade do trabalho desenvolvido nos últimos anos. Enquanto que Boston Celtics e Cleveland Cavaliers passam por um momento de reformulação, Kyle Lowry e DeMar DeRozan já estão entrosados e alinhados com o treinador. Claro, isso não faz da equipe melhor do que os rivais, mas é um ponto a ser considerado.

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Ocorre que, por vezes, os craques acima destacados acabam sobrecarregados com tamanha responsabilidade sobre a produção do time. Recentemente, o assistente técnico da equipe, Nick Nurse, declarou que o objetivo é priorizar a movimentação, por meio de um espaçamento maior de quadra, fazendo com que todos os jogadores recebam a bola.

O Raptors também não possui tantos arremessadores de três pontos. Como pode o técnico implantar um sistema de jogo priorizando o espaçamento de quadra, se não existem grandes arremessadores para participar da rotação? O time é apenas o 23º da liga em arremessos de longa distância convertidos, e somente Kyle Lowry e C.J. Miles possuem aproveitamento acima dos 40%.

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Outro ponto a ser trabalhado nesse time do Raptors é a ausência de motivação nos momentos mais importantes. O que falta é o anseio por vitórias e a vontade de se provar. É a vibração ou frieza que um time campeão sempre tem. O próprio treinador já deu declarações nesse sentido. Contudo, apesar de sofrer duras críticas (algumas até injustas, é verdade), é um time que deve ir longe nos playoffs.

Previsão: terceiro lugar na conferência Leste

 

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