Revelação do Nets, Dinwiddie não se choca com sucesso repentino: “Só precisava de uma chance”

Ala-armador assumiu comando das ações do time na ausência de Jeremy Lin e D’Angelo Russell

Fonte: Ala-armador assumiu comando das ações do time na ausência de Jeremy Lin e D’Angelo Russell

O Brooklyn Nets encontrou uma valiosa peça para o processo de reconstrução do seu elenco em um lugar onde poucas equipes procurariam. Ex-escolha de segunda rodada de draft, o ala-armador Spencer Dinwiddie foi trazido da lista de jogadores dispensados com um contrato não garantido em 2016 e agarrou a chance quando Jeremy Lin e D’Angelo Russell se lesionaram. A revelação, surpreendentemente, saiu do banco para assumir o comando da ofensiva do time nova-iorquino.

“Não acordei há um mês atrás e descobri que sei jogar basquete, mas você precisa estar em quadra e poder errar sem medo. Só precisava de uma chance, no fim das contas, por isso foi necessária uma comissão técnica que acreditasse em mim para as coisas acontecerem. Eles poderiam muito bem ter buscado um veterano, mas confiaram em meu potencial”, contou o jogador de 24 anos, pouco surpreso com seu sucesso repentino, em entrevista ao site The Ringer.

Desde que herdou a titularidade do contundido Russell, ainda no fim de novembro, Dinwiddie possui médias de 14.7 pontos e 7.0 assistências (décima melhor marca da liga no período). Tais números são potencializados pelo fato de cometer menos de dois desperdícios de posse por partida, o que assegura-lhe um dos melhores índices de passes decisivos por erros de ataque da NBA no momento.

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“Spencer tem aquela bravura que só os melhores possuem. É um jogador que te desafia como técnico – e você gosta –, pois sua inteligência é evidente. Agora, o seu desafio como titular em ascensão é fazer tudo o que pode consistentemente. Ele já viu o que é capaz de tornar-se e, agora, tenta transformar isso em um padrão regular”, explicou o técnico do Nets, Kenny Atkinson.

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Dinwiddie faz parte de um grupo seleto de atletas academicamente fora de curva, cujas notas poderiam tê-lo feito ser aceito em Harvard. O sonho de jogar basquete e viver o que vive agora levou-o a abrir mão dessa oportunidade para frequentar a Universidade do Colorado. Depois, ele recusou grandes ofertas de times europeus para deixar a NBA com maiores garantias de fazer carreira no esporte. Foram decisões difíceis na época, mas das quais não se arrepende nem um pouco hoje.

“Eu poderia estar em outro país agora e deixar a NBA de lado. Esse era o dilema: queria esperar o meu momento e fazer as coisas direito ou superar esse sonho e desistir de aguardar por uma chance? É uma decisão dura em uma profissão tão curta, mas, em todas as facetas da vida, você precisa de coragem. Melhorar e avançar exige alta inteligência da parte de um sonhador”, finalizou o ala-armador, que poderá ser agente livre ao fim da atual temporada.

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