Revisão da temporada – Divisão Central

Cavs, ainda com LeBron James, foi para a sua quarta final consecutiva

Fonte: Cavs, ainda com LeBron James, foi para a sua quarta final consecutiva

*Por Ricardo Romanelli/Hoop 78

Divisão Central

*Cleveland Cavaliers 50/32
*Indiana Pacers 48/34
*Milwaukee Bucks 44/38
Detroit Pistons 39/43
Chicago Bulls 27/55

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*Classificados aos playoffs

A divisão Central, pelo quarto ano seguido, foi de onde saiu o campeão do Leste. No ano menos dominante do Cleveland Cavaliers desde o retorno de LeBron James, em 2014, a equipe mesmo assim exerceu sua força nos playoffs e chegou pela quarta vez seguida às Finais da NBA, onde foi varrida pelo Golden State Warriors.

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O Cavs fez uma temporada disfuncional, onde um elenco montado às pressas após a troca de Kyrie Irving, que pediu para sair, não encaixou desde o começo da temporada, gerando frustrações e atritos internos. Assim, na data final para trocas, a diretoria fez uma aposta final ao trocar diversas peças do elenco do apoio. Dwyane Wade, Derrick Rose, Jae Crowder, Isaiah Thomas, Channing Frye e Iman Shumpert foram substituídos por Jordan Clarkson, Larry Nance Jr., George Hill e Rodney Hood.

Se no começo esse elenco deu ânimo renovado ao Cavs, logo essa impressão se dissipou. Os novos atletas tiveram grandes dificuldades em se encaixar ao time, e nos playoffs o Cavs dependeu como nunca de LeBron James. Com atuações monstruosas e arremessos no estouro do cronômetro, James carregou o Cavs até mais uma final, passando por Indiana Pacers no primeiro round em sete jogos, varreu o Toronto Raptors no segundo round, e bateu o Boston Celtics na final da conferência, novamente em sete jogos.

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Terminada a temporada, LeBron decidiu assinar com o Los Angeles Lakers, colocando um ponto final em sua segunda passagem pelo Cavs. O time mudou pouco, até por ter uma situação salarial complicada, e manteve a maioria do elenco que terminou a temporada ao lado de LeBron.

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O Indiana Pacers teve uma das trajetórias mais interessantes da última temporada. Após se ver forçada a trocar Paul George, então astro da equipe, a franquia se reinventou de maneira brilhante, alcançando um honroso quinto lugar na conferência Leste. Victor Oladipo, principal nome envolvido na troca de Paul George para o Oklahoma City Thunder, se estabeleceu como um dos melhores jogadores de sua posição na NBA, alcançando a primeira aparição de sua carreira no All-Star Game. Com um basquete coletivo e aguerrido, o Pacers superou todas as expectativas, e levar o Cleveland Cavaliers de LeBron James a sete jogos no primeiro round dos Playoffs foi uma derrota com sabor de vitória.

Na offseason, a equipe manteve a mesma base, trazendo bons reforços para a rotação como Tyreke Evans e o pivô Kyle O’Quinn, numa tendência de se manter como um dos melhores times do Leste.

Já o Milwaukee Bucks decepcionou. A equipe do grego Giannis Antetokounmpo criou muitas expectativas devido à temporada que fez na campanha anterior, onde Antetokounmpo foi eleito o jogador que mais evoluiu e o armador Malcolm Brogdon foi o melhor calouro da liga. No entanto, um ataque pouco dinâmico e rotações estranhas custaram o cargo do treinador Jason Kidd no meio da temporada, em meio a dificuldades para integrar o armador Eric Bledsoe, adquirido junto ao Phoenix Suns durante o decorrer do campeonato.

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A equipe cambaleou até os Playoffs na sétima colocação do Leste, onde lá sim teve um desempenho mais satisfatório, levando o favorito Boston Celtics a sete jogos. Passada a temporada, o Bucks contratou Mike Budenholzer como treinador em busca de maior dinamismo, com bons reforços pontuais como o pivô Brook Lopez. Sem LeBron, o caminho está aberto para Giannis tentar se consolidar como o melhor jogador da conferência, e quem sabe candidato a MVP, caso Budenholzer consiga fazer o jogo do talentoso elenco evoluir.

Outro time que fez mudanças de meio de temporada foi o Detroit Pistons. Estacionado há algum tempo no limiar de time de Playoffs num ano e decepção no outro, o Pistons de Stan Van Gundy resolveu arriscar ao fechar negócio por Blake Griffin, então astro do Los Angeles Clippers, mais ou menos na metade da temporada. Griffin vinha de temporadas decepcionantes, e sua passagem no Clippers chegou ao fim após especuladas complicações de vestiário se tornarem frequentes demais.

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O Pistons comprometeu a folha salarial ao adquirir Griffin, que recém tinha assinado um contrato de US$ 173 milhões por 5 anos com o Clippers, mas também é verdade que a folha salarial da franquia já não era das melhores, e dificilmente a equipe conseguiria atrair um jogador deste nível como agente livre, caso tivesse disponibilidade financeira.

Mesmo assim, o experimento de torres gêmeas entre Griffin e Andre Drummond gerou resultados duvidosos, e o Pistons ficou de fora dos Playoffs, ficando quatro vitórias atrás do Washington Wizards, último classificado para a fase de mata-mata.

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O fraco desempenho custou o cargo de Stan Van Gundy, que não conseguiu criar padrão e cultura firmes em seu tempo em Detroit. O substituto contratado foi Dwane Casey, eleito o melhor técnico do ano, mas que foi demitido do Toronto Raptors após mais um fracasso em Playoffs. Com limitações na folha salarial, o Pistons aposta em reforços pontuais como Glenn Robinson III, além de uma temporada completa com Griffin e o novo treinador para melhorar de rendimento e se classificar aos Playoffs.

Na lanterna da divisão, o hexacampeão da NBA Chicago Bulls fez uma temporada dentro da proposta de reconstrução, evoluindo jovens atletas e limpando a folha salarial em busca de uma boa escolha de Draft. O Bulls havia negociado Jimmy Butler durante a offseason, além de ter chegado a um acordo de rescisão com Dwyane Wade, apostando num recomeço na montagem do elenco.

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A temporada do Bulls teve controvérsia logo no início, quando uma briga entre os alas-pivôs Nikola Mirotic e Bobby Portis durante um treino deixou o primeiro hospitalizado, com fraturas na face. O atleta acabou perdendo quase dois meses da temporada, e ao retornar exigiu ser trocado pela equipe de Chicago. Após meses de especulação, ele finalmente foi negociado com o New Orleans Pelicans, em fevereiro, num negócio onde o Bulls enviou Mirotic e uma escolha de segundo round no Draft por Omer Asik, Tony Allen, Jameer Nelson e uma escolha de primeiro round no Draft.

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O grande destaque da campanha perdedora do Bulls foi o calouro Lauri Markkanen, selecionado com a escolha de Draft que veio do Minnesota Timberwolves na troca de Jimmy Butler, junto com o ala-armador Zach LaVine e o armador Kris Dunn. O finlandês aproveitou o vácuo de lideranças técnicas no elenco e fez uma excelente temporada de estreia, se tornando o jogador que mais rápido converteu as primeiras 100 bolas de três da carreira na história da NBA. Dunn, que vinha de um começo de carreira decepcionante em Minnesota, aproveitou a chance de recomeço, fazendo uma temporada em que chegou a ser cotado para o prêmio de jogador que mais evoluiu.

LaVine, que já mostrava muito talento no Timberwolves, demorou a estrear por estar se recuperando de cirurgia no joelho, e promete subir de rendimento na próxima temporada. Os três, além de Bobby Portis e do calouro Wendell Carter, adquirido com a sétima escolha do último Draft, formam um núcleo jovem promissor. Além disso, o Bulls teve como destaque da offseason a contratação de Jabari Parker, natural de Chicago, que teve um início de carreira conturbado no Milwaukee Bucks, devido a muitas lesões, e chega ao Bulls com a promessa de recomeço.

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