Revisão da Temporada – Divisão do Pacífico

Relembre como foi a temporada de Golden State Warriors, Los Angeles Clippers, Los Angeles Lakers, Phoenix Suns e Sacramento Kings

Fonte: Relembre como foi a temporada de Golden State Warriors, Los Angeles Clippers, Los Angeles Lakers, Phoenix Suns e Sacramento Kings

Divisão do Pacífico

*Golden State Warriors (58-24)
Los Angeles Clippers (42-40)
Los Angeles Lakers (35-47)
Phoenix Suns (21-61)
Sacramento Kings (27-55)

*Classificado aos playoffs

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Sem surpresas, pelo quarto ano seguido, a Divisão do Pacífico foi dominada pelo Golden State Warriors. Não por acaso, o time de Oakland chegou às finais nesse período e conquistou três títulos, estabelecendo uma dinastia na liga.

Mesmo sem fazer a melhor campanha do Oeste, o Warriors era o time a ser batido nos playoffs. A equipe californiana passou sem sustos por San Antonio Spurs e New Orleans Pelicans, até chegar à esperada decisão de conferência contra o Houston Rockets, time de melhor campanha na temporada. Em um duelo eletrizante, decidido após a disputa de sete partidas, o Warriors levou a melhor e foi para a sua quarta final consecutiva. No embate contra o Cleveland Cavaliers, o time de Oakland não teve a menor dificuldade para varrer o adversário e conquistar seu sexto título na NBA.

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Os outros quatro times da Divisão não alcançaram os playoffs em 2017/18. O melhor desempenho entre eles foi do Los Angeles Clippers, que terminou a temporada na décima posição do Oeste. Com as saídas de suas grandes estrelas, Chris Paul e Blake Griffin, o time se enfraqueceu e não teve muito o que fazer na conferência. Mesmo assim, o trabalho de Doc Rivers merece elogios porque levou o time a fazer uma campanha positiva.

Com um elenco enfraquecido, Doc Rivers não conseguiu levar o Clippers aos playoffs

O Lakers teve o seu melhor desempenho em cinco anos, mas isso foi insuficiente para que o time chegasse aos playoffs. Como não tinha escolha na loteria, não interessava ao time tankar na temporada. O técnico Luke Walton deu espaço aos jovens Brandon Ingram, Julius Randle, Kyle Kuzma, Josh Hart e Lonzo Ball, e trouxe jogadores mais experientes (Brook Lopez, Kentavious Caldwell-Pope e Isaiah Thomas), mas com vínculos expirantes ao final da temporada. Era essencial manter a flexibilidade salarial e ter condições para assinar com uma estrela na offseason deste ano. Sob o comando da dupla Magic Johnson (presidente) e Rob Pelinka (gerente-geral), o Lakers espera voltar aos seus melhores momentos o mais rápido possível.

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O lendário Magic Johnson chegou ao Lakers para colocar ordem na casa

O Kings trouxe veteranos como George Hill, Zach Randolph e Vince Carter para tornar o seu elenco competitivo e ajudar a desenvolver os jovens talentos da equipe. Mas o melhor reforço do time veio da Europa. O ala Bogdan Bogdanović, que tinha levado o Fenerbahçe ao título da Euroliga, assinou um contrato válido por três temporadas e mostrou qualidade logo no seu primeiro ano na NBA. Para coroar o seu bom desempenho, o sérvio foi eleito para o segundo time de novatos. Mas com um elenco recheado de jovens, o Kings não teve a mínima condição de brigar por uma vaga nos playoffs e terminou a temporada com a quarta pior campanha do Oeste.

Por fim, o Suns fez mais uma temporada para ser esquecida. O time do Arizona terminou 2017/18 com a pior campanha da liga e tankou sem a menor cerimônia. Depois de sofrer derrotas acachapantes logo nos três primeiros jogos da temporada (quando sofreu 386 pontos), o técnico Earl Watson foi demitido e o assistente Jay Triano comandou o time de forma interina. Para piorar, o Suns entrou em crise de vez com o pedido de saída feito pelo armador Eric Bledsoe, insatisfeito com os rumos da equipe. Dias depois de tuitar “eu não quero estar aqui”, o jogador foi trocado com o Milwaukee Bucks. O único alento em Phoenix foi o desempenho do jovem Devin Booker, cestinha do time pelo segundo ano seguido e oitavo em média de pontos anotados na liga, em 2017/18. Além do excesso de jovens no elenco, o time sofreu com várias lesões ao longo da temporada. O resultado final não poderia ter sido outro.

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2018/19

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Com a adição do pivô DeMarcus Cousins, e manutenção do quinteto Stephen Curry, Kevin Durant, Draymond Green, Klay Thompson e Andre Iguodala, o Warriors ficou ainda mais forte e é o time a ser batido na liga. O quarto título em cinco anos é consolidaria de vez a equipe de Oakland como uma das maiores dinastias da NBA em todos os tempos.

Buscando retornar aos playoffs após cinco anos de campanhas ruins, o Lakers trouxe o melhor jogador da liga, LeBron James. Com isso, a equipe angelina automaticamente se credencia a uma das vagas na pós-temporada do Oeste. Além de James vieram veteranos como Rajon Rondo, JaVale McGee, Lance Stephenson e Michael Beasley. O Lakers espera, com a mescla desses veteranos com jovens como Brandon Ingram, Lonzo Ball, Kyle Kuzma e Josh Hart, encerrar o incômodo jejum e voltar a ser competitivo.

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O melhor jogador da NBA agora é do Lakers

O outro time de Los Angeles, o Clippers, segue em processo de reconstrução de elenco, depois das saídas de Chris Paul, J.J. Redick, Blake Griffin (os três na temporada passada), DeAndre Jordan e Austin Rivers (este ano). O técnico Doc Rivers vai para o sexto ano no comando da equipe, que está lotada de jogadores nas posições 1 e 2, mas que carece de qualidade no garrafão. O Clippers se reforçou com o pivô polonês Marcin Gortat, que vem em declínio na carreira, e com o ala Luc Mbah a Moute, um especialista defensivo. No draft, o time “gastou” duas escolhas de loteria em Shai Gilgeous-Alexander e Jerome Robinson. Hoje, os grandes nomes da equipe são o ala-pivô Tobias Harris, que vai para o último ano de contrato, e Lou Williams, eleito melhor reserva da temporada passada. Para pensar em brigar por uma vaga nos playoffs, o Clippers precisa espantar o fantasma das lesões que prejudicou Avery Bradley, Danilo Gallinari e Patrick Beverley em 2017/18. Mesmo assim, com o equilíbrio e a força do Oeste, dificilmente este elenco conseguirá levar o time à pós-temporada.

Suns e Kings, mais uma vez, não deverão alcançar os playoffs. São equipes recheadas de jovens e, em uma conferência tão forte como a Oeste, sofrerão muitas derrotas, o que virou rotina nas últimas temporadas. O time de Phoenix, que selecionou o pivô Deandre Ayton na primeira escolha do draft deste ano, confia no talento e na liderança de Devin Booker para pelo menos melhorar o desempenho e dar menos vexames. Na tentativa de acabar de vez com o tank, o Suns trouxe veteranos como Trevor Ariza e Ryan Anderson para tornar a equipe mais competitiva. A franquia espera que jovens como Josh Jackson, Mikal Bridges, Dragan Bender e o já citado Ayton evoluam em quadra sob o comando do recém-chegado Igor Kokoškov, que pretende fazer com que a equipe jogue em transição, movimente bastante a bola e possa explorar o espaçamento de quadra. O jejum de oito anos sem chegar aos playoffs deve aumentar.

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Com o Kings, o panorama não é muito diferente. Dave Joerger vai para o terceiro ano à frente do time de Sacramento e espera uma melhor produção de seus jovens comandados. A base formada por De’Aaron Fox, Buddy Hield, Bogdan Bogdanović, Justin Jackson, Zach Randolph e Willie Cauley-Stein ganhou os reforços de Nemanja Bjelica e Yogi Ferrell (via agência livre), Harry Giles, que passou a última temporada inteira no estaleiro, e de Marvin Bagley, segunda escolha geral do último draft. Com tanto jovem no time é difícil imaginar um cenário em que o Kings consiga se dar bem em uma conferência tão forte com a Oeste. São 12 anos sem saber o que é playoffs em Sacramento. Já podemos cravar que o jejum vai aumentar? Podemos.

 

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