Três comentários para encerrar o ano

Ricardo Romanelli destaca o tempo expirado no Los Angeles Lakers, Rip Hamilton e Minnesota Timberwolves

Fonte: Ricardo Romanelli destaca o tempo expirado no Los Angeles Lakers, Rip Hamilton e Minnesota Timberwolves

Neste época, a NBA é sempre bastante movimentada com a rodada de Natal e diversas notícias perdidas em meio a festas de fim de ano. Sendo assim, essa semana vou fazer três comentários mais sucintos sobre alguns temas:

Rip Hamilton

Na última sexta-feira, o Detroit Pistons anunciou que aposentará a camisa nº 32 usada por Richard “Rip” Hamilton. O atleta foi um dos principais nomes da equipe campeã de 2004, tendo jogado pela franquia entre 2002 e 2011. Com 120 aparições em playoffs, é também o jogador que tem a maior quantidade de jogos deste tipo pela franquia do Pistons, o que não é pouca coisa, considerando o excelente retrospecto histórico do Pistons em fases eliminatórias.

Hamilton foi um dos melhores ala-armadores da década de 2000, sendo um jogador extremamente durável e eficiente nos arremessos de média distância, que criava para si com inigualáveis movimentações fora da bola. Em suma, era um pontuador que não precisava da bola em suas mãos para anotar pontos, e isso fazia dele um companheiro de equipe muito querido, por motivos óbvios.

Pessoalmente, sempre fui grande fã de Rip Hamilton e fico muito feliz de vê-lo receber esta justa homenagem. Ele teve médias de 18,4 pontos por jogo durante sua estadia em Detroit, sendo que a média sobe para 20,6 pontos nos playoffs. Bravo, Rip! Ou como ele mesmo dizia a cada vez que convertia um arremesso em quadra: Yes, sir!

Tempo esgotando

Há três anos, Jim Buss, dono do Los Angeles Lakers, disse que caso o time não estivesse competindo por um título em três ou quatro anos, ele deixaria o comando sobre as decisões relativas a basquete da franquia.

Pode parecer estranho um dono de equipe falar isso, mas é porque Buss, filho do lendário Jerry Buss, assumiu a franquia em conjunto com sua irmã, Jeanie, após a morte do pai, em 2013.

A verdade é que não é fácil ocupar o lugar de um dono tão icônico para o basquete como Jerry Buss, mas apesar disso Jim tem se mostrado um péssimo avaliador de talento e tem tomado decisões questionáveis. Apenas para citar alguns exemplos, temos a contratação de dois técnicos abaixo da crítica: Mike Brown e posteriormente Byron Scott, ambos ultrapassados e teimosos. Agora, a aposta é em Luke Walton, mas não é nem possível avaliar o trabalho do novato, pois o elenco que lhe foi confiado é muito mal montado. Os contratos inexplicáveis oferecidos a Timofey Mozgov e Luol Deng também não ajudam Buss a melhorar sua imagem.

O resultado é que o Lakers tem um time com três recentes escolhas de loteria em quadra e que mostra muito pouco potencial. O time caminha para mais uma escolha de loteria no de 2017, mas com o perigo de perder a escolha para o Philadelphia 76ers caso ela não seja uma das três primeiras, por força da troca que levou Steve Nash ao Lakers em 2012.

Com isso, Jim Buss passa a enfrentar muita pressão para que o time mostre enfim algum resultado, ou que ele se afaste do comando. Pesa contra ele o fato de a irmã, Jeanie, ser uma executiva muito competente em questões administrativas do Lakers, e também ser namorada de Phil Jackson, que muitos especulam que poderia suceder Jim Buss no comando caso a irmã resolva forçar sua saída. Esta é uma situação que merece ser acompanhada de perto.

Falando nisso…

Falando em times que não deram certo, quem explica o Minnesota Timberwolves? Com a temporada de estréia que Karl Anthony-Towns fez, a chegada de Tom Thibodeau, e o amadurecimento natural de jogadores como Andrew Wiggins e Zach Lavine faziam o Timberwolves parecer como o candidato a time revelação de 206-17. Ledo engano.

A equipe patina, e apesar de excelentes estatísticas individuais de seus principais jogadores, não consegue jogar de maneira coletiva e consistente, especialmente na defesa. Thibodeau é um conhecido mestre do lado defensivo da quadra, mas parece que não tem conseguido passar seus princípios aos jovens atletas.

O T-Wolves ainda é um time de excelente potencial com um núcleo jovem invejável, mas acredito que ainda lhes falta bastante maturidade. A conferir.

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