Central do Draft – Michael Porter Jr. explode e entra na discussão para o ‘Primeiro Time de Novatos’ da temporada

Ala do Nuggets acumula médias de 14.7 pontos e 7.5 rebotes nas partidas em que atuou por 15 minutos ou mais

Fonte: Ala do Nuggets acumula médias de 14.7 pontos e 7.5 rebotes nas partidas em que atuou por 15 minutos ou mais

Por Lucas Torres, da Central do Draft

Da virada do ano para cá, Michael Porter Jr. (Denver Nuggets) tem comprovado cada uma das projeções ousadas de analistas que o apontavam como o ‘segundo jogador mais talentoso do elenco de Denver quando saudável’.

Na última semana, por exemplo, o ala mesclou sua inteligência para se mover sem a bola com um toque único em seu arremesso de três pontos (60% das cinco tentativas do perímetro em cenários de catch and shoot no período) para suprir a ausência do lesionado Jamal Murray – cumprindo com muita consistência o papel de segunda opção ofensiva do time, com médias de 17.3 pontos, 46.2% de aproveitamento nos arremessos de quadra e 52.4% na linha dos três pontos (média de sete tentativas por jogo).

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No mesmo período, ele usou cada centímetro de seus 2,08m de altura para permitir que o Nuggets vencesse a disputa na tábua em todos os jogos em que atuou – a despeito de não contar com Mason Plumlee e Paul Milsap – com média de 11 rebotes.

À essa altura, diante de seu impacto individual e coletivo para o sucesso do time de Denver, não faz sentido algum mantê-lo ‘refém’ das estatísticas acumuladas nos 16 jogos em que permaneceu menos de dez minutos em quadra.

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Após mais de 14 meses de inatividade, e a despeito do que seus números totais da temporada podem indicar, Porter Jr. merece – e muito – ingressar na discussão para o primeiro time dos calouros da temporada 2019/20.

 

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1) Ja Morant (Memphis Grizzlies)

Números: 17.5 pontos / 7.2 assistências e 3.2 desperdícios de bola / 1.1 roubo de bola / 48.9% de aproveitamento nos arremessos de quadra / 39.1% de aproveitamento nas bolas de três pontos, com 2.1 tentativas por jogo / média de 4.5 lances livres

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O armador não apenas tem tido uma temporada individualmente brilhante – de rara eficiência ofensiva, tanto como cestinha quanto como criador de jogadas para os companheiros (2.25 assistências para cada turnover!), mas, acima de tudo, é o principal responsável pela reinvenção bem sucedida da maneira com que o Grizzlies joga basquete.

Se na última temporada, no crepúsculo da era Mike Conley e Marc Gasol, Memphis era notabilizado por um jogo metódico de meia quadra (30º colocado no ranking de pace), hoje a equipe encorpora a identidade de Morant para abusar da velocidade na transição sempre que possível (4º maior pace da NBA e 4º em média de pontos anotados a partir de contra-ataques com 17.4 por jogo).

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O estilo mais veloz não é apenas mais ‘atrativo ao olhar do fã’, mas tem impulsionado o Grizzlies a uma surpreendente campanha de 24 vitórias e 24 derrotas até aqui – colocando Morant e companhia no 8º lugar da Conferência Oeste, 2.5 jogos à frente do nono San Antonio Spurs (21 vitórias e 26 derrotas).

2) Kendrick Nunn (Miami Heat)

Números: 16.2 pontos / 3.5 assistências e 1.8 desperdício de bola / 46.1% de aproveitamento nos arremessos de quadra / 35.6% de aproveitamento nas bolas de três pontos, com 5.8 tentativas por jogo

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Segundo principal cestinha de um competitivo Miami Heat, Nunn já comprovou ser – no mínimo – um jogador que seguirá como peça importante de rotação na NBA durante diveros anos, algo que por si só já é significativo tendo em vista o fato do combo guard não ter sido sequer draftado na seleção de 2018 e ter passado toda a temporada 18-19 na Liga de Desenvolvimento.

O atleticismo e o bom controle de bola para chegar até o garrafão – onde mostra recurso e toque em seus floaters e bandejas (46.9% de aprov. com uma média de 6.6 tentativas na área pintada por partida), somada à habilidade old school para punir defensores que antecipam suas infiltrações com pullups na meia distância (49.6% de aproveitamento com média de 2.6 tentativas por jogo no mid range) lhe conferem um ‘pacote’ valioso para uma liga que cada vez mais necessita de jogadores capazes de criar o próprio chute como resposta às trocas defensivas constantes.

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3) Tyler Herro (Miami Heat)

Números: 13.1 pontos / 4.2 rebotes / 38.8% de aproveitamento nas bolas de três pontos, com 5.5 tentativas por jogo

Seja correndo em torno de screens ou parado em cenários de spot-up, Herro tem se provado um ‘sniper’ confiável no sistema do Heat – convertendo impressionantes 44.8% de suas tentativas longas em situações de catch and shoot na temporada.

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O novato mostra ainda estar disposto a fugir da reputação de soft comumente atribuída a arremessadores puros como ele, ao mostrar disposição constante para competir na tábua de rebotes e fazer o melhor trabalho possível no lado defensivo – apesar de ainda carecer de força física para marcar jogadores físicos (adversários convertem 45.2% de seus arremessos de quadra e 32.6% dos três pontos quando defendidos individualmente por Herro).

4) Brandon Clarke (Memphis Grizzlies)

Números: 12.2 pontos / 5.8 rebotes / 62.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra / 83.3% nos lances livres

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Dono de um atleticismo fenomenal que une agilidade e explosão em seus saltos, Clarke tem se encaixado como uma luva no sistema de transição do Grizzlies – ficando atrás apenas de Serge Ibaka (Raptors) entre todos os jogadores da NBA utilizados em apenas uma posse de bola por partida nesses cenários.

Batendo outros jogadores de garrafão com muita facilidade na quadra aberta e mesclando suas enterradas enfáticas com o ótimo toque ao redor do aro na hora de finalizar (74% de aproveitamento na área restrita; e 59.4% no garrafão – fora do ‘semicírculo’), o ex-jogador de Gonzaga produz média de 1.47 ponto por posse de bola na transição até aqui na temporada.

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5) Michael Porter Jr. (Denver Nuggets)

Números: 7.8 pontos / 4.2 rebotes/ 51.1% de aproveitamento nos arremessos de quadra / 43.5% de aproveitamento nas bolas de três pontos, com 2.2 tentativas por jogo

As estatísticas totais da temporada escondem o nível espetacular de basquete praticado pelo ala em 2019-2020.

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Utilizado com extrema cautela pelo treinador Michael Malone no início do ano – Porter Jr. teve 16 jogos nos quais permaneceu em quadra por menos de 10 minutos o que, inevitavelmente, se traduziu em atuações ‘modestas’ pela ótica dos box scores.

Se contarmos apenas seus 14 jogos com 15 minutos ou mais, o novato acumula números impressionantes de 14.7 pontos, 7.5 rebotes, 56.1% de aproveitamento nos arremessos de quadra e 51.8% nos três pontos.

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Mais do que números, porém, Porter Jr. tem dado ao Nuggets uma contribuição fundamental nesse momento em que a equipe tem sofrido com as lesões de diversos de seus atletas chave como Jamal Murray, Paul Millsap e Mason Plumlee.

 

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