Lenda do Seattle Storm, Sue Bird é a capa da próxima edição da revista SLAM

Estrela se junta a Chamique Holdsclaw’s, Maya Moore, A’Ja Wilson e Liz Cambage como mulheres na capa da revista

Fonte: Estrela se junta a Chamique Holdsclaw's, Maya Moore, A'Ja Wilson e Liz Cambage como mulheres na capa da revista

Nesta segunda-feira (27), a SLAM Magazine, famosa revista esportiva dos Estados Unidos, anunciou Sue Bird como capa da sua próxima edição. O rosto de setembro/outubro é uma das principais vozes ativas dentro e fora das quadras de basquete, e é necessário pararmos de ignorar isso.

Em meio ao retorno da WNBA, complicações relacionadas à pandemia, protestos e chamadas de atenção, algumas atletas têm feito mais. Não é novidade que a liga de basquete feminino fala e discute temas de características de gênero, sexualidade, raça, entre outras. Desde que se tornam uma figura pública alcançando, finalmente, a profissionalização, as jogadoras de basquete se envolvem com a necessidade de justiça por tudo.

Sue Bird é uma delas.

CARREIRA

O início da carreira de Sue Bird parecia não existir. Em 1985, quando ela começou a jogar com apenas cinco anos, a WNBA sequer existia. Somente alguns bons anos depois, em 1996, David Stern, ex-comissário da NBA, criou a liga feminina. Na mesma época, Sue iniciava um programa de basquete pela Christ The King High School durante o ensino médio.

Mais tarde, em 1998, optou por defender as cores da Universidade de Connecticut. Por lá, ela foi duas vezes campeã da NCAA (2000, 2002) e conquistou alguns recordes pessoais. Ela é a segunda jogadora com mais assistências (585) da UConn, além de ser a sétima em roubos de bola (243). Em 2000, venceu a primeira edição do Prêmio Nancy Lieberman, dado para a melhor armadora do país.

WNBA

Sue Bird foi a primeira escolha do Draft de 2002, pelo Seattle Storm. Em sua primeira temporada, ela teve médias de 14.4 pontos, 6.0 assistências e 2.6 rebotes. E, ao lado de Lauren Jackson, ela ajudou a sua equipe a chegar aos playoffs pela primeira vez. Juntas, chegaram até às finais da Conferência Oeste, perdendo para o Los Angeles Sparks (2-0).

Em 17 anos na WNBA, Sue Bird:

Pela seleção dos Estados Unidos, Bird também fez história. Com a camisa de seu país, ela conquistou a medalha olímpica de ouro em 2004, 2008, 2012, 2016. Além disso, também conquistou quatro medalhas de ouro pela Copa do Mundo da FIBA (2002, 2010, 2014, 2018), sendo bronze em 2006.

Tem no currículo ainda cinco títulos de EuroLiga (2007, 2008, 2009, 2010, 2013), sendo All-Star em dois deles, jogando pelo Spartak Moscow.

SUE BIRD: VOZ ATIVA

Surgindo como uma boa inspiração para outras mulheres, Sue Bird também passou a atuar fora de quadra. Elevando o nível de divulgação da WNBA e do esporte feminino, ela já foi capa da revista de moda InStyle, trabalhou na NBA, organizou uma premiação, tem seu próprio Kyrie 5 colorway (“Keep Sue Fresh”), entre outras atividades. Apesar disso, a questão social é novidade para ela.

Em um comentário, apaixonado ou não, Bird revelou que muito do que ela se tornou tem a ver com namorar Megan Rapinoe. A estrela do futebol feminino estadunidense (e mundial) sempre procurou os holofotes para se pronunciar contra o machismo, sexismo, racismo e a busca por igualdade. Dessa forma, a armadora do Storm atribui à sua companheira o fato de ter saído da casinha.

“Logo depois que o Minnesota Lynx vestiu camisas com ‘Change Starts With Us’, muitas equipes seguiram o exemplo e minha equipe era uma delas. Megan joga em Seattle, então ela me procurou no Instagram e ficou tipo, ei, isso é incrível. E nós apenas tivemos essa conversa sobre justiça social”, conta Bird.

Esse episódio aconteceu no verão de 2016, quando as equipes da WNBA protestaram contra a brutalidade policial, que havia assassinado Philando Castille e Alton Sterling. Mais tarde, a mídia veria o caso do jogador de futebol americano Colin Kaepernick explodir e se tornar referência nesse sentido. Inclusive, durante o ano de 2020.

Como comenta Sue Bird, retornar a temporada só seria possível se as atletas pudessem utilizar sua voz para protestar e conversar sobre justiça social. Dessa forma, então, surgiu o novo programa da WNBA e a necessidade de adicionar o nome de Breonna Taylor às camisetas.

Além disso, juntas desde 2017, Bird e Rapinoe constantemente utilizam sua voz para espalhar suas indignações. As corretas reclamações giram em torno da disparidade de publicidade que mulheres recebem, audiência, patrocínios, salários, entre outras situações, em relação aos homens. Cada uma em sua liga, à sua maneira, também busca combater preconceitos e tornar o mundo esportivo receptivo a todos.

SLAM MAGAZINE

Sue Bird se junta à Chamique Holdsclaw’s (1998), Maya Moore (2018), A’Ja Wilson e Liz Cambage (2019) como mulheres na capa da SLAM.

A revista pode ser comprada aqui.

 

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