Ty Lue não vê “jogadores que não se gostam” no Clippers

Novo treinador do Clippers acusa problemas de continuidade no time, mas nega que atletas do elenco angelino não tenham boa relação

Fonte: Novo treinador do Clippers acusa problemas de continuidade no time, mas nega que atletas do elenco angelino não tenham boa relação

O fracasso do Los Angeles Clippers na última temporada, eliminado nas semifinais do Oeste sofrendo virada histórica do Denver Nuggets, acarretou uma série de rumores sobre o time. Uma das principais especulações, como esperado, envolveu a relação supostamente ruim entre os atletas do elenco e o clima do vestiário. Ex-assistente e agora técnico da franquia, Tyronn Lue garante que o problema do Clippers em 2020 passou longe de ser jogadores que não se gostam. 

“Eu acho que, quando falamos de problemas de química e continuidade, não tem nada a ver com o que acontece fora de quadra. Não tem nada a ver com jogadores que não se gostam. A questão é uma cirurgia no ombro tirar Paul George do início da campanha, Kawhi Leonard não participar de parcela da pré-temporada, Patrick Beverley ter sofrido várias lesões. É difícil construir entrosamento com tudo isso se acumulando a cada dia”, explicou o ex-armador, em recente entrevista coletiva. 

Um dos pontos indicados como uma dificuldade interna do Clippers na desapontadora campanha foi a questão de liderança no elenco. A impressão geral é que a importância do treinador Doc Rivers no dia-a-dia angelino também era enfatizada pela necessidade de uma figura mais vocal na franquia. Leonard e George, embora fossem as inegáveis referências técnicas do plantel, nunca tiveram esse perfil. Lue já assume o novo cargo com plena consciência dessa particularidade. 

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“Liderança é diferente de qualidade técnica. Esses dois jogadores lideram pelo exemplo, mas os melhores jogadores nem sempre são líderes naturais. Não funciona assim. Terei que ser um líder tanto quando Kawhi, Paul ou Patrick. E construiremos algo juntos: vou ensiná-los diferentes formas de liderar e eles vão me ensinar vários modos de liderança, pois não sei tudo. A coisa mais importante entre nós será a comunicação”, destacou o campeão da NBA no comando do Cleveland Cavaliers.   

Com o novo treinador, a promessa é que a equipe angelina também adote um novo jeito de jogar e implemente algo mais complexo do que o sistema bastante individualizado de Doc Rivers. Lue traz a ideia de um estilo de jogo bem mais coletivo ao topo do comando do Clippers, que não passe a impressão já descrita de que jogadores simplesmente não se gostam em quadra. No entanto, ele também está preparado para ceder em algumas de suas convicções pelas estrelas da companhia. 

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“Kawhi e Paul terão que ajustar-se ao meu sistema de jogo, mas também terei que me ajustar à zona de conforto de ambos e o que fazem melhor. Já começamos de um bom ponto: tudo inicia-se no lado defensivo da quadra e esses caras são dois dos melhores two-way players da liga, ditam o ritmo do jogo pela marcação. E, então, acredito que a saúde é o mais importante para que consigamos avançar o nosso trabalho”, indicou o ex-auxiliar de Rivers. 

Assumir o comando do Clippers nesse momento é um desafio para Lue, necessitando mostrar resultados de imediato com um time que já está pronto para ser campeão. Ele prefere ver tudo, porém, como uma oportunidade. “Sempre que você tem a chance de conquistar um título, existe pressão. Isso não é novidade. Quero ser um dos melhores técnicos de todos os tempos e, para isso, eu tenho que vencer sempre que existir essa perspectiva”, concluiu a grande aposta de Steve Ballmer. 

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