Há três anos, Rudy Gobert se tornou o maior vilão da NBA

Pivô ficou marcado como “paciente zero” na liga

Rudy Gobert vilão NBA Fonte: Reprodução / Twitter

Dia 11 de março de 2020. Foi Rudy Gobert teve a confirmação que estava com COVID-19, tornando o francês o maior vilão da NBA. Apesar de ninguém entender exatamente o que estava acontecendo, todo mundo resolveu culpar o pivô, então do Utah Jazz. Mas como isso aconteceu?

Bem, enquanto o mundo acompanhava, incrédulo, o que acontecia na Ásia, havia a preocupação de que o Coronavírus se espalhasse. No entanto, ninguém tinha uma ideia real de seu impacto. Era tudo muito novo, tudo muito assustador. Mas uma coisa não se fazia: brincar com o vírus.

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Rudy Gobert brincou, não acreditou no potencial letal e a NBA o escolheu, imediatamente, como o vilão, o culpado pela paralisação dos jogos. Mas vamos entender algumas coisas. Primeiro, o jogador realmente errou e pediu desculpas posteriormente. Mas a temporada seria suspensa de qualquer forma. Embora ninguém quisesse acreditar, era o prazo de alguém se infectar para tudo parar.

Então, exatamente há três anos, a NBA suspendeu a temporada 2019/20.

Doeu em todos. Não teve uma liga esportiva que não tenha parado naquela época. Portanto, a culpa não foi do pivô. Ele apenas foi o primeiro. E foi, também, babaca.

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No entanto, Gobert foi, ao mesmo tempo, um “herói acidental”, como citou Bruce Arthur, do Toronto Star.

“Ao negar a realidade, Rudy Gobert nos forçou a entender a realidade”, disse Arthur, na época. “Ele, provavelmente, salvou vidas. Mas agora, estamos tendo muito mais conversas reais sobre distanciamento social. Além disso, vamos entender como o vírus é contagioso, como todos nós precisamos trabalhar juntos disso e sabermos que não é uma gripe qualquer”.

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No dia 9 de março de 2020, Gobert dava entrevista coletiva, antes do jogo contra o Toronto Raptors. Ao ser questionado sobre o vírus, ele passou as mãos em todos os microfones e saiu. Claro, ele não acreditava na possibilidade de estar contaminado. Mas o que o atleta não sabia mesmo era o que suas ações causariam.

Naquela semana, ele não se sentiu bem, mas ninguém tinha certeza do problema. Ele treinou, enquanto jornalistas questionavam se já era coronavírus. O francês enfrentou o Raptors, mas não teve uma boa performance. No dia 11, pouco antes da partida contra o Oklahoma City Thunder, chegou o resultado: a confirmação de que ele estava com COVID.

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No vídeo abaixo, mostra ele encostando nos microfones e, em seguida, o anúncio do adiamento do jogo contra o Thunder.

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Ninguém entendeu na hora, mas a partir do momento em que as informações foram chegando, “a ficha caiu”.

Leia, na íntegra, a notícia que o Jumper Brasil informou sobre a suspensão

A NBA vive um dos dias mais tensos e caóticos de sua longa história nessa quarta-feira. A liga anunciou a suspensão da temporada por tempo indeterminado a partir do término dos jogos da rodada de hoje (11). A decisão foi tomada após a confirmação de que o astro Rudy Gobert testou positivo para o novo coronavírus, o que levou ao cancelamento da partida entre Utah Jazz e Oklahoma City Thunder.

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“O resultado dos testes do jogador do Jazz foi reportado pouco antes da partida e, assim que fomos informados, o jogo foi cancelado. O atleta afetado não estava na arena. A NBA está suspendendo suas partidas até mais informações e vamos usar esse hiato para determinar os próximos passos a serem tomados em relação à pandemia”, declarou a liga, por meio de nota oficial.

Uma hora depois do anúncio, a partida entre Sacramento Kings e New Orleans Pelicans também foi cancelada por conta do risco de contágio da doença. Um dos árbitros escalados para o duelo, Courtney Kirkland, havia trabalhado recentemente em uma partida com a presença de Gobert e os envolvidos acharam prudente que todos fossem preservados.

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A decisão de suspender a temporada foi confirmada cerca de 12 horas depois de uma reunião entre os dirigentes da liga e donos das 30 franquias ter chegado ao consenso de que a NBA continuaria o seu calendário com a possibilidade real de termos jogos sem público. Vários atletas, incluindo LeBron James, já haviam posicionado-se contra as partidas com portões fechados.

O impacto

O coronavírus impactava o dia-a-dia da liga há alguns dias, com as mudanças de várias práticas costumeiras entre atletas, fãs e imprensa. Acatando uma decisão tomada pela prefeitura de San Francisco, que proibiu aglomerações acima de mil pessoas, a partida dessa quinta-feira entre Golden State Warriors e Brooklyn Nets já seria disputadas sem a presença de público.

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Jogadores de Jazz e Thunder ficaram em quarentena após a notícia do diagnóstico de Gobert dentro dos vestiários da arena de Oklahoma City, mas o elenco do time da casa já foi liberado. A equipe de Utah, por outro lado, passa por momentos de aflição: ainda “presos” no ginásio, eles só deverão ser liberados depois de testes médicos e um plano de movimentação a ser traçado.

A suspensão da temporada é mais um episódio lamentável em um período trágico para a NBA, que teve que lidar com as mortes de David Stern e do ídolo Kobe Bryant nos primeiros meses de 2020.

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Desdobramentos

Um dos motivos pelo qual Rudy Gobert e Donovan Mitchell se estranharam foi justamente pelo fato de o “novo vilão” da NBA ter sido irresponsável. Como resultado, Mitchell também se infectou. Os dois conduziam o Jazz aos primeiros lugares do Oeste, mas romperam naquele momento. Depois disso, a situação entre eles nunca mais foi a mesma.

A temporada retornou no fim de julho para a conclusão da fase regular. Embora a NBA não tenha feito os 82 jogos, como de costume, a liga levou apenas os times que tinham a mínima chance de playoffs para a “bolha” de Orlando. Ali, as equipes fizeram algumas partidas como se fosse pré-temporada e, depois, mais oito embates.

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Então, veio um inédito play-in, ainda com um modelo diferente, mas a liga aprovou.

Nos playoffs, o Los Angeles Lakers bateu o Miami Heat na final e foi campeão.

Como aquela campanha foi prejudicada pelas datas, a temporada 2020/21 teve início em tempo recorde. Isso porque, o Lakers enfrentou o Heat na sexta partida das finais no dia 11 de outubro de 2020. No dia 22 de dezembro, a equipe californiana já estava em quadra novamente, contra o Los Angeles Clippers. E com um detalhe: era obrigatório se vacinar.

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A NBA ainda não voltou 100% ao normal. Aliás, nada ficou igual era antes.

Apenas em 2022/23, as datas fixas foram retomadas, como o Draft, a agência livre e a trade deadline.

Gobert e Mitchell jogaram juntos pela última vez nos playoffs de 2021/22. Enquanto o primeiro foi para o Minnesota Timberwolves em troca, Mitchell saiu para o Cleveland Cavaliers em outra negociação.

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O mundo? Com certeza não é mais o mesmo.

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