Fonte: Harry How / AFPAnthony Davis merece ser eleito para o Hall da Fama? Se você fizer uma enquete nas redes sociais, por exemplo, a sinalização tende a ser majoritariamente positiva. Nem todos, no entanto, estão convictos sobre isso. Inclua um dos mais conhecidos comentaristas da televisão dos EUA nesse grupo. Para Jeff Van Gundy, o craque do Los Angeles Lakers ainda não é uma escolha certa para os votantes.
“Nós temos certeza, para começar, que Anthony seria eleito para o Hall da Fama se a sua carreira acabasse hoje? Porque eu não sei. Não tenho certeza por causa das lesões, acima de tudo. Ele teve tantos problemas físicos e com enorme frequência, então ficou muito tempo indisponível para jogar. Acho que é difícil dizer se ele vai estar lá se fosse até hoje”, explicou o ex-treinador e analista da ESPN.
Colega de emissora de Van Gundy, o ex-armador Mark Jackson não compartilha da mesma dúvida. Ele vê um cenário muito mais bem resolvido, em síntese. “Anthony estava jogando o seu melhor basquete na carreira e possui uma trajetória digna de Hall da Fama. Ele está nesse caminho desde que chegou à NBA e, por isso, tem um caso bem encaminhado”, analisou o também comentarista.
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Certeza
A dúvida do comentarista sobre Davis, a princípio, parece exagerada. O famoso ranking de probabilidade de eleição do site Basketball Reference, por exemplo, dá 98,5% de chances do astro entrar. Assim, ele é o oitavo jogador ativo com maior porcentagem de escolha. Esse índice é superior às projeções estipuladas para os craques Carmelo Anthony, Pau Gasol e Tony Parker.
Mas, acima disso, a maior sinalização sobre a sua candidatura veio da própria NBA recentemente. O ala-pivô angelino foi escolhido um dos 75 maiores jogadores da história da liga, em lista comemorativa divulgada no ano passado. Sua presença, aliás, foi vista como uma surpresa para muitos. É quase impossível, em síntese, pensar que um dos integrantes da relação não vai estar no Hall da Fama.
Carreira
Anthony Davis acumula uma série de feitos, além do título da NBA com o Lakers, que credenciam a sua entrada no Hall da Fama. Ele caminha para ser selecionado para o Jogo das Estrelas pela nona vez na carreira, por exemplo. Todos os atletas elegíveis com nove all-stars – contando tanto NBA, quanto a extinta ABA – fazem parte do templo máximo do basquete.
Além disso, ele foi escolhido quatro vezes para o quinteto ideal da temporada. Só um jogador elegível da NBA com esse número de seleções ainda não chegou ao chamado Hoop Hall: Max Zaslofsky. O finado armador jogou entre as décadas de 1940 e 1950, mas configura um caso extremamente único. Só foi all-star, afinal, em uma oportunidade.
Davis possui ainda outros títulos que ajudam a sua causa a ficar ainda mais forte. Ele foi campeão do Torneio da NCAA, por exemplo, com Kentucky. Foi campeão olímpico e da Copa do Mundo FIBA também pela seleção dos EUA. Em mais de 600 jogos disputados na carreira, o astro registra médias de 20,4 pontos, 10,3 rebotes e 2,3 tocos por noite.
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