Rumores de negociação são um ponto comum na carreira de diversos jogadores da NBA. Alguns atletas, aliás, chegam a ser incluídos em múltiplas transações em uma mesma temporada. No entanto, quando envolvem um astro e ídolo local, especulações possuem impacto mais profundo. Damian Lillard tem sido alvo constante delas no Portland Trail Blazers, mas o leal armador continua a assegurar que não pensa em trocas.
“Acho que, quando você se importa com uma coisa, sabe que nem sempre serão flores. Lealdade é uma palavra banalizada em um negócio como a NBA, por exemplo. Mas sou leal ao que acredito. Amo viver em Portland e, da mesma forma, jogar por essa equipe. Construí isso em uma década de história, pois ajudei a transformar o time. Sei que, em meu coração, o que vale é vencer aqui”, cravou o astro, em entrevista ao site Complex.
Para ter um efetivo futuro no Blazers, porém, Lillard precisou tomar uma decisão dura nos últimos meses. O armador “aproveitou” os resultados ruins do time na temporada para dar um passo atrás e, assim, realizar cirurgia para tratar uma lesão abdominal. O veterano revelou que o problema físico limitava-o há muito mais tempo do que se imagina e, por isso, a longevidade de sua carreira começava a entrar em jogo.
“Eu estava lidando com essa lesão já há quatro anos, então tive que tomar uma decisão. Era mais fácil jogar com dores lá atrás, mas piorou com o tempo e começar a temporada sem estar saudável foi terrível. Houve um momento em que, em síntese, a minha mente pedia algo e o meu corpo não respondia. A esta altura da minha carreira, precisei tomar uma decisão visando meu futuro no basquete”, explicou o jogador de 31 anos.
Reconstrução
O Blazers que Lillard encontrará ao voltar da cirurgia, certamente, vai ser bem diferente daquele que deixou. A franquia promoveu múltiplas trocas nas últimas semanas e, com isso, vários companheiros regulares do armador foram embora do Oregon. Josh Hart e Justise Winslow, por exemplo, são titulares atuais que nem estavam no elenco quando o astro afastou-se. Ele não nega que sentirá saudades, em particular, de CJ McCollum.
“Ver todas as mudanças que fizemos foi difícil porque formo amizades verdadeiras com quem jogo. Todos eram meus amigos – em particular, CJ. É um cara com quem jogava há nove anos, para resumir. Treinávamos, jantávamos, passávamos as férias juntos. E, além disso, sentávamos um ao lado do outro em cada viagem. Essa foi, certamente, a troca mais dura com que tive que lidar na carreira”, confidenciou o veterano.
O futuro de Portland agora passa por uma reformulação de elenco. O time entrará na próxima offseason com amplo espaço na folha salarial e, assim, vai poder investir na contratação de reforços. O que não mudará, no entanto, é a peça central desse projeto. Para o leal Lillard, as únicas trocas que realmente importam foram as que o Blazers realizou na última trade deadline. E, claro, as que podem vir por aí.
“O maior ponto positivo do processo é a flexibilidade salarial que demos a nós mesmos com as movimentações, pois poderemos fazer reais melhorias no time. Além disso, eu acho que conseguimos adicionar e ‘segurar’ alguns bons talentos com as mudanças. A parte mais incerta, porém, vem agora. Afinal, o que faremos com tudo isso ainda está por ser determinado”, refletiu o craque, animado com o seu futuro no Blazers.
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