Dwyane Wade acusa racismo em ódio ao “Big 3” do Heat

Para ídolo de Miami, muitas críticas ao time deveu-se à presença de homens negros “empoderados”

heat wade big racismo Fonte: Isaac Baldizon / AFP

Um dos times mais icônicos da NBA nesse século foi montado, acima de tudo, pela atitude de três craques negros. E, por isso, recebeu mais críticas do que qualquer outro até então. Essa é a certeza, ao menos, de um dos protagonistas da história da equipe. O ídolo Dwyane Wade afirma que, certamente, muito do ódio notado pelo “Big 3” do Miami Heat foi produto de racismo.

“Sabíamos que algumas das críticas que recebíamos era por causa da cor de nossas peles. Por sermos homens negros, em síntese, decidindo controlar nossas carreiras. Tínhamos o poder e, então, usamos. Mas sabemos que parte dos comentários eram simplesmente por sermos homens negros tomando decisões que mudaram a NBA para sempre”, afirmou o ex-jogador, em entrevista ao podcast de JJ Redick.

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Wade, LeBron James e Chris Bosh formaram a trinca do Heat durante a agência livre de 2010. Os três testavam o mercado juntos, então decidiram assinar com o mesmo time. Eles atuaram em Miami por quatro temporadas e chegaram às finais em todos os anos, mas só conquistaram dois títulos. O lendário ala-armador sabe, no entanto, que as críticas recebidas tinham pouco a ver com resultados.

“As equipes realizam trocas e assim acontecem as mudanças na NBA, mas não era comum que jogadores tivessem controle. Então, quando você muda a dinâmica do negócio, sempre receberá críticas. Se não estivesse entregando o que esperavam de mim, certamente, um time me trocaria sem pensar duas vezes. Então, por que não podíamos tomar essas decisões também?”, questionou o veterano.

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Tratamento desigual

O racismo provocou tratamento injusto ao “Big 3” do Heat, na visão de Wade, mas não foi o único ponto. Ele lembra de sentir-se visado como um inimigo do esporte, por exemplo, ao inverter as regras e paradigmas da NBA. Muitos enfatizam a união de astros como ponto de reclamação, mas o problema era estrutural. Três atletas, afinal, quebraram a lógica de uma liga comandada por times.

“Ninguém faz críticas aos títulos que Larry Bird, Magic Johnson e até Michael Jordan conquistaram. Mas todos jogaram com outros grandes jogadores, membros do Hall da Fama. Você não vence campeonatos, afinal, sozinho. A questão principal é que, primeiramente, isso nunca havia sido feito da maneira como fizemos. As franquias montavam grandes elencos, não atletas”, reforçou o ídolo de Miami.

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